O que vem a ser o Mentoring? Para que serve? Para quem serve? Será que os empresários e executivos de empresas necessitam disso?
Vamos ver isso mais de perto.
Uma das características mais comuns na vida dos empresários, pequenos ou grandes, é um intermitente estado de estresse. Manter de pé um negócio não está nada fácil. Muito mais nas condições atuais de insegurança político-econômica que estamos vivendo.
Pode-se considerar duas formas bastante diferenciadas de entender o Mentoring. A forma proposta pela maioria das escolas de formação, tanto no Brasil, como no exterior, segue mais ou menos esta definição: uma pessoa mais experiente em determinado segmento passa esta sua experiência para um profissional mais novo.
Esta modalidade se refere à relação em que um profissional mais experiente (mentor), e com habilidades interpessoais, acompanha e “apadrinha” um outro mais novo para que este obtenha um sólido crescimento funcional. O preparo deste tipo de mentor é muito semelhante ao do coach. É muito usado sobretudo quando se está preparando um sucessor.
Mas quero aqui destacar a forma de entender o Mentoring, que é assumida pelo Instituto Holos: é o Mentoring orientado por uma visão sistêmica e holística humanizada, que nós denominamos de “Holomentoring®. É a arte da entreajuda em que o Mentor auxilia o Mentorado a aprender a cultivar-se e, degrau a degrau, caminhar rumo à excelência de vida pessoal, profissional e social. Esta modalidade é, mais que tudo, o que um empresário, ou qualquer pessoa em posição especial de liderança, necessita.
O dia continua tendo apenas 24 horas para dar conta de tudo, principalmente para manter atenção permanente às flutuações do mercado, às mudanças legislativas, aos problemas de funcionários, às contas a vencer, às tecnologias pedindo renovação para não ficar para trás na concorrência, às questões com clientes, às oscilações dos fornecedores, etc.
Afora isso, estão sempre aí as questões familiares pedindo um tempo de quem já não sabe onde achar tempo. E têm ainda os compromissos sociais, reuniões de sócios e da equipe de gestão, associações de classe, eventos políticos e comunitários.
E as questões pessoais, situações que estão a exigir decisões no âmbito pessoal, familiar, as dúvidas existenciais, com quem falar? Na empresa é praticamente impossível. É difícil ter ali alguém com esse nível de confiança. O empresário, sob este ponto de vista, é um solitário.
O Mentoring foca sobretudo na liderança, isto é, em como lidar com as pessoas. Pensa bem, onde está a maioria dos conflitos dentro da empresa? Não são questões de relacionamento entre pessoas ou setores? Não surgem problemas de inveja, competição desleal, bajulação, alianças, intrigas? Problemas sérios de comunicação interpessoal e intersetorial por questões pessoais, em prejuízo ao bom andamento dos processos? E a questão da motivação?
Pesquisas de clima organizacional apontam maior insatisfação em relação à falta de reconhecimento do que em relação ao nível salarial.
A questão, talvez, mais séria e importante: como desenvolver internamente na empresa um clima ético, de respeito mútuo, de cooperação e criatividade. E como criar ambiente de comprometimento com os objetivos maiores e os rumos da instituição? Como interiorizar nos colaboradores a missão, a identidade profunda da empresa?
Sem dúvida que, além da atenção total em relação aos rumos estratégicos da organização, são os pontos acima que devem mais ocupar a mente de quem assume a direção de qualquer instituição.
E é nesse conjunto humano da organização que um Mentor que tenha visão sistêmica e holística humanizada deverá focar: no campo relacional do empresário ou executivo. O Mentor deverá focar primeiramente o próprio campo pessoal do empresário, fazê-lo olhar para dentro de si e tomar plena consciência de si como ser humano, suas forças e fraquezas, seu potencial ainda pedindo vez enquanto pessoa. Levá-lo a ampliar sua visão de si mesmo, da vida e do mundo e a distensionar-se interiormente.
Sucessivamente, o Mentor estará atuando no sentido de o empresário distensionar a forma de conduzir os negócios, ao distensionar o campo relacional e motivacional de sua equipe de trabalho.
Um empresário mais centrado em suas reais forças interiores e consciente das forças interiores da alma da empresa, ali onde está o coração pulsante da organização, sem dúvida poderá dar uma alavancagem para verdadeiros saltos de qualidade e eficácia em sua expressão frente ao mercado.
Aproveito para oferecer a você, empresário, uma atividade prática de um Mentoring Day Individual, um dia de trabalho intensivo centrado na ativação de novas potencialidades de ampliação de visão de mundo e de gestão de negócios através da ampliação de visão pessoal.
Marcos Wunderlich
Presidente Executivo do Instituto Holos
Formador de profissionais de Mentoring, Coaching e Advice Humanizado ISOR®
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