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O segredo de sua saúde está na Resiliência Transformadora!

Não há duvida de que, nas próximas décadas, cada um precisará ser mais proativo quando se trata da saúde e o segredo está na Resiliência Transformadora.

o que é Resiliência Transformadora

O segredo de sua saúde está na Resiliência Transformadora!

Amigos, neste espaço, esta será a minha última publicação em 2019. Por essa razão, pensei muito em como valorizar o relacionamento positivo que sempre tive com os leitores, apresentando conteúdo de relevância, ineditismo e focando em uma vida melhor no futuro. Afinal, na virada de ano todos nós sempre cantamos: “… muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender…”. E se ao longo do ano as postagens tiveram muito foco no trabalho, nas pessoas e nos negócios de coaching (e até de mentoria), a publicação de hoje pretende apontar como construir a sua ponte futura para a saúde.

Mesmo sem querer “dar ou vender a saúde”, ter saúde para consumo próprio é o desejo sempre presente em nossas vidas. Então, vou me inspirar em um estudo científico muito profundo e sério, recém-publicado na Escandinávia. Mas antes de erroneamente pensar que não servirá a brasileiros, leia esta postagem até o final. Desde já peço desculpas por ser um texto bem longo, mas me desculpo por se tratar final de ano, celebração de festas natalinas e “ser um gentil presente a todos vocês”.

Em Fevereiro de 2019, trinta especialistas nórdicos em saúde foram reunidos, em Copenhague, para participar do Nordic Health 2030. Vários eventos e debates para se abordar a melhor forma de moldar o futuro da saúde para os nórdicos (dinamarqueses, suecos, noruegueses, islandeses e finlandeses).

Desde o início, houve amplo consenso entre o grupo de que os serviços de saúde, hoje oferecidos, não são mais adequados, havendo necessidade urgente de mudar o equilíbrio de cuidados médicos reativos e caros para cuidados proativos, sustentáveis ​​e preventivos.

Porém, a pergunta que estava sem resposta foi: como fazer a transição? Quem deve liderar essa transição?

Para essa pergunta nasceu uma resposta inovadora: é fundamental haver um compromisso de toda a sociedade nórdica para que sejam estabelecidas bases sólidas, as quais possam levar a um sistema de saúde genuinamente preventivo. Foi então divulgada a publicação Nordic Health 2030 Magazine, editada pelo Copenhagen Institute for Futures Studies, tendo por objetivo documentar como é possível trabalhar sobre esse princípio e propor uma visão de saúde que, acima de tudo, garanta condições de vida robusta, sustentável ​​e resiliente para gerações futuras. Ali encontramos algumas conclusões ousadas até na identificação de quais podem ser os melhores catalisadores para essa revolução preventiva em saúde.

Esses catalisadores, tendo por foco a promoção da resiliência em indivíduos e comunidades, bem como o desenvolvimento de novos modelos de dados de saúde, são a essência da publicação acima citada e fonte de minha abordagem, nesta postagem de final de ano.

Uma conclusão óbvia, mas que merece ser apontada, é a de que hoje seremos a geração que realizará esforços, mas não seremos  recompensados por todos os benefícios dessa transição. Assim como os construtores que, séculos atrás, estavam entre os primeiros a lançar as fundações das grandes catedrais e não viram as obras quando terminadas, precisamos ter a consciência de que os resultados finais dessa nova realidade em saúde estarão sendo colhidos pelos nossos filhos e netos. E, ao começar agora, há uma expectativa dos especialistas de que os nórdicos sejam uma luz a iluminar o resto do mundo.

O ponto de partida do estudo vem de uma constatação: se os nórdicos devem acreditar no que o resto do mundo afirma, eles estão entre as pessoas mais educadas, mais felizes e mais saudáveis ​​a se encontrar no planeta.

Muitos atribuem esse sucesso ao modelo de bem-estar social, que se baseia em princípios de confiança, igualdade, justiça e redistribuição. O modelo de bem-estar ajudou a estabelecer um senso de coesão e segurança social, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso a serviços e instituições públicas de qualidade. A assistência médica entretanto, algo que todos os nórdicos têm em comum, tem se mostrado um sistema sob tensão e sido confrontado por muitos desafios. Quando olhamos para a realidade brasileira como um todo, a conclusão é simples: temos o problema crônico e nunca tivemos uma condição favorável que pudesse estimular elogios.

Uma constatação interessante desse estudo citado foi assumir os avanços em tecnologia como fortes aliados, principalmente pela integração com o cotidiano das pessoas (por exemplo, Google, Facebook, Amazon e Apple, no Ocidente; e Alibaba, Tencent, Baidu e Huawei, no Oriente). Hoje, os prestadores de serviços de saúde tradicionais podem se conectar com os indivíduos de uma forma muito mais íntima e direta, até mesmo para diagnóstico em tempo real. Os aplicativos para celulares podem acelerar as visitas ao hospital ou na prática médica, além de incentivar comportamentos saudáveis.

Cada vez mais as interações com os sistemas de saúde são mediadas por tecnologia, aumentando também a nossa compreensão sobre “o que é saúde”.

Mesmo no universo nórdico, testemunha-se formas inovadoras de tratamento e da construção de super hospitais com alta tecnologia, mas ainda há pouca inovação em termos de serviços preventivos em saúde. Uma transição nesse sentido permitirá que cidadãos bem informados, apoiados pelo acesso a ferramentas, dados e informações relevantes, permaneçam saudáveis ​​por mais tempo. Também contribuirá para que as pessoas se recuperem de maneira mais rápida e eficaz de lesões e doenças, aumentando a resiliência geral ao lidar com os desafios diários e eventos significativos da vida, tais como casar e constituir a família, mudar-se para outra cidade, sofrer a perda de emprego ou de ente querido. Além disso, a responsabilidade coletiva pela saúde preventiva terá o efeito positivo de garantir assistência médica tradicional onde for mais necessária.

Se lá no mundo nórdico a saúde preventiva está em amplo debate, será que nós podemos fazer alguma coisa similar aqui no nosso país tupiniquim (com ações que não dependam de uma liderança política ou empresarial)? Pois bem, caros leitores, escarafunchei o relatório e encontrei um conceito novo, muito interessante, que recomendo ser seguido e até orientado aos seus clientes: A boa saúde no futuro não dependerá apenas de sistemas bem projetados, pois cada pessoa também terá um papel importante na garantia proativa da própria saúde. A combinação de adotar um estilo de vida saudável e também cultivar a Resiliência Transformadora pode estar entre as melhores respostas para esse desafio.

Mas, o que é a tal Resiliência Transformadora?

Não há duvida de que, nas próximas décadas, cada pessoa precisará ser mais proativa quando se trata de sua saúde e de seus entes queridos. É cada vez mais difícil para o sistema de saúde lidar com crescente demanda, sendo esse problema gerado pelo crescimento da população idosa, bem como pelas taxas mais altas de doenças cardíacas, câncer, diabetes, Alzheimer, depressão e ansiedade. No mundo todo, discute-se como transferir parte da responsabilidade do sistema público de saúde, ora centralizado, para comunidades locais e até para os cidadãos, individualmente. Então, o que fazer para isso?

É certo que o estilo de vida saudável é vital para a saúde, mas apenas uma pequena fração da população mundial (aí inclui-se a brasileira) cumpre essa recomendação. Mas, e se houvesse algo ainda mais crítico em jogo? Qualquer condição subjacente que afeta profundamente todos nós, como notícias alarmantes, violência urbana, desemprego, crises climáticas e até terrorismo, aliada a uma quantidade crescente de informações e de relacionamentos com que as pessoas se envolvem no cotidiano, tudo isso gera dores e traumas. Não importa se alguém está consciente ou não do estresse a que está exposto, é preciso fortalecer a capacidade geral de se recuperar e prosperar.

Essa capacidade é conhecida como Resiliência.

Tradicionalmente, a resiliência tem sido definida “como a capacidade de nos recuperarmos em resposta a desafios”, enquanto novas interpretações apontam para “como a capacidade de prosperar diante dos desafios que enfrentamos”. Ou seja, como a pessoa se transforma em circunstâncias difíceis para se tornar uma versão melhor e mais sustentável dela mesmo. Isso se tornou conhecido como Resiliência Transformadora, e eis o segredo que vale adotar: a combinação de um estilo de vida saudável com a capacidade de alcançar transformação positiva sob estresse é, não só essencial, como também a maneira natural de melhorar a saúde e evitar ficar doente.

Há uma grande quantidade de pesquisas científicas que dão base a essa afirmação. Resiliência transformadora é, afinal, um conceito muito dinâmico, aberto a diferentes interpretações e que leva continuamente a novas ideias e práticas. Devemos pensar nela como o equilíbrio fundamental em nossas vidas, o que deve estabelecer e manter.

Essa transformação pode ocorrer através de nossos próprios esforços, através da ajuda de outras pessoas ou, mais provavelmente, pela combinação dos dois.

A Resiliência Transformadora inclui aproveitar nossos relacionamentos, as habilidades para a vida e um adequado enquadramento no ambiente. Quanto a relacionamentos, devemos tirar proveito de todos aqueles com a família, amigos e na comunidade onde vivemos. Também devemos cultivar boas relações no trabalho, na escola e onde exercemos práticas esportivas e de lazer. E nunca podemos esquecer de nos integrarmos com a Arte, a História e o meio ambiente.

No que diz respeito a habilidades fundamentais, nosso fundamento está em:

  • autoconhecimento: capacidade de se conhecer em um nível mais profundo. E de quanto o estilo de vida impacta na vitalidade, energia e nas interações sociais;
  • autoadministração: capacidade de experimentar melhores maneiras de ter controle sobre a vida, aproveitar experiências passadas, transformar culpas e ressentimentos com ações construtivas. Inovar e resolver problemas com melhores rituais diários;
  • autoconfiança: capacidade de identificar o que permite alguém se transformar com sucesso ao longo do tempo. Refletir sobre os problemas que tem e de como gosta de resolver. Construir mais confiança em comportamentos e valores pessoais para responder a desafios diários.

Todas essas habilidades têm, em comum, a oportunidade de a pessoa identificar, qualificar e exercitar aquilo que lhe é mais importante para a própria vida e quanto ao ambiente onde está. Seja por construir uma história pessoal alinhada aos desejos e sonhos, seja por conseguir ainda se apoiar em uma estratégia de aproximação social (ou mesmo, nessas duas situações). Talvez alguém esteja lidando com vícios, doenças de longa data; problemas em casa, de saúde mental ou financeiros e, certamente, não conseguirá lidar com todos esses desafios em conjunto.

Então, cabe lembrar que as fontes de uma Resiliência Transformadora vão além do que está dentro de cada um de nós.

Depende do que há entre uma pessoa e o seu mundo (o ambiente que a cerca). Se você sozinho não conseguir encontrar os recursos para aumentar a Resiliência Transformadora, apoie-se em sua família, nos amigos ou na comunidade. Todos nós precisaremos de Resiliência Transformadora e de um estilo de vida saudável no futuro. É o equilíbrio dessa responsabilidade que nós todos devemos construir e suportar juntos. Se você pode ajudar outras pessoas, deve apoiar proativamente a saúde daqueles ao seu redor. Sem dúvida, nós nos transformaremos melhor ao contribuir para que outras pessoas possam prosperar. E assim, nós mesmos prosperaremos!

Recado dado, eu espero que todos os leitores comecem a estudar essa visão nova de Resiliência Transformadora. Levem esse conceito para casa e para a família. Orientem seus clientes para que também entendam e pratiquem o conceito. E nunca esqueçam que a Resiliência Transformadora pode servir como base de seu novo compromisso pessoal para o ano novo: conquistar um patamar de saúde preventiva, para si e para todos os que estão à sua volta! Feliz Ano Novo de 2020.

Mario Divo
https://www.dimensoesdesucesso.com.br/

Confira também: A saúde mental no ambiente de trabalho!

 

Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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