Resiliência e gestão dos próprios planos
Por Cris Munhoz*
Elaborar planos é uma coisa, realizá-los é outra! Quem nunca passou por um aniversário definindo para si mesmo novos objetivos e metas?
Os objetivos é o que se quer alcançar e as metas estipulam os passos e prazos para a realização desses objetivos. O planejamento é essencial para não perder tempo com ações que não levam aonde se deseja chegar, bem como estabelecer passos é muito importante para condicionar o pensamento para a realização.
Bem, considerando que foi feito um bom planejamento, então chega a hora de colocá-lo em prática, em execução. E aí percebemos que alguns passos vão para frente e outros param, simplesmente empacam, não temos como explicar, mas não conseguimos progredir. Inventamos desculpas, tentamos achar razão, mas simplesmente não conseguimos concluir o que estava nos planos. Você já passou por isso?
Tem uma frase de Albert Einstein que diz “loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual!”. Mas o que nos impede de ter ações diferentes para obter resultados diferentes?
Já observou que pessoas otimistas, que acreditam verdadeiramente em algo, conseguem o que querem? Essas pessoas se utilizam de atitudes mentais e emocionais a seu favor, impulsionando assim suas metas e objetivos. Esse “poder” interno de realização tem origem nas crenças, que é o conjunto convicções, opiniões formadas sobre um tema, se transforma nas verdades internas de cada um.
Essas crenças são formadas ao longo de nossa vida, desde criança, quando aprendemos através da convivência com nossos pais, nossa família, escola, colegas, trabalho, etc. Nossas experiências, sendo positivas ou negativas, criam padrões automáticos de comportamento, que se transformam em nossas verdades absolutas. Henry Ford afirmava que “se você acredita que pode ou se acredita que não pode, de qualquer forma, você está certo”.
O problema é que, além de criarmos crenças que nos fortalece, também criamos crenças que nos limitam. E como lidar com essas crenças limitantes? Certamente são essas crenças nocivas que nos impedem de realizar as metas desejadas.
Os comportamentos, pautados pelas crenças, têm origem na emoção que impulsiona a ação. É um movimento de dentro para fora. Veja, se formos olhar a etimologia da palavra, “emoção” provém do latim “emotione” que significa “movimento, comoção, acto de mover”. Então a emoção, que é carregada pelas nossas crenças, nos leva a uma ação, expressa através dos comportamentos.
Chegou o ponto então de falarmos sobre resiliência!
Resiliência é capacidade que temos de superar as adversidades, de enfrentar crises e estresse, de nos adaptarmos e tirar o melhor do meio em que vivemos.
Também quero esclarecer que podemos estar mais resilientes em uma área de nossa vida e menos resiliente em outra. Para exemplificar, podemos ter o poder de realização dentro do nosso trabalho, porém ter bloqueio de realização em um projeto pessoal. Nesse contexto, a resiliência pode ser desenvolvida, utilizando para isso a conscientização e criação de novos comportamentos embasados em crenças fortalecedoras.
Falando em desenvolvimento da resiliência, a SOBRARE – Sociedade Brasileira de Resiliência nos apresenta um instrumento que é uma das ferramentas da metodologia “Abordagem Resiliente”, onde mapeiam as crenças determinantes que estruturam o comportamento quando submetido ao estresse e, quando não estiver em equilíbrio, pode apresentar a tendência de comportamentos de passividade ou tendência de comportamentos de intolerância perante as adversidades vividas. Trazer esses comportamentos para o equilíbrio requer a análise das crenças e padrões que são a causa principal do desequilíbrio e, através da conscientização, vontade pessoal e do uso das crenças fortalecedoras existentes, buscar novos caminhos factíveis de mudança interior.
Desenvolver a resiliência é aguçar a autopercepção, desenvolver o olhar estratégico perante o fato ocorrido, é perceber a emoção que está por trás dos bloqueios, é detectar padrões automáticos de comportamento, é traçar novos caminhos.
Requer do indivíduo a vontade e a coragem para trabalhar o autoconhecimento, de enxergar seus padrões de repetições, apurar a percepção de onde vem os pensamentos, questionando o pensamento automático e promovendo mudanças gradativas até que essas formem novas rotas e possa colher os frutos de uma vida em equilíbrio emocional.
Quer saber mais? Acesse a página na internet da www.sobrare.com.br e acompanhe os posts sobre resiliência de ‘Conexão Eu’ no Instagram ou no Facebook.
(*) Cris Munhoz é graduada em Tecnologia da Informação e pós-graduada em Gestão Estratégica de Empresas, atuando há mais de 20 anos em empresas nacionais e multinacionais, desempenhando funções que exigem visão estratégica de negócios e relação interpessoal. Ao longo dos anos vivenciando a gestão de pessoas dentro das organizações, e com foco no trabalho do desenvolvimento de planos estratégico pessoal, concluiu a Especialização em Resiliência pela SOBRARE – Sociedade Brasileira de Resiliência. Constituiu o Conexão Eu, que tem como missão auxiliar pessoas a superar suas crenças limitantes para alcançar seus objetivos de vida.
Cris Munhoz
http://sobrare.com.br/
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