A importância do fortalecimento e resiliência familiar em tempos de crise
Por Fernanda Duran*
Em tempos de “crise” é fundamental cuidar da nossa saúde emocional, do relacionamento familiar e da nossa resiliência.
Atualmente a humanidade está atravessando momentos bastante cruciais que ameaçam os aspectos da saúde emocional, física e social. Estas adversidades fazem com que lidemos com situações de estresse individual e também dentro do relacionamento familiar.
A família é o núcleo em que passamos grande parte das nossas vidas, além de nos relacionarmos mais intimamente também.
É imprescindível quem em situações de estresse se desenvolva a resiliência. Um termo bastante conhecido no desenvolvimento humano que se refere ao processo de superar e adaptar-se à crise e às adversidades.
Mais do que lidar com a adversidade, a resiliência envolve assim crescer e fortalecer positivamente para além do sofrimento e do esforço.
Dessa maneira, para que as famílias lidem com situações de estresse, a psicóloga Froma Wash em seu livro “strengthening Family resilence” indica alguns processos que serão adaptados e sugeridos aqui para transformarmos ações que reforcem a resiliência familiar.
1. Atribuir sentido às adversidades:
Valorizar as relações com os familiares; conduzir as adversidades com olhar positivo; lidar com o possível e aceitando o inevitável conjuntamente e integrar recursos da espiritualidade (oração, meditação e práticas religiosas) que proporcionam assim emoções e sensações prazerosas e de tranquilidade para o corpo.
Estas possibilidades oferecem clareza e conforto sobre a vida em momentos de angústia que permitem a aceitação de situações que podem ser modificadas e tornam os eventos inesperados menos ameaçadores.
2. Padrões de organização:
Manter o equilíbrio entre mudanças e estabilidade na rotina para fornecer segurança e responder aos desafios. Apoio e colaboração mútua para ajudar em situações de dificuldade em conjunto.
Estes fatores podem oferecer à família obter harmonia e conexão entre os membros que reforçam a resiliência.
3. Processos de comunicação:
Partilhar informações importantes sobre as situações de crise e expectativas futuras auxiliam na tomada de decisões; expressão emocional aberta de mensagens transmitidas de forma espontânea e, ao mesmo tempo, ponderada, respeitando os sentimentos e as diferenças do outro; negociação durante a comunicação para gerenciar os conflitos.
É importante que na comunicação seja transmitido afetos positivos permitindo a tolerância dos sentimentos de cada um, que facilitam assim resolução cooperativa de problemas e a gestão de conflitos.
Por fim, é indispensável que em momentos de crise os membros da família pensem conjuntamente em recursos para que não só lidem mais eficientemente com situações, mas saiam delas fortalecidas, que possibilitará a resiliência em todos os membros.
(*) Fernanda Duran é psicóloga da Carevolution e palestrante sobre temas em saúde mental. Possui experiência clínica focada na Psicologia Positiva com objetivo do bem-estar, bem como do florescimento humano.
Fernanda Duran
http://carevolution.com.br/
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