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Mudar dá trabalho, mas enche os pulmões de esperança!

Se as mudanças na vida são tão vitais porque resistimos tanto a elas? Ainda mais neste momento onde as mudanças, e de forma rápida, têm se tornado cruciais?

mudanças na vida

Os caminhos que nos trouxeram até aqui não serão os mesmos que nos levarão para o futuro, a única certeza que temos é a mudança. Acredito que você já tenha lido ou ouvido algo similar e talvez tenha até concordado, mas se a mudança é algo tão vital porque resistimos tanto a ela?

Ainda mais nestes tempos de pandemia onde a mudança, e de maneira rápida, tem se tornado crucial? Novos protocolos de higiene, novas regras nas relações sociais, uso de novos recursos (máscara e álcool gel) isso sem contar nas inúmeras adaptações familiares com escolas e creches fechadas, alguns trabalhando em home office com todos da família dentro de casa, outros que precisam enfrentar esse mundo novo que está invadido por um mundo inimigo invisível… não são tempos fáceis, sinto que são tempos de mudança em ritmo acelerado pela gravidade do que estamos vivendo.

E sabe, eu acredito que mudar é complexo porque dá trabalho! Muito trabalho. Acabo de viver uma mudança literal na minha vida e passar por esta experiência em tempos de pandemia foi muito desafiador, porém pra mim o momento potencializou os aprendizados. A mudança foi um desejo nosso que se concretizou, decidimos sair de uma casa e voltar para um apartamento e a reflexão me acompanhou durante todo o processo, mas o que mais me deixou perplexa foi a quantidade de coisas que havíamos acumulado ao longo de três anos e meio.

Por isso, hoje vou te convidar a fazer uma viagem para dentro da sua casa para exemplificar de maneira literal os desafios da mudança.

Reserve um tempo para fazer este exercício de reflexão.  Vá até seu quarto sente-se na cama e olhe em volta, procure o lugar onde você guarda seus objetos pessoais (pode ser um armário, closet, estante, não importa) olhe bem, quanta coisa você tem neste espaço? Muito? Pouco? Suficiente? Que sensações te chegam ao olhar seus objetos pessoais? Existem coisas que você já não usa mais? Caso sim, por que você decide continuar carregando-as?  Agora olhe nas gavetas, quanta coisa guardada que talvez você nem lembrava que as tinha?  E se não lembrava que as tinha será que são realmente vitais? Se tiver mais quartos, faça um tour quarto a quarto e explore o potencial de renovação de cada um.

Agora continue o passeio pelo banheiro (s), quantas pomadas, remédios, cremes estão fora da validade? Você os guardou pensando que os usaria mais à frente, mas esse dia nunca chegou e eles já não servem mais. De todos os itens guardados, acumulados no banheiro, quais deles você realmente usa, precisa? Da mesma maneira se tiver mais banheiros, siga o tour por eles.

Agora a viagem segue destino até a(s) sala(s), escritório(s); quantos livros estão estacionados na sua casa esperando para serem relidos? Quantos foram comprados ou ganhos e que nunca foram lidos? E quantos papeis desnecessários repousam nas gavetas, estantes? Exames de saúde do passado, contas pagas, cadernos antigos, velhas apostilas… e por fim para encerrar esta viagem o convido a visitar sua cozinha, um dos meus lugares prediletos da casa, normalmente cheio de vida e energia por onde passamos diversas momento do nosso dia.

O que você guarda nos armários, gavetas e prateleiras? Quantos utensílios que não são mais usados? Equipamentos que foram separados para consertar e nunca saíram de casa? Tampas de recipientes que já não existem mais!

Então feche os olhos por um momento e pense como seria encaixotar todas as suas coisas e levar para outro lugar? Quanta coisa você deixaria para trás porque já não faz mais sentido levar com você? Do que você não abre mão e levaria para onde for?

Nossa casa é algo vivo assim como nós, precisa ser reciclada, cuidada, renovada. O que acontece com nossos sentimentos, emoções, com a nossa vida se não somos capazes de deixar para trás aquilo que já não nos serve mais? O que acontecerá conosco se de tempos em tempos não olharmos para as gavetas do nosso ser e não nos reinventarmos como pessoa? Como profissional? Como irmãos humanos que somos? O acontece quando empilhamos mágoas, tristezas, frustrações, medos?

Não tenha medo de explorar suas sensações, emoções e experiências, todos machucamos e somos machucados em algum momento da vida. Acolher, ressignificar e desapegar é importante para que o novo possa chegar. Mudar dá trabalho, mas vale a pena porque abre espaço para aprender coisas novas, viver novas experiências, quando eu consigo mudar algo em mim, sinto que meus pulmões se enchem de esperança e me renovo. Você não precisa mudar de casa para mudar a si mesmo, a viagem é interior, mas confesso um segredo aqui, quando libero e organizo meu mundo externo, sinto que um mundo de possibilidades se abre dentro de mim.

E você, quais mudanças na vida você sente que gostaria de realizar?

Franciele Ropelato
https://www.linkedin.com/in/franciele-ropelato-84086b23/

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Franciele Ropelato é HRBP, coach ontológica e organizacional com experiência profissional de mais de 20 anos. Atuou em empresas de manufatura e serviços nacionais e internacionais de diversos segmentos (têxtil, metalúrgico, plásticos, tecnologia e educação). É graduada em Administração de Empresas, especialista em gestão de negócios pela PUC e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela FGV. Executive and Life Coach pelo Instituto ICI, Certificada em Coach Ontológico em Santiago do Chile pela Newfield Network e Coaching Organizacional pelo Institute for Generative Leadership – USA em parceria coma escola Newfield Network do Chile.
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