Quantas vezes você já duvidou da sua capacidade para fazer algo? Ou então, se sentindo um pouco bitolado, buscou apoio em alguém que julgava ser mais experiente, com mais conhecimento, para melhor resultado? Quantas vezes você se encantou e depois se viu engaiolado por opiniões, valores, que não condiziam com os seus de fato? E, por fim, você já contratou alguém para apoiá-lo e essa pessoa só o colocou para baixo?
Na minha vivência como profissional e até mesmo pessoal, o sim para todos as perguntas é inevitável.
Em princípios de 2014, adentrei nesse mundo poderoso, espetacular e mágico do Coaching conduzida pelo supercompetente Marco Antônio Beck. Sob perguntas perspicazes, reflexões junguianas e metáforas inteligentes, fui colhendo um caminhar acelerado em direção a quem eu queria SER.
Resultado tem a ver com isso: SER a pessoa que FAZ escolhas mais assertivas e TEM melhores relacionamentos, mais oportunidades, maiores recursos e assim novas possibilidades.
Encantada com essa magia e ainda surpreendida com a rapidez com que várias coisas aconteceram pra mim, no final daquele mesmo ano iniciei minha primeira formação. Nesse processo conheci várias pessoas, dentre elas Coaches renomados. Tive a oportunidade de fazer processos com alguns deles. Mas ao contrário do que eu supunha, ao invés de transbordar e florescer, em certos processos eu entrei em estresse e conflito interno.
O que aconteceu?
Meu talento, como uma Transmissora, é de falar em público. E meu objetivo tinha a ver com isso: mobilizar grandes plateias com o poder da minha palavra, fazendo as pessoas se questionarem sobre as “verdades” que nos são contadas. Quem seria essa plateia? Pais, mães, professores e cuidadores de crianças.
Pra mim estava claro como água. Fazia meu coração vibrar.
O primeiro Coach me fez acreditar que não tem dinheiro nesse mercado. Que ninguém pagaria para aprender sobre maternidade, melhorar o vínculo materno e o cuidado com a emocionalidade das crianças. De fato existe um menosprezo por esta questão. Talvez porque a gente esqueça de que todos nós nascemos de uma mãe e que todos fomos crianças. E talvez não saibamos também que o que acontece na nossa infância reverbera em 90% da nossa vida adulta. Então aos poucos ele foi incutindo na minha cabeça que o dinheiro está nas empresas, que eu aproveitaria minhas formações anteriores e que nesse âmbito meu “resultado” seria fantástico.
O outro Coach foi conduzindo as sessões de modo a me fazer desacreditar do meu potencial, colocando como condição para eu ser uma trainer bem-sucedida, o atendimento individual. Para quem conhece um pouco de Eneagrama, sabe que ouvir não é a melhor habilidade dos Transmissores.
Outra vez contratei uma semioticista para me orientar na composição e apresentação do meu site e ela queria tudo preto e branco, bege, pastel, kraft. Eu sou uma pessoa intensa, alegre e minha vida é cheia de cores. E o site ou cartão digital precisam deixar transparecer isso, não? Segundo ela eu parecia uma borboleta festiva.
Estou colocando exemplos meus, mas teria inúmeros exemplos de clientes e alunos que chegaram até mim, estressados, frustrados e desorientados.
Por que isso acontece?
Porque Coaching é muito mais do que seguir a linha entre o ponto A (onde estou) e o ponto B (onde quero chegar).
Porque Resultado não é só dinheiro e número de seguidores. Assim como Talentos são únicos e individuais. Assim como Valores são diferentes para cada pessoa. Resultado significa coisas diferentes para pessoas diferentes.
Para que eu, enquanto Coach, possa apoiar o meu Coachee no seu caminho de desenvolvimento (que é dele e só dele), é extremamente importante que eu conheça a sua personalidade. O Eneagrama é um grande aliado nisso. Já que ele nos mostra os valores mais fundamentais da pessoa, a partir da identificação das Tendências Instintivas. E o como ele vai buscar isso, a partir das Estratégias.
E atenção! Eneagrama não é um questionário a ser aplicado na primeira sessão, como já vi muitos Coaches fazendo. Eneagrama é uma ferramenta. É um framework. Eneagrama, por si só já é um processo inteiro.
O primordial é termos consciência dos nossos recursos enquanto profissionais e também a confiar na nossa intuição enquanto clientes. Estar sempre atento aos nossos valores e ao que ressona dentro de você. O que vibra no nosso coração não tem como dar errado.
O passo seguinte é nos livrar dos abutres e alçar voo novamente. Afinal, borboletas festivas encantam qualquer jardim.
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Liz Cunha
https://www.lizcunha.com.br/
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