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Inteligência Emocional na Liderança

Você é líder? Pretende ser? Você está performando de acordo com o novo perfil do líder do futuro?

Olá!

Você é líder? Pretende ser? Você está performando de acordo com o novo perfil do líder do futuro?

Segundo o relatório “The future of Jobs” produzido pelo Fórum Econômico Mundial, as dez habilidades que o profissional precisa dominar para se preparar para o futuro são:

  1. Pensamento analítico e inovação;
  2. Aprendizado ativo e estratégico;
  3. Criatividade, originalidade e iniciativa;
  4. Design e programação tecnológicos;
  5. Pensamento crítico e análises;
  6. Solução de problemas complexos;
  7. Liderança e influência social;
  8. Inteligência Emocional;
  9. Raciocínio, solução de problemas e ideação;
  10. Análise e avaliação de sistemas.

O que podemos perceber?

Além de suas habilidades técnicas/cognitivas adequadas a um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo, a pesquisa nos dá pistas concretas sobre o que realmente diferencia um verdadeiro líder de um simples responsável por uma equipe.

Com esse ranking de habilidades, o relatório demostra como a Inteligência Emocional para exercer sua influência social é um fator determinante do sucesso do novo líder. Significa que a base para potencializar o rol de habilidades cognitivas está no bom uso do seu emocional e da sua equipe.

Veja! Uma equipe motivada e inovadora, com iniciativa para dar soluções criativas aos problemas complexos, precisa de um clima de segurança psicológica para protagonizar resultados excepcionais.

Essa conexão entre líder e liderados só é possível com um líder de verdade, preparado para um futuro que já é quase presente.

É um novo estilo consciente de liderar que demanda um equilíbrio maduro e consciente entre emoção e razão para tomar decisões justas e efetivas

É uma nova forma de conseguir resultados de sua equipe, com entregas mais ágeis, inovadoras e certeiras, através de uma influência positiva e engajadora.

Para você ser esse líder preparado para o futuro e lidar bem com as novas gerações de profissionais que buscam no trabalho a realização de seu propósito de vida, é primordial administrar de forma inteligente as emoções e sentimentos que rolam no ambiente de trabalho, a seu favor. Isso é ter Inteligência Emocional.

Por que digo isso? É porque muitos líderes ficam brigando com suas emoções e seus sentimentos e perdem a agilidade emocional, adotando, para si, o comportamento defensivo, seja passivo, agressivo ou passivo-agressivo como estilo de influência social. Todos perdem com a morosidade emocional, tanto o líder quanto liderado.

Suzan David em seu livro “Agilidade emocional: liberte-se, abrace a mudança e seja próspero no trabalho e na vida” conceitua agilidade emocional como a capacidade da pessoa de conviver consigo mesma de um modo corajoso, compassivo e instigante.

Agilidade Emocional x Empresa Ágil

Hoje se fala muito em empresa ágil, o que é bastante razoável diante da volatilidade do mundo digital e da grande transformação que estamos sendo impactados em nossos usos e costumes. Percebe-se que um forte impeditivo da agilidade é a perda de tempo que o profissional tem, quando se distrai em suas distorções cognitivas que são criadas exatamente para harmonizar seus pensamentos e suas crenças disfuncionais e fazê-lo permanecer na zona de conforto.

Podemos chamar isso de “resistência às mudanças”.

Sendo o profissional dominado pelo medo do novo, ele tentará de todas as formas acreditar em velhas crenças, muitas delas já ultrapassadas. Perde muito tempo travando uma briga incrível com seus sentimentos negativos acumulados por falta de coragem de estabelecer um diálogo interno honesto, verdadeiro e focado na solução do problema.

E com isso, a tecnologia caminha na frente e a passos largos, colocando os “resistentes” à deriva.

Em vez de superar a situação, “o resistente” vai empurrando o problema com a barriga e, com isso, se envolvendo em conflitos internos: “corro o risco ou não?” “Mudo ou não mudo?”. Para fugir desse dilema, muitas vezes, tenta se enganar através de mecanismos de defesa, como a racionalização dos pensamentos e emoções, “Sempre fiz assim e deu certo”.

O papel do líder é tirar a equipe da zona de conforto para criar soluções novas e criativas aos velhos e novos problemas. E entender os sentimentos que pairam na equipe e gerenciá-los com sabedoria e inteligência emocional.

Como desenvolver a inteligência emocional na liderança?

A inteligência emocional está fundamentada em 4 pilares: Autoconsciência emocional, Autogestão emocional, Consciência social e gestão de relacionamentos.

Autoconsciência

Para aumentar a agilidade emocional o líder precisa ter a mente focada em solução, exigindo antes de tudo, a habilidade da autoconsciência, o que requer muita coragem e honestidade consigo mesmo. Autoconsciência é a busca contínua do autoconhecimento e da tomada de consciência dos seus sentimentos e pensamentos, pois são eles que determinam sua visão do mundo e seu modo de agir. Tomar consciência sobre o que pensamos e sentimos é apenas o primeiro passo da gestão emocional.

Autogestão

Muitas vezes os pensamentos e sentimentos negativos podem dirigir um líder para ações equivocadas com consequências ruins. Porém, com a reflexão e tomada de consciência de seus gatilhos e impactos negativos, o líder pode mudar conscientemente o rumo da situação. Autogestão é a habilidade de confrontar e testar a veracidade desses pensamentos e sentimentos negativos e produzir um novo olhar, uma nova forma de pensar e agir de forma produtiva na situação.


Autoconsciência + Autogestão = Autodomínio

Autodomínio é ligar a luz vermelha “pare”, avaliar os vários caminhar a seguir e ligar o sinal “verde” indicando a melhor escolha para agir.


Consciência social

A empatia é a ferramenta principal para o líder realmente conectar com seu time e entender o que se passa em seu emocional, aproveitando as informações em prol da solução do problema, para administrar os conflitos e fazer negociações ganha-ganha.

A empatia ajuda o líder a analisar contextos e ter sensibilidade social para se adaptar e escolher respostas emocionais de acordo com a situação.

Gestão de relacionamentos

Este pilar da inteligência emocional requer do líder o uso de uma comunicação assertiva para realmente criar um clima de segurança psicológica onde reinam a verdade, transparência, responsabilização pelo próprios atos, clareza e objetividade.

Uma boa gestão de relacionamentos cria:

  • Um clima de respeito, onde os sentimentos não são criticados, e sim ouvidos, entendidos e resolvidos;
  • Um clima saudável onde os conflitos são resolvidos e não abafados por “panos quentes”;
  • Um clima produtivo onde os feedbacks são dados, pedidos e recebidos com intenções construtivas e não dissimuladas;
  • Um clima de reconhecimento onde os resultados são comemorados e não “você não fez mais que sua obrigação”.

Um líder que tem inteligência emocional educa seu time para ser maduro, assertivo, autoconfiante e protagonista.

Como está sua equipe? Ela é resultado da sua liderança!

Transforme-se pela comunicação e potencialize sua influência social e inteligência emocional!!!

Um abraço,

Vera Martins

Vera Martins Author
Vera Martins é autora dos livros: “Seja Assertivo!” e “O Emocional Inteligente”. Trabalhou por 21 anos como Executiva em Recursos Humanos e há 18 anos atua em consultoria de desenvolvimento humano. É educadora com especialização em desenvolvimento de pessoas. Possui mestrado em Comunicação e especialização em Medicina Comportamental.Atua como coach, palestrante, facilitadora de seminários e professora de universidades, tais como: Fundação Vanzolini e Escola de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo em cursos de pós-graduação.Através de intensos estudos e publicação dos seus livros tornou-se precursora da competência Assertividade e especialista em comunicação e inteligência emocional. Por isso, vem atuando fortemente nos diversos níveis profissionais nas empresas, em competências que envolvam a comunicação relacional, tais como: Estratégias de Negociação, Gestão de Conflitos, Comunicação e Influência, Liderança Assertiva, Inteligência Emocional, Coaching, Gestão de Pessoas, Formação de times e competências correlatas. É fundadora da Assertiva Educação e Cultura.
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