O termo atenção plena ou Mindfulness designa um estado mental que se caracteriza pela autorregulação da atenção para a experiência presente, numa atitude aberta, de curiosidade, ampla e tolerante, dirigida a todos os fenômenos que se manifestam na mente consciente – ou seja, todo tipo de pensamentos, fantasias, recordações, sensações e emoções percebidas no campo de atenção são percebidas e aceitas como elas são.
O treinamento e aprendizado dessa forma de atenção, geralmente se dá através de técnicas de meditação e de outros exercícios afins, permitindo ao indivíduo uma maior tomada de consciência de seus processos mentais e de suas ações. A atenção plena, originalmente um conceito da meditação budista, desempenha um papel importante em várias formas recentes de psicoterapia, como o programa de redução do estresse baseado em Mindfulness.
Nos últimos anos um grande número de autores e pesquisadores, entre eles o médico americano Jon Kabat-Zinn e os psicólogos americanos Marsha M. Linehan e Steven C. Hayes, vêm se dedicando ao trabalho de oferecerem para a meditação um referencial teórico científico, possibilitando assim seu uso terapêutico independentemente da conceituação religiosa budista e abrindo sua prática para um público mais amplo. A pesquisa mais recente oferece indícios de que uma série de exercícios baseados na atenção plena podem ser bem-sucedidos no tratamento de dores crônicas, em sintomas de ansiedade e depressão, de estresse, e no auxílio da melhoria do sistema imunológico do indivíduo.
Mas a Atenção Plena não ficou restrita à área da saúde, ela é considerada ferramenta para trabalhar questões como foco, concentração e consciência corporal. É usada no dia a dia, tanto por pessoas que procuram mais equilíbrio quanto por empresas com objetivo de melhorar produtividade e as relações interpessoais dos seus funcionários.
Gigantes como Google, Instagram, Samsung e Facebook são algumas das empresas que a utilizam. No Brasil a 3M está implantando um projeto piloto com sua diretoria, mas a técnica está presente em inúmeras outras empresas menores, principalmente na área de tecnologia.
A meditação é uma poderosa ferramenta interna que temos à nossa disposição. Os benefícios da meditação vêm sendo estudados, ao longo desses últimos vinte anos, por médicos e cientistas nos mais conceituados hospitais e universidades do mundo.
O desempenho ante estresse da meditação, segundo estudos das universidades americanas Stanford e Columbia, acontece porque a mente aquietada inibe a produção de adrenalina e cortisol – os dois hormônios secretados nas situações de estresse –, ao mesmo tempo que estimula, no cérebro, a produção de endorfinas, um tipo de tranquilizante e analgésico natural, tão poderoso quanto a morfina e responsável pela sensação de leveza nos momentos de contentamento.
O mais interessante é que os “efeitos” continuam após a prática. A meditação, a médio e longo prazo, é profundamente transformadora. A curto prazo, já se observa algumas mudanças importantes.
Veja outros benefícios comprovados com a prática regular da meditação:
- Aumento da criatividade;
- Estimulação da memória;
- Maior poder de atenção e concentração;
- Amplia o discernimento para lidar com situações de estresse;
- Aumento da autoestima;
- Maior equilíbrio emocional;
- Melhora nas relações interpessoais;
- Autoconhecimento;
- Maior aceitação de si mesmo e do outro;
- Mais alegria na rotina;
- Paz e tranquilidade;
- Auxilia no combate às fobias e compulsões;
- Fortalecimento do sistema imunológico;
- Redução da pressão arterial alta;
- Melhora na qualidade do sono;
- Recurso eficaz no tratamento da hiperatividade e déficit de atenção.
Tem mais? Tem, mas só com a prática você os descobrirá.
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