Qual a sua Verdade?
Há mais de 15 anos me dedico a pensar sobre percepção e seu impacto nas diferentes áreas da vida. Quem acompanha minhas reflexões, certamente, já me viu afirmando que nós somos autores da nossa realidade. Nossa percepção é uma interpretação que fazemos do mundo à nossa volta, através dos nossos sentidos, tendo como referência de entendimento as verdades que carregamos.
Compreender a sensibilidade da nossa percepção é a chave para desvendar todos os tipos de conflitos. De acordo com o dicionário da língua portuguesa, conflito significa profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes, gerando choque, enfrentamento. Um conflito surge quando duas percepções se desconsideram, consciente ou inconscientemente.
Considerando que nossas crenças pessoais são muitas vezes geradas ainda na infância, e apenas reforçadas ou transformadas ao longo da vida a partir das nossas experiências, então estamos expostos ao risco de perpetuar uma realidade escassa e infrutífera, se não formos despertados para outras possibilidades de interpretação.
Então o que diferencia quem se abre para outras possibilidades daqueles que permanecem fechados em sua leitura pessoal do mundo? Eu acredito que a principal diferença esteja na capacidade de suportar a verdade do outro, quando ela confronta a minha própria verdade.
Estamos tão acostumados com um pensamento dicotômico que muitas vezes, tendemos a considerar que se A é diferente de B, sendo A uma verdade, então necessariamente B se torna uma inverdade, uma mentira. Um equívoco de entendimento grave, que de fato potencializa todas as chances de conflitos pessoais e sociais.
Um grande profissional da área de treinamentos, Jeremias Rodrigues, costuma afirmar: o crescimento é natural, o desenvolvimento não. Suas palavras nunca me fizeram tanto sentido. Todos nós necessariamente cresceremos. Mas nem todos os indivíduos experimentarão um desenvolvimento mental e emocional.
Amadurecer requer a decisão de experimentar este processo. Uma disposição pessoal para revisitar nossas verdades, questioná-las, ampliando o nosso entendimento de mundo. Um exercício de empatia quanto ao entendimento de outras pessoas, uma experimentação de outros pontos de vista.
Um processo de amadurecimento e autodesenvolvimento requer disciplina e persistência. Ele obrigatoriamente gerará desconfortos e sentimentos desagradáveis.
Então até que ponto estamos dispostos a abrir mão das nossas verdades?
Desenvolver-se exige abrir mãe da zona de conforto. Por isso, recomendo preparar-se para esta jornada. O processo pode ser vivido em etapas. Planejá-lo pode facilitar o seu êxito.
E, se mesmo após todas as minhas colocações, faltar motivação para se propor esta experiência, então deixo com você uma provocação: qual tem sido o preço para sustentar as suas verdades?!
Gostou do artigo? Quer saber mais? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Sheila Berna
https://www.sheilaberna.com.br/
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