Endomarketing: Como anda o IFT da sua empresa?
Você sabia que alguns países ao invés de medir o PIB medem o FIB?
A Felicidade Interna Bruta é o índice criado pelo Rei Jigme Singye Wangchuk (Butão). O objetivo é medir o desenvolvimento a partir da felicidade demonstrada pelos cidadãos em relação à garantia dos seus direitos sociais.
Sabendo que a felicidade é algo subjetivo, o governo do Butão, obviamente, não mede momentos de alegria particulares dos seus cidadãos. Mas sim a satisfação com áreas consideradas essenciais para uma vida digna, como: educação, saúde, cultura…
Muito em comum, por sinal, com o nosso famoso exercício de medir a satisfação pessoal: A Roda da Vida. Ela mede, também, nossa satisfação pessoal em relação aos nossos cuidados com a nossa saúde, aprendizado, vida social, entre outros.
Agora, e se levarmos o Índice de Felicidade para dentro das empresas?
Quando se trata de felicidade no trabalho temos o IFT – Índice de Felicidade no Trabalho, que serve até para classificar as melhores empresas para se trabalhar.
Sabemos que funcionário satisfeito é, na maioria das vezes, funcionário feliz, que veste a camisa e vende naturalmente a empresa em que trabalha. Que tal medir então o índice de felicidade dos colaboradores da sua empresa? Entender o que o faz (ou faria) feliz dentro da sua organização pode significar um aumento do clima positivo dentro da empresa, um melhor atendimento aos clientes, uma comunicação mais fluida e, naturalmente, melhores resultados.
Com métricas sobre o índice de felicidade no trabalho é possível entender questões como alta (ou baixa) produtividade. Por exemplo: se dentro do seu índice o quesito saúde não for visto pelo funcionário como uma preocupação da empresa que não pensa em questões como mobiliário adequado para uma postura correta na hora do trabalho ou materiais que garantem a segurança na execução de determinados trabalhos, deixando os funcionários doentes com mais frequência, obviamente sua produtividade cai.
Aliás, uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, identificou que um funcionário feliz é 31% mais produtivo, tem o triplo de criatividade e vende 37% a mais.
Outro exemplo pode ser o valor que a empresa dá para o tempo de lazer do seu funcionário. Se um funcionário trabalha seu período e continua fazendo horas extras além de um limite aceitável, ele tem menos tempo para relaxar, se divertir, dividir momentos com a família. E aí, certamente, sua energia e motivação passa a cair.
Enfim, para medir o índice de felicidade interna basta selecionar, junto aos funcionários, quais são as áreas que eles consideram importantes a empresa pensar para contribuir com o índice de felicidade dos colaboradores e a partir disso construir uma Roda do Índice de Felicidade Interna da Empresa. Dá para usar muitas das áreas da roda da vida tradicional: Saúde no trabalho, Equilíbrio emocional no trabalho, Oportunidades de aprendizado no trabalho, Recursos financeiros recebidos, Relacionamento com os colegas e equipe etc.
Faça o levantamento com a equipe e então aplique individualmente o assessment. Se considerar mais adequado é possível instruir o grupo e fazer a entrega de forma anônima porque assim você pode garantir respostas mais sinceras.
Lembrando que também é possível buscar modelos de empresas que aplicam o índice e usá-los como referência. Mas não se esqueça de sempre adequar os pontos levantados à realidade da sua empresa.
Hoje, o cliente quer atendimento humanizado, cada vez mais personalizado. E funcionários felizes são mais espontâneos, atenciosos e gentis! Aquela mesma pesquisa da Universidade da Califórnia citada lá em cima, diz que o funcionário feliz se sente mais motivado para atender melhor os seus clientes, evitar acidentes de trabalho e diminuir o desperdício. Acho que vale a pena, não vale?
Então, vamos investir mais em felicidade!
Karine Gomes
http://www.criarecriar.com.br/
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