Quando o problema pode ser a solução
Hoje, ao pensar sobre o que iria escrever, abri um livro de mindfulness para me inspirar e me deparei com a seguinte frase:
“Toda a vida é bela e fascinante quando, mesmo que apenas por um instante, retiramos o véu do pensamento domesticado por hábitos”.
Essa frase está grifada no meu livro, pois me chamou a atenção uma vez. E agora, caiu como uma luva.
Estou atravessando uma fase desafiadora nas minhas práticas de meditação. Ou meu corpo se inquieta com dores, ou a sonolência espreita.
A inquietude do corpo e a sonolência estão me acompanhando há um bom tempo, mas de uns meses para cá, se tornaram ainda mais intensos.
Minha mente começou a elaborar formas de lidar com isso, procurando meios para que, de alguma maneira, essas manifestações se amenizem ou sumam.
Foram algumas estratégias, todas em vão. Eu disse todas.
A cada dia que minha mente procurava uma forma de lidar com essa questão tentando resolvê-las, a frustração se apresentava.
É um hábito. O hábito de querer resolver, me livrar, abster.
O que eu precisava enxergar era que, isso era apenas um fato. O que eu tinha que fazer era apenas aceitar e observar. Simples, mas não fácil. Temos a tendência de querer mudar o desconfortável.
O conceito de aceitação e observação está muito claro para mim. Sou praticante há alguns anos, facilito programas de mindfulness há alguns anos.
Mas a mente é ardilosa, e apesar de já ter despertado para esses conceitos em outras situações da vida, me deparei com o hábito do pensamento domesticado na minha prática de meditação diária. E não, não é a primeira vez.
Você que me lê neste momento deve estar ansiando por uma resolução. Sim, uma solução prática onde vou contar como resolvi esse “problema”…
Então, te convido a refletir sobre a tendência de querer uma resposta que resolva.
E finalizo esse texto com um trecho de uma oração chamada Oração da Serenidade:
“Que eu tenha serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as coisas que posso e sabedoria para reconhecer a diferença entre elas.”
Silvia Cavalaro
https://www.silviacavalaro.com.br/
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