”As perguntas a que se responde com um sim ou um não raramente são interessantes”
Julien Green (1900-1998) – escritor norte americano
Atrás de todas as grandes soluções e transformações, invariavelmente estão grandes perguntas.
Há mais de 2500 anos, Sócrates já dizia “só sei que nada sei” e ensinava às pessoas como chegar às suas próprias conclusões e soluções através da multiplicação de perguntas – o método socrático (maiêutica).
Através da história, pessoas que realmente mudaram o curso da humanidade – como, por exemplo, Leonardo da Vinci, Albert Einstein, Henry Ford, Steve Jobs, Bill Gates e Elon Musk – têm em comum o inconformismo, a imaginação, o desejo de fazer diferente, mas, sobretudo, o poder de desenvolver o questionamento. Assim todo o progresso do homem foi originado a partir de perguntas.
O ato de pensar resume-se no processo de fazer e responder perguntas e, quanto melhor a qualidade das perguntas, melhores respostas e soluções virão à tona – o oposto, também, é verdadeiro: perguntas vazias e superficiais geram resultados medíocres.
O processo de elaborar perguntas é essencial para:
- entender o que focalizamos e como sentimos;
- trazer à tona informações suprimidas pelo nosso cérebro e
- trazer à tona os recursos disponíveis para busca de soluções.
Fazer perguntas certas e instigantes e respondê-las nem sempre é fácil e, na maioria das vezes, processos de coaching conduzidos por profissionais treinados e experientes são de grande ajuda pois, através do curso da conversa e do processo de exploração transportam a um novo estágio conduzindo a descobertas, ao engajamento e, finalmente, ao direcionamento para ação concreta com foco em soluções.
Questões instigantes estimulam a curiosidade, fazem refletir e levam a uma busca do inexplorado, encorajando e levando a profundas reflexões.
Pode-se classificar perguntas em duas categorias: fechadas ou abertas. As primeiras são limitadoras e, normalmente não levam a soluções esperadas pois remetem a respostas como sim ou não, referem-se ao passado e envolvem conteúdo. Já a segunda categoria (abertas) oferecem múltiplas opções, estimulam o raciocínio e remetem ao futuro.
Mas afinal, o que são perguntas abertas? Em resumo: são provocativas, estimulam o raciocínio e oferecem múltiplas opções e oferecem caminhos alternativos e soluções muitas vezes surpreendentes. Questionamentos baseados em: “como…?”, “quando…?”, “onde…?”, “qual/quais?” e “se…?” e “o que mais…?”, “por que não…?” e afins são formas de fazer com que as pessoas saiam de formas de pensar robotizadas.
Para manter equipes engajadas em torno de objetivos corporativos, líderes devem comunicar o que e o porquê deve ser realizado sem detalhar o como fazer; e o melhor caminho para atingir este objetivo é através de perguntas abertas e instigantes que despertem e estimulem a criatividade, a inovação e a motivação para “pensar fora da caixa” e, assim, exceder as expectativas de resultado.
Os principais resultados desta prática serão:
- Novas e originais ideias e recomendações;
- As equipes terão clara compreensão e entendimento da necessidade de ações bem como da importância de sua contribuição para o resultado do grupo;
- Colaboradores serão incitados e treinados para ampliar sua habilidade analítica e o processo de desenvolver pensamentos transformando planos em ações;
- A visão de futuro dissociado do passado será amplamente disseminada.
Grandes líderes aprenderam que utilizar perguntas abertas e instigantes é uma poderosa ferramenta para estimular a criatividade, obter o comprometimento e o engajamento de seus liderados e, assim, atingir resultados extraordinários!
Walter Serer
https://www.linkedin.com/in/walter-serer-86717b20/
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