Causa e Efeito: A relação direta entre nossas escolhas e os resultados
Você já deve ter ouvido aquele ditado que diz que cada um de nós colhe aquilo que planta, ou que o plantio é opcional, mas a colheita obrigatória.
Estas frases tratam da relação direta de causa e efeito entre nossas decisões e ações, e os nossos resultados. Mas o quanto somos preparados para reconhecer previamente os efeitos das nossas escolhas, podendo assim assumir a responsabilidade sobre o que colhemos?
Na última semana, num papo com um grupo de jovens que oriento, me dei conta de uma série de coisas que eu adoraria saber aos 18 anos. Coisas que refletiram em grandes dificuldades, algumas que impactam minha vida até hoje, em diferentes áreas.
Eu adoraria saber antes a importância da compatibilidade de valores e crenças para a saúde do casamento. Entender como pequenos hábitos de gestão e administração de recursos podem, de fato, transformar sua realidade financeira, para o bem e para o mal. Reconhecer que nossos hábitos durante a vida escolar refletirão sobre nossa rotina, não somente em situações de estudo, mas também em questões profissionais e até mesmo pessoais.
Você pode estar se perguntando: mas não são aprendizados naturalmente adquiridos com a vivência destes acontecimentos?
Eu tendo a responder que sim, você tem razão. Mas não, não acredito que este seja o único caminho.
Nós, que somos os adultos hoje, podemos contribuir para a conscientização das nossas crianças, adolescentes e jovens. Sem a menor pretensão de interferir nas suas ações e decisões. Mas apontando o que já sabemos dos diferentes caminhos.
Talvez aqui resida a principal razão para muitos de nós não exercerem este papel na educação das próximas gerações. Aprendendo na prática como aprendemos, será que estamos então aptos a orientar?!
Com frequência me deparo com casos onde os pais, procurando orientar seus filhos, interferem diretamente nos seus processos de decisão. Impondo suas sugestões, cobrando resultados específicos, roubando seu exercício de autonomia e protagonismo, projetando suas próprias expectativas disfarçadas como sabedoria. Afinal, foi assim que muitos de nós receberam orientações dos adultos da nossa época. Macaco vê, macaco faz!
Precisamos aprender a orientar, refletindo sobre os nossos próprios aprendizados. Extraindo deles o princípio por trás da colheita. Falando dos princípios seremos capazes de conscientizar o outro, sem impor a ele as minhas verdades. Exclusivamente focando na ampliação da percepção que o outro tem dos possíveis efeitos das suas escolhas e ações.
Este exercício pode catalisar o crescimento das próximas gerações. Mas não para por aí. Eu acredito que se nós pararmos para compreender a lógica dos princípios por trás das nossas próprias colheitas, estaremos transformado assim a nossa própria realidade.
Qual área da sua vida gostaria que fosse diferente hoje? Já sabe por onde deve começar a mudança?
Quem planta, colhe!
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Sheila Berna
https://www.sheilaberna.com.br/
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