Clareza e feedback são de extrema importância para os novos profissionais entenderem metas e propósitos da empresa. No entanto, tal alinhamento deve ser constante e se estender a todos os profissionais, independentemente do tempo de trabalho.
A Lei 11.788 estabelece que um estágio pode permanecer até dois anos em uma mesma empresa. De acordo com um estudo realizado pelo Nube, companhia que atua na colocação de jovens no mercado de trabalho, entre 40% e 60% dos estagiários são efetivados pelas organizações, especialmente quando os estudantes se encontram no ano de conclusão do curso. Quais são as vantagens e os desafios na hora de efetivar um estagiário?
Na minha opinião, os estagiários representam um oxigênio novo às empresas. Embora tenha uma certa ingenuidade e inexperiência, ele vem cheio de energia, sonhos e vontades. O estagiário nasceu em uma outra era, contribuindo assim para o crescimento da empresa, ampliando os horizontes e fazendo com que surja novas perspectivas dentro da instituição. A empresa de hoje em dia precisa estar aberta para receber essa soma de gerações. É uma troca mútua de conhecimentos para ambos.
Esta é uma etapa natural, sendo importante ter em mente que o estágio traduz um processo de amadurecimento e aprendizado. É o momento de unir a teoria com a prática. Um novo emprego é como se fosse um local desconhecido, precisamos do período de adaptação para entender a região por completo. Uma das maiores recorrências é o medo dos estagiários de errar, de dar sugestões à empresa e as ilusões que acabam criando ao longo dessa trajetória. Por isso, a organização precisa estar atenta, ter clareza das situações e ressignificar a maneira de como pode auxiliar o desenvolvimento de cada um de seus funcionários.
Feedback e clareza
É importante trabalhar a perspectiva de confiança, a fim de criar uma relação com o novo profissional e deixar as coisas mais claras, dando a entender que o funcionário possui sua liberdade de questionar o que for necessário para mergulhar dentro da cultura da organização. Como se fosse viajar para outro país totalmente diferente do seu. É necessário entender de forma explícita as normas, os costumes, os caminhos… Por isso, é importante a fase de adaptação, pois assim conseguimos alinhar essas questões e direcionar as tarefas a partir da vivência. Discutir as relações com os funcionários é outro ponto crucial, o que torna a empresa ainda mais humanizada.
Ressalto ainda que o feedback é muito importante para os que estão começando, e alerto que isso serve para todos os profissionais durante todo o período em que estiverem na empresa, independentemente de quanto tempo estão na organização.
Acredito que tudo se resolve na base do bom e velho diálogo. Também é importante que um novo funcionário aprenda a receber um feedback, porque às vezes ele acaba encarando isso como algo desmotivador. Dar um feedback não implica o fato de ofender ou prejudicar, mas sim falar abertamente do comportamento, das atitudes e habilidades.
Existe uma técnica para dar um bom feedback: primeiro, precisamos valorizar os pontos positivos do funcionário e depois falar do que pode ser melhorado. Simples assim! A empresa precisa adquirir a cultura de que feedback não é algo negativo, mas sim o momento ideal de expor abertamente sobre as fortalezas e qualidades de seus funcionários com clareza.
Leila Navarro
https://www.leilanavarro.com.br/
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