Nas últimas férias estive visitando o Estado do Pará e na cidade de Belém estive no Museu Emílio Goeldi, é uma instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil.
Entre as muitas informações me detive no aspecto que diz respeito à evolução e destruição do nosso Planeta.
O Universo se formou há 13.800.000.000 (13,8 bilhões) de anos; a Terra tem 4.540.0000.000 (4,54 bilhões) de anos; os primeiros seres vivos apareceram há 4.000.000.000 (4 bilhões) de anos; as formas mais complexas, com mais de uma célula 800.000.000 (800 milhões) de anos; os mamíferos mais antigos que conhecemos são de 200.000.000 (200 milhões) de anos atrás; o homem atual se faz presente há apenas 200.000 (200 mil) anos; os primeiros registros de homens na Amazônia são de 13.000 (13mil) anos antes do presente; o homem começou a mudar drasticamente o Planeta há 70 anos.
O impressionante destes números é constatar que essas mudanças, realizadas pelo homem, trouxeram danos ao ecossistema em geral, alguns irreparáveis, e provoca uma reflexão de como se pode delapidar de forma tão fácil e rápida aquilo que foi construído por tanto tempo.
Esta é a história do homem predador, que na atualidade começa a buscar outras alternativas, através da inovação à sustentabilidade do Planeta e consequentemente de suas vidas.
Observamos na História que o inicio da degradação do meio ambiente está diretamente associada à forma como a sociedade se organizou à medida que se iniciou e se desenvolveu a Revolução Industrial (séculos XVII e XVIII).
Desde a primeira etapa da Revolução Industrial, onde os processos manuais foram substituídos pelos mecânicos, o homem alavancou os meios de produção da indústria e da agricultura, o que sem dúvida foi uma evolução que trouxe gradativamente benefício e comodidade para a vida humana.
Como a moeda que tem duas faces, focando a curto prazo nos benefícios, a revolução industrial teve uma atuação devastadora nos bens não renováveis da natureza, sem a devida identificação e previsão dos danos causados.
Na sequência da terceira Revolução Industrial (século XX – XXI) que se consagrou pelo início do uso do computador, do fax, da engenharia genética, da Internet e de plataformas digitais, surge a quarta Revolução.
“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes”, diz Klaus Schwab, autor do livro “A Quarta Revolução Industrial”, publicado em 2016.
Inovar de forma estratégica para sustentabilidade é a preocupação que deve ser apoiada nas três dimensões: ambiental, social e econômica.
A proposta de desenvolvimento sustentável é fundamentada nos recursos naturais renováveis que resultem no emprego da otimização adequada dos elementos naturais do ecossistema, visando a manutenção ambiental pela aplicação consciente nos âmbitos social, econômico e político.
A sustentabilidade depende da adoção de novas práticas dimensionadas pelo consumo consciente, conflitos de interesses, ética e legalidade.
A inovação consiste de novidades que podem ser apresentadas nas esferas científicas, técnicas, tecnológicas ou de ideias originais.
As inovações dentro das empresas se constituem em mudanças tecnológicas, estruturais, de produtos, de pessoas e de cultura.
Aliar inovação e sustentabilidade é o grande desafio, que perpassa pela educação, pelas relações sociais, pela inclusão social, pelo emprego e pela relação com o meio ambiente.
Os desafios são grandes, mesmo porque relatórios apontam que alguns países já estão se preparando no desenvolvimento de estruturas educacionais, sociais e políticas que permitam a implantação de novas tecnologias de forma sustentável, enquanto outros ainda estão anos luz atrasados.
É uma mudança em curso, sem volta, e necessária, mas que poderá causar impactos para os quais a sociedade precisa estar preparada, e fazer uma reflexão sobre as consequências a curto e longo prazo, e quem e como se beneficiar efetivamente com as mudanças que virão.
Para se manter a sua saúde física e psíquica, nesta nova era em que a complexidade estará cada vez mais presente, as pessoas vão precisar adquirir novos hábitos, desenvolver cada vez mais a inteligência emocional e construir a resiliência necessária.
“As empresas que não mudam tendem ao fracasso” (Flavio Andrade)
Natalia Marques Antunes
Psicóloga, Coach e Palestrante
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