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Você sabe o que é design thinking?

O Design Thinking pode ser aplicado em qualquer atividade empresarial e pode ser adaptado de forma a fazer mais sentido para o resultado pretendido. Saiba como!

o que é design thinking

Você sabe o que é design thinking?

Com o pensamento voltado à resolução de problemas, em um mundo onde a única certeza são as incertezas (principalmente quando falamos de novos modelos de negócios), o professor da Universidade de Stanford, Rol Faste, criou o termo “design thinking”. Pensar como um designer. Nada mais é do que uma abordagem criativa e metódica, buscando aproveitar oportunidades a partir da criação, experimentação e prototipagem de um produto, serviço ou novo negócio; e através da coleta de feedbacks da clientela. O objetivo é sempre focado em melhorar a experiência do cliente, lapidando a jornada do usuário.

A metodologia de design thinking pode ser aplicada em qualquer atividade empresarial. Apesar de metódica, ou seja, existe um passo-a-passo, com início, meio e fim, ela não é rígida. E pode ser adaptada de forma a fazer mais sentido para o resultado pretendido.

A grande diferença do design thinking para outras metodologias, é que ela estimula o trabalho em equipe e a criatividade sem filtros, já que na etapa da prototipagem cada ideia selecionada é testada para então ser aprovada ou rejeitada. Por isso, as soluções que surgem de um processo de design thinking normalmente são inovadoras, criativas e até mesmo inesperadas.

E como isso tudo funciona na prática?

A aplicação ocorre em etapas. As fases vão evoluindo conforme a equipe avança na direção das soluções.

Como ele funciona?

O design thinking ocorre por etapas, conforme a equipe avança na estruturação dos problemas e as fases evoluem.

As etapas são: imersão, definição, ideação, prototipagem e teste.

IMERSÃO

Na primeira etapa, a equipe se reúne e mapeia os problemas existentes. Se o objetivo da aplicação do design thinking for para resolver um problema específico, na etapa de imersão, então, a equipe irá analisar o mesmo de diversas perspectivas, levando em consideração pontos de vista diferentes. A etapa 1 acontece em duas fases. Portanto, etapa 1.1: imersão inicial e etapa 1.2: imersão profunda.

Na imersão inicial dá-se uma análise mais superficial da questão, com o objetivo de delimitar o projeto e coletar informações. Isso pode ser feito com ou sem um trabalho de pesquisa de campo.

Já na imersão em profundidade, como o próprio nome diz, faz-se um mergulho profundo na questão. Para isso é necessária pesquisa de campo, seguida de uma análise do contexto do problema. Aqui é averiguado, a fundo, o ponto de vista da persona principal a quem o trabalho de design thinking se destina. Ou seja, se o objetivo do projeto for melhorar a experiência dos usuários ou clientes, então vai-se averiguar o que eles pensam sobre determinado problema; mas se o objetivo for melhorar a área de uma empresa, então o que interessa é saber o que os funcionários pensam sobre determinada questão.

DEFINIÇÃO

O propósito desta etapa é analisar e organizar todas as informações coletadas, para encontrar um padrão de solução para o problema levantado. Aqui faz-se um trabalho baseado em critérios norteadores para descobrir afinidades entre as informações, podendo assim conceituar as soluções que serão propostas.

Aqui o ideal é dividir os participantes do processo de design thinking em diferentes equipes, para que diferentes soluções possam ser criadas.

IDEAÇÃO

Etapa de levantamento das soluções. Aqui o importante é fazer um brainstorming sem filtros, unir toda a informação coletada, usando a criatividade sem julgamentos, em busca dos melhores insights para as soluções. O objetivo é descobrir a interseção entre as necessidades do público-alvo e o conhecimento acumulado. Por isso é tão importante ter feito pesquisas de mercado nas etapas anteriores. Novamente eu reitero: é importante que surjam muitas e diferentes ideias para que possam desenvolver múltiplas soluções.

PROTOTIPAGEM

Aqui as ideias se transformam no menor produto viável, ou seja, cada equipe cria um produto ou serviço que traduz a solução proposta, mas que pode não estar em fase final. É mesmo como o nome diz: protótipo. Todo o conhecimento e informações acumulados nas fases anteriores ganham forma. As soluções se tornam ações concretas que podem ser desenvolvidas em produtos e/ou serviços reais, ou em novos negócios que irão fazer a diferença para quem quer que seja o público-alvo final do projeto de design thinking. Pode ser a empresa, ou os funcionários, ou os clientes/usuários finais.

TESTE

Esta etapa também poderia ser chamada de VALIDAÇÃO. Aqui, o objetivo é validar as propostas prototipadas e apresentadas por cada equipe. É fundamental definir métricas para os resultados. E, além disso, fazer uma nova pesquisa com o público-alvo do processo, para então validar se houve aprovação ou rejeição da solução exibida. Nem todas as soluções serão aprovadas, obviamente. E é justamente isso o que torna esta etapa interessante: por mais que nos coloquemos no lugar dos nossos clientes, nem sempre conseguimos propor as melhores soluções para as necessidades deles. Muitas vezes o que consideramos genial, pode ser visto como banal. Por isso se faz fundamental que o processo seja executado por diferentes equipes, trazendo assim diferentes soluções.

É possível refazer todo o processo, se nenhuma solução apresentada for validada e aprovada?

Sim! Na verdade isso é até mesmo muito comum. Se o problema não for resolvido completamente, é válido iniciar um novo processo, iniciando por uma nova imersão. Pode-se manter as mesmas pessoas do processo anterior, ou trazer equipes novas.

E, se você pensa que o design thinking só serve para projetos tecnológicos, está muito enganado! Esse método pode ser realizado em qualquer empresa, de qualquer tamanho, dos setores mais variados possíveis e com departamentos diversos também. O foco dessa metodologia é simplesmente trazer soluções de forma mais eficaz e mais ágil para quem precisa, de forma colaborativa. É juntar o útil ao agradável: melhorar a empresa com novas soluções e unir os colaboradores através de um trabalho em equipe divertido, criativo e eficaz.

Manter o foco na solução é a solução!

Portanto, um forte abraço e boas soluções!

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Paula Quaiser
http://www.paulaquaiser.com

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Paula Quaiser é Founder da Canvas Academy & Business Coach. Pós-Graduada em Gestão e Marketing pela ESPM, Certificação Internacional BCI – Behavioral Coaching Institute pela AbraCoaching e pela We Create Coaching Portugal. Certificada em Business Modeling Canvas com Alexander Osterwalder em 2011, e Master Coach Business Model You, Certificação com Timothy Clark em Londres, 2014 (primeira brasileira certificada em BMY). Foi consultora integral da incubadora de empresas Experimental AD/Venture, mentora de empreendedorismo da Prefeitura de Porto Alegre através do POA Digital, mentora do Startup Weekend, e Business Coach desde 2012. Palestrante internacional, em mais de 10 cidades entre Europa, EUA e Brasil. Autora do método Canvas Coaching no Brasil, fundadora da Canvas Academy. Coautora do livro Business Model Teams, com Timothy Clark e Yves Pigneur. Indicada ao prêmio BID-Star Quality Awards em Genebra, Suíça, pela qualidade da inovação no coaching.
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