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Por que estamos perdendo a nossa Potencialidade Humana?

A pobreza é venenosa para as crianças e a pandemia, além de aumentá-la, atinge mais fortemente as comunidades pobres e as minorias.

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Por que estamos perdendo a nossa Potencialidade Humana?

“O homem não é um produto das circunstâncias, as circunstâncias é que são produto do homem.” (Benjamin Disraeli)

Sempre pensei que deveria haver um fator, na composição do PIB dos países, chamado de “Fator de Potencialidade humana” – que medisse a capacidade dos países em garantir o aproveitamento do potencial de todos os cidadãos nascidos e a consequente melhoria da condição da vida humana.

Imaginem se soubéssemos tudo o que perdemos em cada criança sem acesso à comida, higiene, saúde e escola.

Quantos Juliano Moreira, Virginia Leone Bicudo, Flavio Augusto da Silva, Harry Houdini, Charlie Chaplin e tantos outros – foram perdidos no abandono, sem nenhuma chance.

Juliano Moreira foi considerado o fundador da psiquiatria no Brasil, de origem muito pobre, o baiano Juliano Moreira, ajudou a fundar a Sociedade de Medicina e Cirurgia e a Sociedade de Medicina Legal da Bahia.

Virgínia Bicudo é Psicanalista e socióloga reconhecida, tornou-se uma referência sendo a 1ª pesquisadora e professora negra a ocupar um lugar de destaque na divulgação e construção da psicanálise no Brasil.

Flávio Augusto da Silva, nascido e criado na periferia do Rio de Janeiro, veio de uma família de classe média baixa com pai militar e mãe professora da rede pública. Começou a trabalhar em uma escola de inglês aos 19 anos usando fichas telefônicas e um orelhão para vender cursos. Ele fundou a Wise-up, um negócio milionário aos 23 anos.

Harry Houdini foi o maior mágico que o mundo já conheceu. Ele mendigava nas ruas, aos 8 anos.

Charlie Chaplin, órfão de pai alcoólatra e mãe internada em hospital psiquiátrico, dormia nas ruas aos 14 anos.

Todos entendemos as maneiras pelas quais a pobreza é venenosa para as crianças e estamos em uma pandemia que aparentemente aumentará a pobreza e atingirá mais fortemente as comunidades pobres e as minorias.

No nosso Brasil, antes da pandemia – 43,4% das crianças viviam na pobreza – sem saneamento básico, programas de saúde, escola e alimentação. Muitas sem estrutura familiar. Este dado informa que 1 em cada 2,3 crianças, não será parte do futuro “feliz” deste país, conforme apresentado no Relatório “Síntese de Indicadores Sociais – Condições de Vida da População Brasileira” – IBGE. Talvez por esta razão não será tão feliz e, com certeza, o futuro vai ficar mais pobre com a ausência deles. Avançamos a passos lentos e sem vontade – com eles, talvez fossem mais firmes e mais rápidos. Não saberemos.

São pobres, aqueles cidadãos que vivem com uma renda mensal de até 140 reais. Esse valor corresponde aos US$ 1,25 diários definidos pela ONU.

A situação destas pessoas se agravou, em muito, com a pandemia. No Brasil, o auxílio emergencial desacelerou para uma parte importante da sociedade, a veloz viagem rumo a pobreza e miséria – mas, como tudo o que foi feito para minimizar os impactos da pandemia, o auxílio emergencial tem data para acabar. A pergunta que precisamos responder, como coletividade, a partir de agora é: O que faremos para garantir a segurança alimentar, saúde e escola para os nossos médicos, líderes empresariais, pensadores e astronautas do futuro. Caso não sejamos capazes de garantir que todo este potencial aconteça – como será o nosso futuro sem eles?

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Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a potencialidade humana no atual cenário? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Sandra Moraes
https:// www.linkedin.com/in/sandra-balbino-moraes

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Sandra Moraes é Jornalista, Publicitária, Relações Públicas, frequentou por mais de 8 anos classes de estudos em Filosofia e Sociologia na USP.É professora no MBA da FIA – USP. Atuou como Executiva no mercado financeiro (Visa International (EUA); Banco Icatu; Fininvest; Unibanco; Itaú e Banco Francês e Brasileiro), por mais de 25 anos. Líder inovadora desenvolveu grandes projetos para o Varejo de moda no país (lojas Marisa – Credi 21), ampliando a sua larga experiência com equipes multidisciplinares, multiculturais, altamente competitivos, inovadores e de alta volatilidade.
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