O terrível “branco” na oratória… o que fazer?
O medo do fracasso é o que amedronta qualquer pessoa e profissional durante a vida e na carreira, mas a frustração muitas vezes surge quando este mesmo indivíduo não consegue expressar o conhecimento que adquiriu ao longo da respectiva formação acadêmica ou a prática no mercado de trabalho.
Um dos grandes vilões para esse tipo de atitude é a oratória. E a maneira de se comunicar nos ambientes e perante o público que se prontifica a falar.
Por que a comunicação é um dos principais motivos para a frustração? Simplesmente, é pelo medo de julgamento das pessoas enquanto falamos, que nos causa sentimentos de angustia e nervosismo.
Existem muitos apresentadores, negociadores, palestrantes e oradores que se preparam intensamente para subirem ao palco. Recebem os olhares da plateia e luzes dos holofotes, para oferecerem o que o público foi buscar, que é o conhecimento especifico da área correspondente. E, quando menos esperam, surge o inevitável, o tradicional “branco”. O esquecimento de algum tema ou de alguma teoria, deixando transcender ao espectador o improvável, o medo de fracassar.
Inicialmente, não se preocupe, somos seres humanos e falhamos sempre!
Logo, quando errar ou passar por algo assim, saiba que o público entenderá. E, dependendo do clima gerado, cabe ao orador demonstrar humildade e por conseqüência ganhará a empatia de todos.
É muito natural, apresentarmos algumas alterações fisiológicas, pois somos movidos pelo cérebro, corpo, mas principalmente pelos pensamentos que trazemos aos nos conectarmos com a plateia.
Para que o esquecimento do conteúdo não lhe cause anomalias corporais como por exemplo o tradicional gelado no estomago, o tremor das mãos, a vergonha explícita no rosto ou até mesmo balançar dos braços e pernas, o apresentador deve controlar a ansiedade, nervosismo e tudo que não pertença àquele momento ou situação.
Afirmo, que o “branco” é consequência, além de uma mentalidade autossabotadora do nosso cérebro, do despreparo alheio. O ponto-chave para evitar situações como estas, é estruturar a apresentação de acordo com o raciocínio criado para facilitar a dinâmica e a condução do conteúdo.
Algumas sugestões e dicas fundamentais que o orador pode utilizar, nestas ocasiões, a saber:
- manter a mente sana evitando se preocupar como o slide que vem na sequência;
- criar alternativas de conteúdos até os temas voltarem ao cérebro;
- abrir para perguntas ou interação com o público até perceber que os seus pensamentos foram reestruturados;
- por fim, lembrar que a plateia não conhece toda a sua apresentação e relatar fatos ou contar cases relevantes trará mais realidade e versatilidade na sua performance.
Estar no palco é se conectar intensamente com as pessoas e se o orador respeitar o público, se manter natural e ser original nos seus temas, saberá surpreender e ser reconhecido. Então, não tenha receio de ser você, pois somente assim alcançará a sua audiência.
Sidney Botelho
http://www.sidneybotelho.com.br
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