Num recente artigo de Adriana Sales Gomes, publicado em julho de 2018 pela revista HSM com o título: “O jogo dos 7 erros da transformação digital”*, algo me chamou atenção sobre o que especialistas dizem com relação à maturidade da Internet e como as empresas e profissionais devem lidar com esta era digital.
O artigo fala dos 7 erros e quebra paradigmas importantes. O que dá para concluir é que, não importa qual o segmento da sua empresa ou do seu serviço, não será possível fugir da tecnologia. “Um dado importante apresentado no artigo é, por exemplo, o fato de que em 2001 das cinco empresas de maior valor no mercado mundial, apenas uma era de tecnologia, a Microsoft. Em 2017, todas são de tecnologia. Apple, Alphabet (Google), Microsoft, Amazon, Tencent (e Facebook vem logo depois).”
Porém, o que mais achei relevante, para nós coaches e empreendedores, é o fato de que Teco Sodré, investidor da Ikewai e especialista em marketing digital, Marcelo Tas, influenciador digital e estudioso da Internet, e Silvio Meira, cofundador do Cesar Instituto de Inovação e presidente do conselho do Porto Digital, destacarem a importância das ciências humanas e o fato de que as empresas contratarão profissionais como antropólogos por já terem percebido que entender o consumidor é fator crucial de qualquer negócio.
Neste sentido, muitas empresas como Amazon têm investido em inteligência artificial e em ferramentas como o mapa de empatia que ajuda a entender o consumidor em primeiro lugar e a se colocar no lugar do outro nas suas dores, angústias e necessidades. Não importa qual o segmento ou o serviço, fato é que o consumidor irá sempre procurar viver uma experiência agradável e prazerosa.
Não por acaso, o Coaching tem crescido e se posicionado como uma profissão que vai ganhando mais respeito e credibilidade, superando preconceitos. Cada vez mais, veremos psicólogos, administradores, filósofos, antropólogos, nutricionistas, educadores físicos e profissionais de várias áreas da saúde fazendo formação de Coaching e se especializando a fim de ajudarem empresas, pessoas e profissionais a se conhecerem mais e conhecerem todos os atores que atuam na sua rede de relacionamento.
Historicamente, nós, mulheres, já trazemos no nosso DNA este mapa de empatia e desenvolvemos uma habilidade excepcional de percebermos o outro. Além disso, aspectos igualmente importantes nesta era digital, ou pós-industrial, são a criatividade, a estética e a intuição. Nada disso é novo para sociólogos, intelectuais, filósofos e até escritores. O sociólogo Domenico Di Masi, em O ócio criativo, e até Dante Alighieri, na sua Divina Comédia, já diziam que esta seria a era dos valores femininos.
Portanto, mulheres e coaches, estamos vivendo um momento único de transformação no qual podemos colaborar e muito com a construção de uma sociedade muito mais empática, aliviando as dores de nossos clientes e consumidores, proporcionando a eles e elas experiências enriquecedoras através do uso de ferramentas e tecnologias de autoconhecimento e de compreensão do ser humano. Como disse Teco Sodré neste artigo: “Conheça o consumidor primeiro”.
Concluindo este artigo e parafraseando o que Sócrates nos disse há milhares de anos, eu diria: Conheça a ti mesmo e o teu consumidor e conhecerá os deuses e o Universo.
* trechos tirados do artigo: http://www.revistahsm.com.br/inovacao-e-crescimento/10247/
Cris Ferreira
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