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Um vírus e dezenas de revoluções

Neste novo período, as tomadas de decisão, seja na empresa ou na vida pessoal, certamente  aprender, desaprender e reaprender será um dos grandes obstáculos.

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Neste novo período, as tomadas de decisão, seja na empresa ou na vida pessoal, certamente  aprender, desaprender e reaprender será um dos grandes obstáculos e um grande desafio.

Já é possível imprimir uma casa inteira em apenas 33 horas, rápido? Estamos a caminho de ter uma casa “impressa” em apenas um dia. Novas técnicas para fabricação emergencial de equipamentos para proteção individual aos profissionais de saúde impulsionou a impressão 3D – processo de fabricação que surgiu na década de 80. Consiste em converter um modelo digital num sólido projeto tridimensional.

A pandemia acelerou desenvolvimento de novos modelos, reduziu parte do custo (ainda é caro) de produção de materiais neste modelo de produção.

Por outro lado, atividades tradicionais como locação de salas e escritórios, começa a experimentar retrocesso e deve seguir desacelerando no pós-pandemia. Explico: empresas foram obrigadas a manter seus funcionários em home office. No início de forma caótica e sem política de apoio ao colaborador ou mesmo orientação e treinamento para a realização das tarefas que antes, eram possíveis apenas nos escritórios.

Tem sido comum, empresas anunciarem que não terão mais uma unidade administrativa – que irão operar 100% em home office. Outras, irão manter um escritório “sede” com controle das atividades remotas e apoio a todos os colaboradores que estão em casa.

Esta coluna, publicou no começo do ano que o maior desafio da educação – no mundo atual – é desaprender. Este desafio é tão importante para quem ensina como para quem aprende. Todas as tecnologias que existiam no início das quarentenas já foram superadas.

O caos inicial provocado pelo fechamento das escolas e necessidades de controle de conteúdo, trabalhos em equipe e verificação do quanto se fixou, a cada novo tópico de aula, produziu soluções geniais – mas estamos em evolução e todos os dias surgem novas soluções, cada vez melhores.

Os efeitos colaterais?

Algo distante do cenário cotidiano de muitas escolas, os softwares para administração, gestão de pessoas, conteúdos e pesquisas, chegaram para ficar – reduzindo custos e ampliando a capacidade da escola, que terá salas de aulas mais vazias, obrigatoriamente, e mais alunos matriculados – EAD.

A medicina tradicional também passa por revoluções impressionantes. Imagine que muito provavelmente você a partir de agora, terá visitas virtuais ao médico: ele vai conversar com o paciente, solicitar exames, enviar as solicitações com assinatura digital para o laboratório. O paciente comparece no dia e hora marcados, realiza os exames e o médico recebe as informações digitais no seu aplicativo. O paciente é contatado para a prescrição dos remédios e tratamentos. Presencial? Apenas para os casos em que seja necessária intervenção física, como por exemplo, cirurgias.

Talvez, você já tenha passado por este tipo de consulta em alguma rede particular em algum situação específica. Mas, você poder consultar médicos no mundo inteiro, e até mesmo do SUS com esta solução? Esta é mais uma atividade que se desenvolveu muito em meio à pandemia – quando as pessoas definitivamente não querem se aproximar dos hospitais e consultórios por medo de contágio.

Os motivos que levavam as pessoas a escolher lugares como São Paulo para morar, estão absolutamente ultrapassados. Ninguém mais precisa estar em São Paulo, para trabalhar na cidade. Muito menos morar aqui ou Nova York, Londres,  Toronto – para ter acesso a bibliotecas, museus, médicos, faculdades, – enfim. Outra revolução em curso é a “volta” a pequenas cidades, em busca de qualidade de vida e lazer.

Para os que ficam nas grandes cidades, já vivenciavam, compartilhamento de moradia e de carros, por uma questão de custos. A pandemia aproximou os moradores e o compartilhamento por custos de uma mesma casa se transformou em sobrevivência, na quarentena.

Neste novo desafio que surge no horizonte dos dias, em que viveremos períodos de quarentena, as tomadas de decisão, seja na empresa ou na vida pessoal, certamente aprender, desaprender e reaprender será um dos grandes obstáculos.

Nunca mais o nosso mundo será como antes. O século XXI acabou em 10 de março de 2020. Assim nasce uma nova civilização.

Sandra Moraes
https:// www.linkedin.com/in/sandra-balbino-moraes

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Sandra Moraes é Jornalista, Publicitária, Relações Públicas, frequentou por mais de 8 anos classes de estudos em Filosofia e Sociologia na USP.É professora no MBA da FIA – USP. Atuou como Executiva no mercado financeiro (Visa International (EUA); Banco Icatu; Fininvest; Unibanco; Itaú e Banco Francês e Brasileiro), por mais de 25 anos. Líder inovadora desenvolveu grandes projetos para o Varejo de moda no país (lojas Marisa – Credi 21), ampliando a sua larga experiência com equipes multidisciplinares, multiculturais, altamente competitivos, inovadores e de alta volatilidade.
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