fbpx

Aceitação ou Adaptabilidade: O Dilema nos Relacionamentos Sociais

Você é aceito ou encaixado nos seus relacionamentos sociais? Você é respeitado e aceito com o seu jeito de ser?

adaptabilidade

Aceitação ou Adaptabilidade: Você é aceito ou encaixado nos seus relacionamentos sociais?

Por que uma pessoa tem dificuldade de se sentir autoconfiante, posicionar-se com firmeza, usar realmente a escuta ativa e se comunicar assertivamente e de forma não violenta? Por que isso acontece? Em geral, por que as pessoas têm dificuldade de olharem para si mesmo e apreciarem seu jeitão de ser? Por que as pessoas se bloqueiam e não conseguem experimentar o doce gosto da congruência interna com a convivência harmônica entre suas virtudes e suas imperfeições? Em geral, por que as pessoas se relacionam no seu meio social e profissional, utilizando estratégias defensivas agressivas, submissas ou dissimuladas, contaminando seus pensamentos, suas ações e sua forma de se comunicar?

Poderia nomear várias razões, contudo quero destacar a AUTOACEITÇÃO. Quando ela não está presente, é determinante para colocar uma pessoa na postura de “encaixe” nas suas relações interpessoais. Uma busca incessante do pertencimento e aceitação. Define principalmente seu movimento emocional para ser aceita no ambiente em que vive, seja nas relações pessoais como também nas relações profissionais.

Por isso, a falta de autoaceitação interfere diretamente nas escolhas que uma pessoa faz em momentos importantes de tomada de decisão.

A falta de autoaceitação estimula as pessoas a usarem disfarces na tentativa de esconderem suas “imperfeições”. A questão é que essas máscaras são estratégias defensivas, normalmente agressivas, passivas ou mesmo dissimuladas que tornam as pessoas defensivas e mal resolvidas. Um caminho livre para mal-entendidos e conflitos nos relacionamentos.

O uso de disfarces causa uma grande perda no potencial humano: o desconhecimento das forças e virtudes próprias de cada pessoa. E, por conseqüência, com o mal uso desses atributos, as pessoas se distanciam da sua essência e autenticidade.

Por quê?

Primeiro porque o ser humano é totalmente social. Nós nos completamos e nos transformamos pela interação social. Daí a nossa necessidade de pertencimento, de sermos importantes no meio em que vivemos.

Segundo porque desde criança somos socializados de forma a facilitar nossa adaptabilidade na convivência com o outro. Essa socialização também chamada de educação possui ingredientes culturais, valores e crenças. Os usos e costumes da família, de professores, enfim, das instituições sociais que impactam diretamente em nossa “educação” ou socialização. Aprendemos muitos bons valores e adotamos crenças que nos direcionam bem as nossas vidas. Contudo no meio dessas informações adotamos crenças que no decorrer da vida passam a impedir que sejamos nós.

Conclusão: passamos a ser aquilo que esperam que sejamos.

Aí começa nosso sofrimento. Temos que ser perfeitos, não podemos errar, não podemos dizer “não sei”, temos que ter sempre razão. Entretanto, por outro lado, temos que agradar o outro, não magoar o outro, o que dificulta o dizer “não” quando necessário.

Brené Brown, em sua obra “A Coragem de Ser Imperfeito” clarifica a diferença entre ser aceito e se encaixar nos grupos sociais:

  • Ser aceito é ser realmente quem você é;
  • Encaixar é avaliar a situação e tornar-se quem você precisa ser para ser aceito.

Isso tudo porque acreditamos que ser o que o ambiente espera que sejamos chama-se ADAPTABILIDADE. Mais uma confusão na habilidade de se adaptar ao ambiente.

Adaptar-se é analisar o ambiente e escolher dentre o seu repertório rico de respostas, a melhor postura para se posicionar naquele ambiente. Sem se subjugar, sem dominar e sem manipular o outro. Apenas apresentar atributos do seu “jeitão de ser, de pensar e sentir” que sejam adequados e pertinentes àquele contexto.

Algumas crenças que ajudam muito você a se respeitar e respeitar o outro:

  • Aceitar o diferente: Aceitar que o outro tem escolhas diferentes e, portanto, pensam e gostam de coisas diferentes ou iguais a você.
  • Aceitar que o ser humano é imperfeito: Acreditar que melhoria contínua é encarar o erro como aprendizado.
  • Jamais ser vítima: Acreditar que você é responsável pelo que você faz, pensa, diz e sente;
  • Conscientizar-se de suas máscaras. Ter coragem para estar vulnerável e encarar sua vergonha de não ser perfeita, de cometer erros e não se destruir pela culpa e medo.

Como você se vê? Você é respeitado e aceito com seu jeitão de ser? Como você impacta o ambiente que frequenta? Quanto você tem consciência das máscaras que definiram o seu jeitão de ser? Como tem promovido mudanças em você mediante esse autoconhecimento adquirido?

Se você quer realmente ser mais autoconfiante, mais bem resolvido, ter mais autonomia nas suas decisões, diminuir seu sentimento de culpa e vergonha, enfim, ser aceito e não encaixado, inicie pelo seu autoconhecimento.

Somente conheceremos nossa essência e teremos contato com nossas forças e virtudes se estabelecermos uma conversa decisiva e verdadeira com nosso eu íntimo.

Seja corajoso e inicie esta jornada do autoconhecimento.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre as habilidades de aceitação e adaptabilidade nos relacionamentos sociais? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Vera Martins
https://vera-martins.com/

Confira também: Ser bem resolvido: utopia ou realidade?

 

Vera Martins Author
Vera Martins é autora dos livros: “Seja Assertivo!” e “O Emocional Inteligente”. Trabalhou por 21 anos como Executiva em Recursos Humanos e há 18 anos atua em consultoria de desenvolvimento humano. É educadora com especialização em desenvolvimento de pessoas. Possui mestrado em Comunicação e especialização em Medicina Comportamental.Atua como coach, palestrante, facilitadora de seminários e professora de universidades, tais como: Fundação Vanzolini e Escola de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo em cursos de pós-graduação.Através de intensos estudos e publicação dos seus livros tornou-se precursora da competência Assertividade e especialista em comunicação e inteligência emocional. Por isso, vem atuando fortemente nos diversos níveis profissionais nas empresas, em competências que envolvam a comunicação relacional, tais como: Estratégias de Negociação, Gestão de Conflitos, Comunicação e Influência, Liderança Assertiva, Inteligência Emocional, Coaching, Gestão de Pessoas, Formação de times e competências correlatas. É fundadora da Assertiva Educação e Cultura.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa