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Esgotamento Emocional

Você tem vivido situações estressantes, diárias e carregadas com alto nível emocional, seja atuando pessoal ou profissionalmente? Cuidado! Você pode estar perto do esgotamento emocional!

O cenário mundial em constante transformação vem modificando as relações humanas em todas as esferas: pessoal, profissional, comercial, política e cultural. Tal fato causa impacto emocional direto nas pessoas que, querendo, gostando, concordando ou não com a nova realidade imposta, precisam se adaptar e, isso gera estresse que em alto grau leva ao esgotamento que compromete o desempenho e a qualidade de vida.

A condição de esgotamento emocional vai além do estresse ou picos comuns de ansiedade. É comumente observada em pessoas que vivem situações estressantes, diárias e carregadas com alto nível emocional, seja atuando pessoal ou profissionalmente. Pessoas que exercem profissões que envolvem alto risco ou de muita responsabilidade, vivem e acumulam intensas emoções que na maioria das vezes, não dispõem de tempo ou conhecimento para administrá-las em seu cotidiano.

Situações contínuas, tais como: relacionar-se com pessoas dependentes, família exigente ou cuidar de doentes, podem desencadear esgotamento emocional. No entanto, situações de perda de ente querido, decepção amorosa ou traumas do passado, costumam marcar a mente em função desta vivência.

Frequentemente observo pessoas identificando sinais de esgotamento físico, sendo que o mesmo não ocorre, quando se trata de fundo emocional.

Principais sintomas observados:

  • Déficit no nível de atenção, concentração e alguns episódios de falha de memória;
  • Sensação de irrealidade, como se fosse apartado desse mundo para um outro ou como se não pertencesse ao momento atual (aqui e agora), na realidade que vive;
  • Hipersensibilidade dado ao estado sensível e vulnerável que vive, expresso muitas vezes com episódios de choro ou explosões de raiva sem motivo aparente;
  • Negativismo e desmotivação são fatores comuns neste estado e quando não controlados desencadeiam depressão;
  • Constante sensação de perda de energia e desgaste físico e mental, independentemente do quanto descanse.

Lidando com o esgotamento emocional:

Em algum momento, percebemos que algo não vai bem e, o que de fato está acontecendo. É comum prestarmos atenção aos sintomas físicos que em alguns casos não são aliviados com a medicina convencional, assim conclui-se que sua origem é de ordem psíquica e mais profunda.

Aprender a lidar, controlar ou mesmo curar nosso estado emocional não é algo simples nem fácil, no entanto, dispomos de recursos que podemos utilizá-los em benefício próprio, tais como:

Mindfulness, é o hit do momento. Transcende as técnicas de meditação e difunde-se como uma filosofia que promove o controle emocional visando aumentar a qualidade de vida. Favorece a interrupção do fluxo de pensamentos e emoções negativas, vivenciar o estado de presença (aqui e agora), a tomar consciência sobre o que se passa em seu corpo e mente. Em suma, é um momento de encontro e diálogo harmônico consigo.

Invista em seu tempo com qualidade, quanto tempo faz que você não reserva um momento para cuidar de seu bem-estar? Uma fração de seu tempo em que se aparta de tudo, de todos e principalmente dos problemas cotidianos, para viver momentos de prazer e interiorização visando equilibrar desejos e ações. Coisas simples como um happy hour com amigos, uma viagem romântica, momento de isolamento para refletir e ler um bom livro. Enfim, não importa o que faça e sim o prazer que isso te proporcionará.

Desabafe, esteja sempre atento ao peso que carrega em seu cotidiano, com inúmeras responsabilidades, emoções não digeridas e a pressão que se impõe suportar sem abrir a válvula de segurança para equilibrar a pressão interna com a externa. É fundamental reservar um tempo para desopilar, elaborar emoções mal resolvidas e assim, eliminar os obstáculos que o impedem de seguir em frente e crescer. Quando necessário desabafar, escolha para te ouvir, uma pessoa de sua confiança que proporcionará um alívio imediato ou um profissional que além de ouvi-lo, trabalhará suas questões, promovendo o autoconhecimento e seu desenvolvimento pessoal.

Cuidado com o efeito “granada”. Ocorre com pessoas mais introvertidas e com um alto nível de resistência à realidade e a mudança. Desta forma, é criado um estado de negação da realidade, gerando um progressivo aumento da pressão interna em função de seu atual momento de vida. Viverá nesse estado durante um tempo, até que descubra e atinja o seu limite. Uma vez atingido, pode surtar ou explodir emocionalmente, espalhando fragmentos que geralmente ferem os mais próximos de seu convívio.

Dê vazão às emoções represadas:

  • Peça ajuda profissional (Psicólogo/ Psiquiatra);
  • Desabafe com amigos de confiança ou com pessoas que vivem situação semelhante à sua;
  • Faça um DIÁRIO e relate seu cotidiano, é uma boa forma para desopilar;
  • Exercite-se ou realize atividades agradáveis, que te proporcionem prazer e alívio frente às tensões e emoções negativas.

No entanto, não basta adotar uma das opções acima para lidar com o esgotamento emocional, mas sim utilizar todas as formas e principalmente buscar ajuda profissional.

Reflita sobre o peso que seu passado ainda exerce em sua vida e se ele te define, explica ou determina. Comece o quanto antes e alivie a pressão interna e o peso de sua bagagem emocional.

O fato é que o esgotamento emocional impede seu desenvolvimento e realização, assim, é necessário identificá-lo e buscar atividades para neutralizar as emoções negativas.

A síndrome do esgotamento profissional – BURNOUT

A pessoa que já sofre com o esgotamento emocional, está a um passo para desencadear também a síndrome do esgotamento profissional – BURNOUT: Total colapso físico e psíquico, culminando com pensamentos suicidas. Nesse caso, é de extrema importância recorrer à ajuda médica com urgência.

O BURNOUT não surge do nada e nem de uma hora para outra. Trata-se de um processo de acúmulo oriundo geralmente da dificuldade, de comunicar-se assertivamente, falta de limite consigo e para com os outros e, em aceitar o fato de apenas cuidar de sua própria vida e abandonar a crença de “que tem que agradar” os outros para ser aceito e evitar conflitos.

O BURNOUT, metaforicamente, lembra uma enchente prestes a transbordar e devastar uma cidade inteira. É difícil de combater, vez que já esteja no meio dela. A alternativa é buscar identificar os indícios o quanto antes possível e agir rapidamente nas causas.

Principais indícios comportamentais do BURNOUT:

Autoafirmação: “Necessidade” de fazer tudo de forma perfeita, excesso de medo de errar ou ambição extrema na profissão conduzem à compulsão por desempenho.

Dedicação Intensa: Visa justificar a alta expectativa no seu desempenho, a pessoa intensifica a dedicação e tende a fazer tudo sozinha.

Negligenciar as próprias necessidades: Como a vida profissional absorve todo o tempo (workholic), é comum a pessoa renunciar ao lazer e descanso e, percebe tal atitude como um ato heroico e de dedicação.

Evitar conflitos: Ao perceber que algo está errado, não enfrenta a realidade da situação com medo de criar uma crise, ser desaprovado ou rejeitado. Aqui surgem os problemas físicos.

Inversão dos valores: A pessoa tende a se isolar e a negar suas próprias necessidades modificando sua percepção da realidade. Desvaloriza a convivência com amigos e momentos de lazer e sua autoestima é mensurada por sua atuação no trabalho.

Negação de problemas: Aloca a responsabilidade por tudo em terceiros para se defender. Torna-se intolerante, julga os demais como: incapazes, exigentes ou indisciplinados.

Recolhimento: A pessoa se afasta dos outros, mostra-se irritada e desanimada. Trabalhando, faz apenas o básico, aquilo que é realmente necessário, nada além. Alguns recorrem ao abuso de álcool ou drogas.

Mudanças de comportamento: Ocorre à interpolação atitudinal, quem se mostrava firme e ativo revela-se medroso, passivo e apático. Atribui responsabilidade ao mundo e sente-se cada vez mais inútil e vítima de sua própria vida.

Despersonalização: Subestima a todos e a si mesmo, relega necessidades pessoais. Não faz planos futuros, pensa apenas no presente e percebe sua vida funcionando mecanicamente.

Vazio Interior: Sensação de um vazio interno existencial (sem sentido de vida), cada vez mais presente e intenso. Comumente excede-se com sexo, alimentação e no consumo de álcool ou drogas em busca de algum sentido e prazer para atenuar a dura realidade.

Depressão: Evidenciada pela indiferença, desesperança e exaustão. Alguns sintomas comuns em estados depressivos podem surgir, desde a agitação até a apatia. É o momento em que a vida perde o seu sentido.

Quer saber mais, solicite via e-mail marcio@mccoaching.net, o artigo: BURNOUT, você sabe o que é?

Marcio Caldellas
Psicólogo Clínico, Personal, Career  amp; Executive Coach
www.mccoaching.net

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Marcio Caldellas, Psicólogo com especializações em Psicodrama, Psicoterapia Cognitiva Construtivista e Psico-oncologia, atuando há mais de 25 anos com adultos e adolescentes. Certificado em Coaching (Personal, Career, & Executive) -2010, e membro da SBC – Sociedade Brasileira de Coaching e BCI – Behavioral Coaching Institute – USA. Sólida carreira desenvolvida em Executive Search, atuando como Headhunter ao longo 20 anos em Consultoria Boutique. Responsável pelo atendimento às empresas – nacionais e multinacionais de porte nos diversos segmentos de negócios, com: Assessment Corporativo, DO – Desenvolvimento Organizacional, participação de CE – Convergência Estratégica e Pesquisa de Clima.
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