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Setembro Amarelo – Suicídio: Precisamos conversar sobre isso!

Quais os motivos que podem levar uma pessoa ao Suicídio? Dia 10, o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Dia 10 é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Como em outras campanhas internacionais, se elegeu a cor amarela para marcar o mês. Desde 2015, o CVV (Centro de Valorização da Vida) passou a divulgar esta campanha no Brasil.

Mike Emme, um jovem de 17 anos, se matou em 1994. Era conhecido por ter uma personalidade caridosa e por suas habilidades de mecânica. Como restaurou um Mustang 68 amarelo, passou a ser reconhecido em seu meio por isso. No dia do seu enterro, os pais distribuíram laços amarelos a todos os que estavam presentes. Em 2003, a OMS (Organização Mundial de Saúde) definiu a cor amarela em lembrança ao Mustang de Mike.

Esse tema ainda é um tabu nas conversas cotidianas, nos assustamos, julgamos e não entendemos os motivos que levaram determinada pessoa a se valer desse artifício para tirar a própria vida.

São adolescentes, jovens e adultos que todos os dias entram nas estatísticas. É considerado um problema de saúde pública, os índices são superiores aos de morte por AIDS ou Câncer. Pasmem, mas cerca de 17% dos brasileiros já pensaram a respeito e pelo menos 4,8% já elaboraram um plano de suicídio. Felizmente, estes não entraram nessas estatísticas.

De fato, existe uma preocupação grande da mídia em não falar sobre o assunto para que não se propague as ocorrências, mas trazer o tema à tona com responsabilidade é importante, pois existem pessoas em sofrimento que podem precisar de nossa ajuda.

O objetivo principal da pessoa que comete o Suicídio não é dar fim à própria vida, mas sim ao sofrimento que está vivendo. Esse sofrimento pode estar relacionado a sentimentos de culpa, remorsos, ansiedade, medo, humilhação, entre outros.

Quais os motivos que podem levar uma pessoa ao Suicídio?

  • Extremos financeiros – pessoas passando por dificuldades onde não veem saída, mas o extremo também pode ser fator de risco pelo medo excessivo de grandes perdas;
  • Transtornos mentais – Depressão, Transtorno Bipolar, Esquizofrenia, são doenças que podem marcar a ocorrência;
  • Estresse continuado;
  • Abuso de substâncias químicas, lícitas e ilícitas;
  • Histórico de suicídio familiar;
  • Falta de vínculos sociais e familiares;
  • Doenças terminais ou incapacitantes;
  • Desemprego;
  • Declínio social;
  • Rompimentos afetivos – separações e divórcios;
  • Idade entre 15 e 35 anos, ou mais de 75 anos;
  • Homens têm uma propensão maior;
  • Histórico de tentativas anteriores.

A pessoa que tem tendência ao suicídio dá sinais, traz a preocupação com a própria morte, pode se isolar, usa frases onde menciona intenção de sumir (“se eu desaparecer ninguém vai sentir falta” “só morrendo resolvo isso”…) e se desfaz de objetos pessoais, alguns muito afetivos.

Muitas vezes quem está próximo não se dá conta desse sofrimento, acredita que é algo passageiro, ou que a pessoa está se vitimizando por não acreditar ou não saber como ajudar. Nesse caso, quem ouve pode minimizar o problema e não dar a devida atenção, mas é importante acender o sinal de alerta e, sem julgar, perguntar até de forma explícita aonde deseja chegar e se já procurou ajuda para isso. Caso não se sinta confortável para lidar com a situação, converse com alguém sobre suas preocupações e como ajudar a pessoa que está nessa situação.

A verdadeira ajuda pode ser escutar atentamente. Ouça e mostre o seu apoio para que a pessoa busque um profissional de saúde.

O CVV (Centro de Valorização da Vida) presta serviço com pessoas voluntárias há 56 anos. O número de vidas que salvou é incontável. A partir de 30 de junho deste ano, atende os 26 estados do Brasil e o Distrito Federal, através do número 188 (suas ligações são gratuitas). Além disso, existem centros em diversas localidades onde se realizam reuniões mensais.

As adversidades da vida nos impactam diariamente, então o caminho para evitar decisões extremadas e construir uma personalidade resiliente para mantermos nossa saúde mental e física.

Como construir uma identidade resiliente?

  • Desenvolver a autoestima – ser autoconfiante;
  • Construir e ter uma rede de amigos;
  • Desenvolver a Empatia – saber com quem podemos contar;
  • Reconhecer as próprias emoções e cultivar o autocontrole;
  • Ter um sentido de vida, buscar os seus sonhos;
  • Ser otimista, manter o entusiasmo, o bom humor e a criatividade;
  • Reconhecer as instabilidades do seu organismo e buscar ajuda quando necessário;
  • E sempre fazer uma análise clara das pistas dos problemas que enfrentamos e buscar e melhor saída.

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charlie Chaplin)

Natalia Marques
Psicóloga, Coach e Palestrante

Natália Marques é Psicóloga Clínica, Coach e Palestrante. Formada em Psicologia pela FMU (1981) e em Coaching/ Mentoring Life & Self-Instituto Holos (2009), possui pós-graduação em Recursos Humanos pela FECAP. Aperfeiçoamento em Terapia Cognitivo Comportamental pelo CETCC (2019). Especialista em Psicoterapia na Abordagem Resiliente pela SOBRARE (2020). Tem curso de Meditação Chan do Templo Zu Lai em Cotia. Como Psicóloga Clínica realiza atendimento Psicoterápico de base Psicanalítica e utiliza as ferramentas da Terapia Cognitivo Comportamental e da Psicoterapia na Abordagem Resiliente. Trabalha os sintomas de Estresse, Ansiedade, Depressão, Fobias, Síndrome do Pânico, Síndrome de Burnout, Conflitos Pessoais e Profissionais. É Coach de Desenvolvimento Pessoal, ajuda pessoas a atingirem seus objetivos e metas pessoais e profissionais, para se tornarem mais saudáveis e felizes.
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