Mães costumam viver sob constante pressão para serem boas em tudo o que fazem. Existe uma glamourização da figura de super heroína, que precisa dar conta de tudo com perfeição. Conseguir equilibrar as exigências de cuidar da família e da carreira, acaba se tornando um grande conflito e gerando uma pressão excessiva para mães.
Nossa sociedade patriarcal, foi planejada para atender às necessidades masculinas e precisamos evoluir socialmente para dar o suporte e apoio que as mães necessitam. Fortalecendo as mães, fortalecemos a família e investimos no futuro.
Atualmente existe tanta informação disponível sobre as formas ideais de educação de filhos, que os pais se sentem confusos e frustrados. O conhecimento é importante, mas assim como não emagrecemos lendo um livro de dieta, precisamos compreender que o que fazemos e a forma como fazemos é que fará a diferença na criação de filhos.
Todos os aprendizados importantes acontecem nos relacionamentos, aprendemos a ser pais, praticando os cuidados com os filhos. Os pais, especialmente as mães, procuram se informar através de leituras, participação em workshops, seminários, assistindo a vídeos e consumindo informações sobre as últimas técnicas em educar filhos saudáveis, na esperança de fazer um bom trabalho na criação dos filhos.
Nada é mais poderoso na criação de filhos do que a capacidade dos pais de reconhecer, interpretar e responder de forma adequada às necessidades de seu bebê. É o que John Bowlby identifica como sensibilidade parental. Os cuidados parentais afetuosos e sensíveis criam uma “base segura” para que a criança se desenvolva.
Desde o nascimento, a criança possui uma bagagem biológica e genética para garantir sua sobrevivência. Como pais, falharemos inúmeras vezes, mas os laços afetivos serão fortalecidos na presença afetuosa e atenta e servirão de alicerce para um desenvolvimento saudável.
Poderosas emoções são desencadeadas em nós quando nos tornamos pais. Muitos sentimentos veem à tona e precisamos cuidar das nossas próprias emoções para nos tornarmos os bons pais que desejamos ser.
Numa sociedade cada vez mais intolerante e crítica, fica difícil encontrar encorajamento e apoio. Sempre tem alguém bem intencionado falando para os pais como devem criar seus filhos ou julgando suas decisões. Porém, ninguém melhor do que os próprios pais para saberem o que seus filhos precisam.
Contar com uma rede de apoio é fundamental, principalmente para as mães. Normalmente, elas desejam que todos ao seu redor estejam bem, mas costumam se colocar no final da lista, esquecendo de que, para ajudar o outro, é preciso se cuidar em primeiro lugar.
Com uma interação afetuosa e a prática do cuidar, os pais vão se adaptando intuitivamente às necessidades da criança. Cometemos erros mesmo querendo acertar. Não teremos garantias de que nossos filhos crescerão sem grandes problemas mesmo procurando fazer o melhor que podemos. Existem inúmeros fatores que influenciam e que não dependem somente de nós.
Para desempenhar bem o papel de pai e mãe, precisamos, antes de tudo, cuidar de nós mesmos. Nos olhar com acolhimento, dar clareza às nossas próprias dificuldades, conseguir superar nossas dores emocionais para então conseguirmos criar seres autônomos, que possam construir suas próprias histórias.
Danielle Vieira Gomes
http://daniellegomescoach.com.br/
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