Estamos, por vezes, presenciando uma nova realidade emocional na indústria do Coaching no Brasil, e eu encontro esta situação muito frequente e repetida.
Me refiro a uma parcela dos coaches cultivarem exageradamente emoções e sentimentos de raiva, especificamente, para com outros coaches.
De tão estranha que é esta situação, até me é difícil de descrevê-la.
Minha leitura é que, de modo imperceptível, nós os coaches, estamos construindo pequenos grupos, tribos, que estão com enorme dificuldade de manter diálogos construtivos.
Colegas vêm conversar comigo a partir de uma perspectiva do: “Eles” / “Nós” / “Aquela turma” etc. Demonstrando nos pronomes de tratamento um forte julgamento e a construção de barreiras ainda maiores. Costumam me apresentar ideias como: Eu não sei o que fazer para interromper a divulgação dos serviços desse povo. Os meus recursos estão acabando, já não há mais muita gente acreditando no Coaching e estou com dificuldades de divulgar que atuo como Coach.
Somos realmente “Nós” e “Eles”?
Há, de verdade, “Aquela turma” e “nosso pares”?
O que acontece? Esse cenário chamou a minha atenção e estou estudando-o.
Não é tudo isto muito paradoxal?
Particularmente porque o Coaching em sua essência defende que o “julgamento” é bastante prejudicial nas relações e conversas de Coaching.
Outro aspecto do paradoxo, é que, na maioria das vezes, os colegas que se queixam são profissionais de enorme experiência profissional. E sabemos que o mercado faz a sua seleção!
Após todo este tempo na vida profissional vejo que é chegado o momento de abrir o cenário para novas possibilidades.
Não é hora de alimentar a distorção. Afinal, todos querem acertar.
Eu costumo dizer que a razão e a emoção, nesses casos, estão distorcidas. Quase sempre voltadas para um senso de incapacidade de superar a situação com resiliência.
Esta é a minha filosofia como pessoa e Coach. Fortalecer!
A resiliência é o convite para somar, agregar, criar redes de apoio, ao invés de separação, desunião e imaturidade relacional – social e profissional.
O que facilitaria a grande sinergia entre os Coaches de diversas escolas, metodologias e tendências?
A visão de consolidação do Coaching. Sonhar que amanhã já não será uma “atividade profissional”, e sim, uma “profissão”. E por esta causa, todos nós, os coaches, podemos nos unir e lutar!
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