Ser bem resolvido: utopia ou realidade?
Sabemos que a vida nem sempre é, como se costuma dizer, “um mar de rosas”. Às vezes acontecem eventos que estimulam emoções aflitivas que tocam profundamente em crenças adormecidas. Por exemplo: eu não sou querido, eu não sou competente ou eu sou inadequado.
Quando essas crenças povoam nossos pensamentos com conteúdos negativos, sentimo-nos vulneráveis, sem boas defesas construídas.
Nessa situação, vem a dificuldade de foco, uma tristeza profunda, uma sensação de fragilidade, e o desânimo toma espaço. É como se um nó nos apertasse a garganta, tornando a respiração mais difícil. Uma angústia brota em nosso peito. O tempo não corre na velocidade que gostaríamos para ficarmos livres desse estado emocional desestimulante. Parece que o mundo vai acabar.
Tentar resolver os conflitos nesse momento provavelmente não será uma decisão ponderada e madura, e a chance de arrependimento será grande. Ao contrário, este é o momento de ser resiliente, de recuperar-se, de retornar ao estado normal. Ser resiliente é saber lidar com as situações de riscos, não se abater e sentir-se fortalecido e motivado para seguir em frente.
Ser resiliente é aceitar sua vulnerabilidade e dar um tempo para si mesmo. Fazer exercícios de respiração de relaxamento, apoiar-se em pessoas confiáveis, ressignificar seus pensamentos negativos que, gradativamente, vão sendo substituídos por pensamentos mais reais e otimistas. Aí, sim, você se sentirá mais fortalecido e preparado para encarar a vida de frente.
Eu aprendi muito com um autor admirável que criou uma teoria sobre otimismo e pessimismo, chamado Martin Seligman, o pai da Psicologia Positiva.
Ele afirma que o pessimista acredita que os seus problemas vão durar para sempre, vão afetar tudo o que faz e que são incontroláveis. Quando se permite que um pensamento negativo assuma o comando, muitos outros se encadearão provocando um estresse excessivo. Esse estado, na maioria das vezes, leva uma pessoa a se defender e incorporar um comportamento agressivo e intolerante ou passivo. Agressividade, baseada em um estado emocional raivoso, enquanto a passividade se baseia num estado de tristeza. A partir daí, passa-se a adotar um comportamento dominado pelas emoções, ficando à mercê delas, contaminando totalmente suas decisões e comprometendo sua estabilidade emocional.
Gosto demais desta frase de Ariano Suassuna, poeta e escritor brasileiro:
“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.” (Ariano Suassuna)
Dr. Martin Seligman afirma, por outro lado, que o otimista tende a considerar seus problemas passageiros, controláveis e específicos de uma situação.
O que quero lhe dizer é que, ao questionar seus pensamentos negativos, você dá a si a chance de ver a vida por um olhar mais generoso. Assumir para si uma crença otimista: considerar seus problemas passageiros, controláveis e específicos de uma situação. Gerir emoções exige autoconsciência e coragem para tomá-las do seu emocional e carregá-las até o consciente. E, usando seu pensamento devagar e reflexivo, transformá-las em ações generosas consigo mesmo. É uma conversa decisiva, que se dá internamente, de você para você.
É exatamente essa atitude corajosa que o tornará bem resolvido, uma pessoa com atitude.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como ser bem resolvido e com atitude? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Vera Martins
https://vera-martins.com/
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