… e te impedem de tomar novos rumos em busca de uma vida mais feliz e com propósito.
Caro leitor, apresentarei a partir desta edição as 7 principais armadilhas que costumam travar nossos bons propósitos, dificultando uma vida mais feliz, produtiva e agradável na convivência, sobretudo com as pessoas mais próximas. Para cada mês apresentarei uma “armadilha”.
Esta série de artigos sequenciados inicia com a consciência que passamos a vida procurando a felicidade. A grande maioria das pessoas acredita que para ser feliz é necessário ter bens, “ter” determinada pessoa, ou seja, condiciona à felicidade.
No entanto existe a felicidade incondicional, que não depende de “ter” nada e ninguém. É a felicidade incondicional que está dentro de nós e que é uma questão e escolha nossa acessá-la.
Uma expressão popular muito difundida expressa bem, de forma ao mesmo tempo jocosa e dramática, uma angústia das pessoas frente às mais diversas situações vivenciais: temos um anjo soprando em nosso ouvido direito, dizendo o que é justo, bom e bonito; e temos um demônio soprando em nosso ouvido esquerdo, nos aliciando para o que é prazer egoístico, para o lado “mau”.
Em nosso íntimo, sentimos sempre esta dualidade: faço ou não faço, devo ou não devo, posso ou não posso, etc. No começo do ano fazemos nossos bons propósitos, que geralmente ou são esquecidos, ou só são postos parcialmente em prática – e depois temos uma sensação de culpa, de estar em dívida para nós mesmos e com outras pessoas.
Todos estamos, a cada momento e a cada ação, buscando ser feliz e fazer o melhor possível. O que nos desvia disso? O que nos dá frequentemente a sensação de fracasso, seja nas relações familiares, seja nos negócios, na carreira ou nas condições financeiras?
ARMADILHA 1 – Falta de uma visão mais ampla
De modo geral, vemos o mundo, as instituições e as pessoas de forma dicotômica. Julgamos o que vemos e assistimos como bom ou mau, como certo ou errado. Nossas crenças, geralmente pouco conscientes, é que determinam nossas ações. E se essas crenças são limitadoras, é com elas que justificamos nossos impasses, nossos conflitos, nossas intransigências.
É com nossas crenças que julgamos a nós mesmos e aos outros. E não pense que são somente as pessoas com pouca educação formal, não. Pessoas estudadas, diplomadas, doutores, engenheiros, professores – no dia a dia são direcionadas por essa visão de mundo limitada. As pessoas são levadas a agir e julgar segundo suas ideologias, seus dogmas ou, quando especialistas, só veem segundo a viseira de sua área restrita, mesmo que aprofundada.
E aí o anjinho na orelha direita fica alertando: “cuidado, isto não é bom, isto não está certo, pensa mais um pouco, cai fora que isto não cheira muito bem”. E aquele demoninho, empoleirado na orelha esquerda, atiça: “vai em frente, você só sai ganhando, você pode, sim, esqueça, passa a mão e toma conta, está no papo, dane-se o resto.” Na verdade, estas visões restritivas não permitem que a gente tenha opções próprias.
A gente está sempre dependendo da aprovação de quem controla nossas crenças, nossas ideologias, nossos preconceitos – que nos afastam cada vez mais de sermos felizes.
Entenda mais da Armadilha 1
Só há um caminho: ter coragem de encarar essas limitações em nossa mente. À medida que abrimos o leque de nossas crenças, o mundo se torna maior para nós, as possibilidades se multiplicam, passamos a nos aceitar melhor e a aceitar melhor as outras pessoas.
Nos tornamos pessoas mais amáveis, tolerantes, saberemos dialogar em vez de discutir acaloradamente, não nos apegaremos a nossas ideias, mas saberemos ouvir mais e compreender e aceitar melhor as pessoas. As nossas crenças podem nos levar ao céu ou ao inferno. Mais do que isso, as nossas crenças nos transformam naquilo que somos a cada momento.
Marcos Wunderlich
https://holos.org.br
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As 7 Armadilhas que travam a tua Vida (parte II)
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