Um dia desses estava conversando com uma amiga e ela tinha passado por uma semana complicada, o que gerou um desgaste emocional e ela acabou ficando doente.
Nesta conversa, ela me disse a seguinte frase: Sempre que passo nervoso, acabo ficando doente.
Eu então me lembrei que esse era um padrão que eu conhecia bem, e quase respondi: eu também. Mas antes dessa resposta sair, tomei consciência de que isso não acontecia mais, e na mesma hora me veio à mente a palavra Mindfulness.
Afinal, o que tem uma coisa a ver com a outra?
A resposta é muito simples.
Ao fazer as práticas meditativas de atenção plena, vamos ficando cada vez mais conscientes, e, com corpo e a mente no presente.
Estar atento ao presente, com abertura, aceitação e menos julgamento (atitudes mindfulness), ajuda a desativar o nosso sistema de defesa e proteção, consequentemente, diminuímos a quantidade de hormônios que são liberados no processo de estresse e ansiedade, e que causam muitos males ao organismo quando liberados em excesso.
Quando estamos regulados emocionalmente, retornamos rapidamente ao estado normal depois de um momento de tensão, de estresse, de qualquer vicissitude que a vida venha apresentar – o que não acontece com a maioria das pessoas, que ao viver algo desconfortável, permanece por muito tempo em desequilíbrio emocional, em processos de ruminação mental, que são altamente tóxicos.
Ou seja, quanto mais rápido nos refazemos de algo “ruim”, menos hormônios do estresse despejamos em nosso corpo.
Um corpo com menos hormônios relacionados ao estresse, se torna menos suscetível a doenças.
A prática de atenção plena não nos livra dos problemas e desafios da vida, mas sim, nos coloca em uma condição favorável para aceitá-los e para lidar com eles.
Muito bom, não é mesmo?
Então, bora praticar?
Pare por um a cinco minutos, pode até colocar um timer para marcar o tempo. Feche seus olhos, sente em uma cadeira, e preste atenção no contato dos seus glúteos com a superfície que os apoia neste momento. Perceba todas as sensações ao levar a atenção para essa parte do corpo. Preste atenção também, no contato dos seus pés com o chão. E perceba tudo que está presente neste contato, qualquer tipo de sensação ou ausência de sensações. Se a mente divagar, apenas note, e se volte aos seus pontos de atenção.
Seja gentil com você, e faça isso de forma suave, sem se autocriticar.
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