Sempre me intrigaram as perguntas, pois creio serem elas mais importantes do que as respostas. “Sempre?” Acho que foi um exagero. Talvez seja melhor dizer que de uns tempos para cá, a formulação de perguntas tem me intrigado, pois ao observá-las, identifico todo um processo de mudanças e questionamentos que mudam a vida de uma pessoa, as estratégias de uma empresa e ativam a criatividade e a inovação e geram a evolução e o progresso. Mas também, vamos por partes, como assim, exatamente?
Nos primórdios da humanidade, quando a inteligência se fez presente e a consciência da existência iniciou a sua jornada na cabeça dos homens, acredito eu que, começaram a surgir as primeiras perguntas: Como fugir desse bicho para não ser comido? Como conseguir alimento? Por que morremos? Qual a razão do nosso existir? De onde eu vim? Para onde eu vou? Qual é a diferença entre razão e emoção? Quem criou ou inventou tudo isso? E assim, na trilha dos milhares de anos da existência do ser humano, de pergunta em pergunta foram surgindo ou sendo forjadas respostas que acalmavam o espírito, crenças foram estabelecidas, regras foram sendo criadas e paradigmas sendo cristalizados ao longo do tempo na história do Homem.
Perguntas complexas como estas quando feitas por uma criança, descortinam novidades, tanto pela sua idade cronológica, como pela sua inteligência e capacidade de analisar estímulos oriundos da sua própria curiosidade. Muitas das questões baseiam-se na dúvida do: O que é isso? Para que serve isso? Como chama esse bicho? Por que eu tenho que fazer isso? Quem é fulano ou cicrano? O que é uma fruta? Que cor é essa? Por que? Por que? Por que? É a fase dos porquês, que tendem a se perpetuar ao longo da vida, com intensidades diferentes, mesmo porque uma criança cresce e é natural que procure descobrir sozinha muitas das respostas às suas inquietações, ainda mais agora, com o advento da Internet e sites de busca que facilitam significativamente a busca das respostas.
Vivemos, na nossa civilização, em sociedade, em grupos, em famílias, em associações, em entidades, tribos, grupos, somos animais sociais e, nesse contexto compartilhamos a nossa vida com outras pessoas em qualquer nível ou contexto de relacionamentos – parcerias, sociedades, amizades, contatos, liderança e subordinação, clientes e fornecedores, profissionais e pacientes ou clientes, professores e alunos, palestrantes e audiência, emissão de informações via meios de comunicação – Rádio, TV, Internet, via mídia social, WhatsApp, Facebook, E-mails, YouTube, entre tantos outros, desde os antigos sinais de fumaça, telefone, conversas em torno de uma fogueira até transmissões ao vivo e a cores via satélites de qualquer parte do mundo.
Qualquer que seja o tipo de contato ou relacionamento, as perguntas são o melhor caminho para se criar relações, fortalecer negócios, influenciar pessoas, vender, persuadir, convencer, seduzir, causar uma impressão em outra pessoa que poderá ser positiva ou negativa.
Como estou escrevendo essencialmente para uma comunidade de educadores, escritores, influenciadores de maneira geral, por meio de atividades como Coaching, palestras, treinamentos, desejo também chamar a atenção sobre o quão é importante ter atenção sobre as perguntas geradoras de reflexões e impulsionadoras do desenvolvimento.
Para exemplificar, selecionei algumas perguntas que fazem parte dos treinamentos em comunicação que desenvolvemos em nossos trabalhos. Pode ser que nem sempre sejam essas palavras que usamos, mas direta ou indiretamente elas acabam sendo utilizadas. É bem provável que você as utilize com frequência e não se dê conta do quanto estão tão próximas dos seus discursos e das suas falas em âmbito pessoal ou profissional.
Vejam algumas delas:
- Quem é você?
- Você é feliz?
- O que é a vida para você?
- O que você gosta de fazer?
- O que é a morte para você?
- A sua realidade reflete o seu ideal?
- O que é a comunicação para você?
- Direciona suas ações ao que deseja?
- Qual é o seu propósito de vida?
- O que você tem feito com a sua vida?
- Você trabalha naquilo que gosta?
- O que é fácil para você?
- O que é difícil para você?
- Você é uma pessoa determinada?
- Você gosta daquilo que faz?
- Como está a sua saúde?
- Como estão seus relacionamentos?
- Tens uma vida equilibrada?
- Você pratica alguma atividade física?
- Julga possuir boa qualidade de vida?
- Tem dinheiro suficiente para viver?
- Está feliz com sua vida amorosa?
- Você se julga uma pessoa tímida?
- Se sim, o que faz a respeito?
- O que pretende fazer daqui por diante?
- Há algo a ser modificado?
- O que está esperando para mudar?
- Como usa o tempo que tem?
- Costuma se fazer de vítima?
- Realiza seus sonhos?
- Se sim, isso lhe traz algum benefício?
- Deve satisfação a alguém?
- Tem autonomia ou alguém manda em você?
- Qual é a maior realização da sai vida?
- O que ou quem te impede de realizar algo?
- Por que você faz o que faz?
- Se pudesse mudar algo, o que mudaria?
- Qual o significado da sua existência?
- Quais seus maiores aprendizados?
- Você pode me ajudar?
- Quais são seus valores fundamentais?
- Qual é, para você, a decisão certa?
- O que não deu certo para você até agora?
- O que você pode fazer para mudar?
- Qual é a palavra que justifica sua existência?
- Qual é a sua vocação?
- O que, Quem, Quando, Onde, Como e Por que?
- Do que se arrepende por ter feito?
- Você sabe se perdoar?
- Você carrega alguma mágoa?
- Você gosta de ajudar outras pessoas?
- Pratica alguma ação benemerente?
Essas perguntas, obviamente no meio de tantas outras tendem a gerar reflexões, propor ideias, estimular a criatividade, contribuir para o autoconhecimento, fonte geradora de mudanças de atitudes e comportamentos, desde a educação dos filhos, a lida com alunos, a relação de gestores com seus subordinados e as relações sociais e profissionais de modo geral. Termino com uma pergunta simples, mas creio importante:
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