No artigo anterior destacamos a diferença entre o desenvolvimento e treinamento de equipes, além de importantes reflexões para motivá-la.
Hoje, falaremos sobre como os avaliadores podem aproveitar um evento ou uma confraternização para detectar possíveis gaps em sua equipe, principalmente no que tange às competências comportamentais.
Estes eventos promovem descontração e festividade, mas pode reverter em importantes mudanças comportamentais e engajadoras para o futuro da organização quando acompanhados e analisados de forma estratégica.
O evento deve estar atrelado ao conceito de: organização, liderança, planejamento, trabalho em equipe, empatia e civilidade, promovendo a integração e valorização do trabalho de toda a organização.
Normalmente, o colaborador utiliza este tipo de evento para relaxar e ampliar a sua rede de relacionamento com outros departamentos e seus líderes e a empresa se encarrega de reforçar os seus valores e fortalecer a sua imagem interna e externa.
Neste momento o avaliador deve estar atento aos possíveis gaps que surgem, a confraternização é um termômetro do clima organizacional, qualquer disfunção deve ser mapeada e corrigida posteriormente.
Reflexão
Vamos pensar em uma grande gincana formada por vários grupos de colaboradores que irão disputar algumas provas. Serão necessárias a união, a organização, o planejamento, as estratégias, as ações e a execução das tarefas.
Este momento é de extrema valia, nesta união de profissionais estará forte a presença ou a total ausência das competências técnicas e em especial as competências comportamentais essenciais para o crescimento da organização.
Podemos identificar a falta de confidencialidade entre os membros com informações passadas a outras equipes, falta de ética, espírito de equipe, solução de problemas e resolução de conflitos, assim como a falta de comprometimento, criatividade, comunicação eficaz, liderança dentre outras características relevantes.
Identificaremos também aquele colaborador que apoia toda a equipe, ajuda nas soluções, compartilha conhecimento, mas permanece nos bastidores deixando com que outro colaborador com déficits nestas habilidades brilhe como ator principal.
O colaborador coadjuvante esconde-se e se responsabiliza pela assertividade de todas as tarefas; perceba que a estrela principal quando recebe toda a honra e glória pelo feito não mencionará o nome do coadjuvante perante a organização e esta por sua vez irá ignorar as habilidades do coadjuvante mesmo tendo a certeza de que ele foi o mentor e o líder.
O coadjuvante limita a sua autoestima, acredita que não é capaz de executar nada e nem apoiar o seu grupo, tornando-se, muitas vezes, um colaborador pós-evento totalmente descrente e desmotivado. Claramente mostra a falta de uma equipe integrada.
Aproveite os eventos dentro e fora das organizações para detectar prováveis déficits de competências, principalmente comportamentais.
Ajude os colaboradores que necessitam de desenvolvimento e principalmente dê valor aos colaboradores que sempre potencializam as suas competências, não os anulem.
Um olhar com mais afinco mesmo em uma gincana de integração e descontração, mostrará que alguns colaboradores necessitam de feedbacks pós-evento para que desenvolvam as competências não presentes ou que potencializem outras.
Fortaleça e desenvolva a sua equipe de colaboradores, a organização certamente terá um grande time, a compreensão de que o comportamento é o responsável por diversas conquistas na área empresarial de fato é verídica.
Uma das mais desejadas competências pelas organizações atualmente é o trabalho em equipe e pode ser desenvolvida em níveis de proficiência.
Colaborador JÚNIOR: Organiza as informações de forma acessível para todos os envolvidos no projeto ou departamento, está presente e sempre participativo nas reuniões, busca a confiança e a credibilidade, além de contribuir com o grupo e assumir os compromissos.
Tem senso de pertencimento, compartilha as vitórias, o seu conhecimento, ferramentas e experiências, ajuda os parceiros, sabe qual o papel e responsabilidade de cada membro sempre em prol do todo.
Colaborador PLENO: Cria total sinergia, seu espírito de companheirismo contagia a equipe, se adapta, coopera no que for necessário garantindo que ele é parte indissociável de todo o processo. Desta forma faz a equipe ser capaz de capacitar e absorver novos membros com formação notória dentro da organização, onde inúmeras vezes se tornam referências para formação e desenvolvimento de outros grupos igualmente motivados e alinhados.
Colaborador SÊNIOR: O sentimento de equipe e cooperação transcende o próprio grupo. Em seus debates agem, falam, pensam e montam estratégias para o futuro e não mais centralizado no presente, a relação entre o grupo paira a confiança e comprometimento contagiando os demais grupos que possam atuar junto dele.
A formação se completa quando ele se transforma em um grupo integrado, seu sucesso jamais será atribuído a um só indivíduo mesmo que este membro seja o seu líder.
Para se tornar um colaborador SÊNIOR nesta competência “trabalho em equipe”, demandará alguns anos. Uma forma mais rápida para chegar a esta escala além do olhar atento dos avaliadores, será a dedicação na criação de treinamentos e desenvolvimentos rotineiros, avaliações constantes, capacitação, processos de coaching e mentoria.
Competências como esta precisam estar em constante atenção e evolução, assim como muitas outras também de grande importância que farão parte do todo de uma organização plena com time extraordinário.
“Seja integrante, de uma equipe em evolução;
Seja um individuo, em constante evolução;
Tenha líderes e gestores, em constante evolução;
Ame o mundo, em constante evolução;
Só assim será INÉDITO, inclusive para VOCÊ MESMO!”
(Adriane Yared)
“Inove o seu presente e surpreenda o seu futuro”
Adriane Yared
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