fbpx

A presença em Coaching: uma competência ou algo além disso?

Como você Coach, pode praticar e desenvolver ainda mais sua presença? Confira 5 dicas do Presidente da ICF Brasil, João Luiz Pasqual.

Segundo meu professor e mentor Tim Gallwey, “Coaching significa desbloquear o potencial de uma pessoa para maximizar seu próprio desempenho. É ajudar as pessoas a aprenderem, em vez de ensiná-los.”

Partindo desta afirmação, eu me conecto com uma das competências primordiais de um coach, a presença, e presença de Coaching sugere algo de qualidade superior e natureza totalmente diferente de simplesmente aparecer e se colocar à frente de seu cliente. É uma forma de ser, e essa forma define o tom do processo, e é muito significativa para o grau de aprendizado que o cliente é capaz de alcançar.

Além disso, a presença em Coaching se traduz em criarmos um espaço de ativação, para o cliente, para nós mesmos e para o aprendizado.

O coach quando tem acesso a essa tal forma de ser, é capaz de não pensar no passado, não temer o futuro, mas de estar “naquele momento” (Hall, L 2013) com o cliente, mostrando-se realmente interessado e legitimamente curioso(a) sobre o que está acontecendo, dedicando toda a sua atenção exclusivamente a esta relação coach/cliente. Olhando não só para o que acontece entre os dois, mas também para o sistema ampliado que circunda a questão do cliente.

Quero ainda destacar uma outra dimensão importante, que é a maturidade do coach. Ela está entrelaçada com a presença de coaching e é improvável que você desenvolva uma sem a outra. A maturidade do coach não se refere à idade ou ao tempo de experiência, mas ao forte senso de “quem eu sou” ou “de quem é você”; um forte senso de nossa própria identidade, particularmente no contexto do relacionamento de Coaching.

Como você caro(a) coach, pode praticar e desenvolver ainda mais sua presença?

Seguem aqui algumas dicas:

  • Procure construir insights para você e seu cliente;
  • Estimule em seu cliente, pensamentos focados em soluções e busque minimizar reflexões que provoquem a chamada “ruminação”;
  • Lembre-se que os pensamentos focados em soluções são gerados pelas perguntas que contêm o como e não o porquê;
  • Estabeleça metas de aprendizados a cada sessão;
  • Crie tempo para refletir sobre as suas anotações após cada sessão.

Referências:
Hall, L (2013) Mindful Coaching. How mindfulness can transform coaching practice, Kogan Page, London
Lliffe-Wood, Maria (2014) Coaching Presence: Building Consciousness and Awareness in Coaching Interventions

João Luiz Pasqual
Presidente da ICF Brasil eleito para o triênio 2016/2018 atuando aqui como colunista representante e voluntário da ICF Brasil.

João Luiz Pasqual tem mais de 40 anos de experiência profissional. Coach Executivo e de grupos. Foi por mais de 30 anos, executivo do mercado financeiro tendo ocupado posições de Diretor Executivo em diversos bancos (Sudameris, Banco Real, Unibanco, ABN AMRO e Santander), viveu na Europa por 8 anos e viajou para mais de 30 países. É conselheiro de empresas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e foi Presidente da ICF no Brasil durante o exercício 2015/2018. É coach ICF – International Coaching Federation com a credencial Master Certified Coach (MCC), Mentor Coach pela inviteChange-USA e Accredited Coach Supervisor pela CSA – Coaching Supervision Academy – Londres. MBA pela FIA-USP e Mestrado em Consulting and Coaching for Change pelo INSEAD-Fontainebleau na França.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa