Quando o assunto é sobre a prática de meditação, essa é uma das questões mais comuns que surge à partir da experiência de meditar.
Quando nos perguntamos se estamos meditando certo, é natural que haja uma expectativa quanto ao que é meditar certo.
Eu pergunto a você que me lê neste momento, o que é meditar certo?
Você provavelmente iria me responder algo que corresponda ao que você acredita que é certo, ou algo que você leu…aprendeu.
Sendo assim, o “resultado” da prática de cada pessoa deveria corresponder ao que cada um julga ser o certo.
Por exemplo: pesquisas mostram que meditar acalma. Se você começa a meditar, tendo como expectativa se acalmar, e depois de um tempo não encontra essa calma, provavelmente irá se questionar se está meditando certo, ou ainda, se isso é mesmo pra você, ou se está perdendo tempo, enfim, coisas que a mente nos traz.
A mente busca por resultados. Aprendemos a buscar resultados. Ora, se não tenho o resultado que busco, algo está errado!
Na minha experiência com a prática regular de meditação mindfulness, e nos relatos que as pessoas dos grupos que facilito me trazem, o que está “errado” é esperar alguma coisa, algum resultado.
Quando o assunto é meditação, a expectativa pode levar a um caminho de frustração e, na maioria das vezes, esse é um dos principais motivos que leva as pessoas a desistir de praticar.
E será que é fácil não esperar nada? Apenas se sentar e meditar? Não, não mesmo, mas é possível exercitar essa intenção de apenas se sentar e meditar, a cada vez que se colocar para isso.
E afinal, será que existe uma forma de medir se a prática está “correta”?
Segundo alguns pesquisadores e professores de mindfulness e na minha experiência com a prática, é possível medir subjetivamente, pois se trata de uma percepção individual. E para isso, podemos nos atentar a três “indicadores”:
- O quanto és gentil consigo mesmo(a) ao trazer a mente de volta para a meditação a cada vez que ela se distrai;
- Quanto tempo demora para perceber que está divagando;
- A regularidade da prática, ou seja, meditar todos os dias, mesmo que não por muito tempo, mas todos os dias.
Não existem fórmulas prontas para dizer se está meditando certo ou errado, mas ao levar consciência para os elementos citados acima, isso poderá ajudar a clarear essa dúvida que é muito comum entre os praticantes de meditação, em especial, os iniciantes na prática.
E assim, ao manter a sua prática, poderá colher os benefícios da meditação, os quais são muito citados pela ciência, e tantos outros meios, mas sem que a busca por esses benefícios sejam a principal razão para praticar meditação.
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