Qual é o melhor assessment para se utilizar no processo de Coaching?
A resposta é: Aquele que melhor atende à demanda do seu cliente.
No mundo competitivo em que vivemos, estamos suscetíveis a comparar praticamente tudo, e classificarmos qual o melhor ou pior. A questão é que nem toda comparação entre melhor ou pior faz sentido, pois há comparações relativas e comparações absolutas.
Por exemplo, o que é melhor para você quando quer ler um livro? Pode ser em uma poltrona na sala da sua casa. Enquanto para mim, poderia ser em uma biblioteca pública com várias pessoas lendo livros também, pois me estimula a leitura ao ver outras pessoas lendo.
Este caso é um exemplo de que o melhor ou pior é relativo e particular a cada indivíduo. A armadilha comparativa ocorre quando comparamos de forma absoluta alternativas diferentes, desconsiderando suas particularidades. Pela lógica, a comparação absoluta só faria sentido se tudo fosse equivalente e sem particularidades. Seria como eleger a melhor lasanha, comparando lasanhas com base na mesma receita.
O mais comum na escolha do melhor assessment para uma boa parcela de coaches, é a utilização dos que estão na moda ou os que são mais conhecidos (Ex: DISC, Eneagrama, MBTI, etc.). Estes podem sim ser os melhores, desde que sua funcionalidade seja compatível com a demanda a ser atendida. O risco é de limitar e “encaixotar” toda e qualquer demanda com a pretensão de ter um instrumento universal e “milagroso” que serve e resolve tudo.
O fato é que todo instrumento de assessment tem seus potenciais e suas limitações. O DISC, por exemplo, é excelente para mapear os comportamentos e emoções observáveis, e principalmente o que é fácil ou difícil para cada indivíduo no seu estilo comportamental. Porém, o DISC é limitado para mapear valores e cultura. Neste caso, sendo a demanda do cliente o mapeamento de valores e cultura de indivíduos ou equipes, o assessment de Forças Impulsionadoras atende melhor por mapear o que cada indivíduo atribui como valoroso e importante, destacando o “porquê” escolhem, gostam e se atraem por determinados assuntos e contextos, ou o contrário.
Em suma, o propósito deste artigo é estimular a pesquisa, flexibilidade e relatividade na escolha do melhor instrumento de assessment. A ideia é ampliar seu nível de eficácia e diferenciação saindo do cômodo e ordinário para então potencializar de fato a condução do seu trabalho de Coaching, consultoria ou treinamentos.
Cada caso, pessoa, empresa ou grupo é único e tem suas peculiaridades que devem ser respeitadas e acolhidas, pois é onde acredito que estejam as verdadeiras preciosidades e alavancas de sucesso. Por isso, SEMPRE vale a pena investir tempo para compreender melhor o contexto, suas particularidades e demandas, antes de iniciar qualquer tipo de trabalho. Pois muitas vezes o cliente não tem clareza suficiente da própria demanda, e é por e para isso que você, como profissional é contratado.
Quanto ao melhor assessment do mundo… O melhor é experimentar e ter conhecimento de causa com as opções disponíveis no mercado, e principalmente ter clareza de qual finalidade o instrumento visa atender e suas limitações. Só não vale priorizar a finalidade “mão-de-vaca” e economizar sem avaliar os custos e benefícios, colocando em risco não só o seu trabalho e reputação, mas principalmente o risco de prejudicar o humano que confia e investe no seu profissionalismo para melhorar a vida.
Se você já usa ou vai começar a utilizar assessments, avalie sempre a finalidade e eficácia de cada instrumento. Opte pelos que trazem maior segurança, confiabilidade, e que tenham histórico de pesquisa e desenvolvimento na área. Afinal de contas, nem tudo que é bom é barato.
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