Além de coach, sou facilitadora em workshops de Gestão 3.0 e um dos temas que costumo explorar diz respeito ao que motiva cada um de nós. Sempre me surpreende o fato de não termos clareza sobre o que nos motiva. O desenvolvimento de nossas carreiras, o engajamento com o trabalho que executamos e nossa felicidade no ambiente de trabalho depende muito deste alinhamento.
Qual foi a última vez em que você se sentiu feliz executando seu trabalho? No mindset Gestão 3.0, Jurgen Appelo propõe uma reflexão sobre 10 motivadores, baseados no estudo de Steven Reiss, em seu livro Who Am I? The 16 Basic Desires That Motivate Our Actions Define Our Personalities.
Estes 10 motivadores são apresentados através do acrônimo CHAMPFROGS e dizem respeito a:
- Curiosidade: Investigar coisas, pensar, descobrir coisas novas;
- Honra: Orgulho de pertencer, alinhamento de valores;
- Aceitação: Se sentir aceito pelo grupo;
- Maestria: Ser desafiado dentro de sua área de especialização;
- Poder: Possibilidade de influenciar outros;
- Liberdade (Freedom): Ter independência para realizar suas tarefas;
- Relação: Possibilidade de interagir socialmente com outros;
- Ordem: Regras e políticas claras, ambiente estável;
- Propósito (Goal): Alinhamento entre seu propósito e o trabalho que está executando;
- Status: Se sentir reconhecido e com possibilidade de ocupar boas posições no ambiente de trabalho.
A partir destes motivadores, qual a sua prioridade? Você sabe o que mais te motiva? Como mudanças em seu ambiente afetam seus motivadores? Não se trata de eliminar um motivador, mas de entender que prioridade eles têm em sua vida. Em muitas situações não se trata de mudar de empresa ou de trabalho, mas de buscar em seu contexto aquilo que de fato te motiva. Esta consciência passa por conhecer mais sobre você mesmo. E, se sua posição é de liderança, é imprescindível também entender o que motiva seus colaboradores.
Nem todo o time tem os mesmos motivadores como prioridade. Seria possível atribuir cada tarefa alinhada aos motivadores de cada um? Só assim, é possível ter uma equipe engajada. Uma equipe não se torna mais ou menos comprometida somente a partir de palestras motivacionais. É preciso criar um ambiente que possibilite o engajamento a partir dos motivadores de cada um.
O processo de Coaching é muito poderoso neste caminho, pois nem sempre é possível identificar com clareza o que de fato te motiva e nisto o Coaching pode te ajudar.
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