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Banalize o amor!

O exemplo e atitudes que sejam baseadas na ética e no respeito ao ser humano são cruciais para a construção de uma sociedade mais justa e mais tolerante, dentro e fora das empresas.

Sou mulher, sou feminista, sou hétero, tenho tio gay, primo gay, amigos e amigas gays, minha bisavó era índia e a outra, negra. Já passei dos 50 e talvez não seja assim tão linda nem jovem mais.

As questões de gênero, raça, classes sociais, idade têm sido cada vez mais discutidas em período de eleições do executivo e do legislativo no Brasil. Questões que invadem o universo corporativo também. Assédios moral, sexual e psicológico são um grande desafio. Os líderes têm uma enorme responsabilidade no que diz respeito ao comportamento de seus colaboradores e, consequentemente, nos resultados.

O exemplo e atitudes que sejam baseadas na ética e no respeito ao ser humano são cruciais para a construção de uma sociedade mais justa e mais tolerante, dentro e fora das empresas.

A que ponto chega a irresponsabilidade de um candidato ou líderes deste país? A que ponto chega a intolerância de torcedores homofóbicos que fazem um coro de extermínio aos cidadãos que trabalham, têm família, pagam impostos e os salários dos políticos deste país? Estão dizendo que estas pessoas merecem morrer porque são honestas e não escondem sua opção sexual?

Como lidar com essas diferenças dentro das corporações? A corrupção e a violência têm nos roubado a nossa saúde, a nossa educação, a nossa segurança. Perdemos riquezas materiais, estamos cada dia mais pobres, perdemos nossas crianças e adolescentes para o tráfico… Estamos cada dia mais miseráveis, cada dia menos esperançosos, cada dia mais assustados.

Perdemos Dorothy Stang, ativista socioambiental, porque ela defendia o modelo da Amazônia Sustentável. Perdemos Chico Mendes para a ganância de grandes fazendeiros.

Mas, ainda vivemos numa democracia. Num estado laico em que podemos escolher e viver em harmonia com pessoas de todas as religiões e livres para escolher a que quiserem seguir. Somos um dos primeiros países a aprovar o casamento de casais homossexuais. Aprovamos a lei Maria da Penha e hoje o feminicídio está em vigor. Ainda vivemos num país onde é possível haver diálogo e as pessoas expressarem suas opiniões.

Não há país forte com instituições fracas. Precisamos de um legislativo forte. Precisamos de um judiciário forte. Precisamos de um ministério público forte. Precisamos de uma polícia federal forte. Precisamos das forças armadas, da marinha, da aeronáutica e exército defendendo nossos interesses e nossas fronteiras. Precisamos de empresas e empresários sérios, comprometidos com a sociedade e que não se deixem corromper.

Os países sérios como Japão, Noruega, Dinamarca, Islândia… quase eliminaram totalmente a corrupção fortalecendo suas instituições. Os homens passam e são corruptos na sua essência, mas instituições fortes combatem os atos ilícitos e se perpetuam. Se há corrupção, há de um lado políticos e do outro cidadãos e empresários que aceitam entrar nesse jogo que é tão danoso, perverso e fatal. A corrupção mata mais que muitas guerras.

Nós, líderes, mulheres empreendedoras, podemos contribuir com um mundo mais feminino onde o valor seja o amor, o seio que nutre, alimenta e mata a fome. Aquela que dá o amor como o único remédio para curar qualquer intolerância, qualquer preconceito, qualquer dor. Só o amor pode reparar os danos causados por políticos e empresários gananciosos, ambiciosos e desumanos. As empresas mais lucrativas são aquelas que têm as pessoas valorizadas, respeita as diferenças, promove respeito às diversidades e têm as pessoas mais felizes

Por favor, banalize o amor!

Cristiane Ferreira é Coach formada pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, Professora da Fundação Getúlio Vargas com cadeiras em Liderança, Coaching, Inteligência Emocional, Técnicas de Comunicação e Empreendedorismo, Palestrante, Empresária do setor de Educação desde 1991, Graduada em Letras pela UFMG e Pós-graduada em Linguística Aplicada pela UFMG, MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Formada em Inglês pela University of New Mexico, EUA, Apresentadora do Programa Sou Múltipla, Fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras de Betim, Ex-Presidente da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (2014/2016), Destaque no Empreendedorismo feminino, recebeu vários prêmios entre eles o “Mulheres Notáveis – Troféu Maria Elvira Salles Ferreira” da ACMinas, troféu Mulher Líder, “Medalha Josefina Bento” da Câmara Municipal de Betim, “Mulher Influente” do MG Turismo e o “Mérito Legislativo do Estado de Minas Gerais”, Comenda Amiga da Cultura da Prefeitura Municipal de Betim.
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