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Entenda como está sua alimentação com essa ferramenta simples

Uma forma prática e efetiva de fazer uma autoavaliação sobre nosso comportamento alimentar é por meio do diário alimentar. Você já ouviu falar sobre ele?

Entenda como está sua alimentação com essa ferramenta simples

Entenda como está sua alimentação com essa ferramenta simples

Uma forma prática e efetiva de fazer uma autoavaliação sobre nosso comportamento alimentar é por meio do diário alimentar. Você já ouviu falar sobre ele?

O diário alimentar é uma estratégia de automonitoramento, no qual são registrados os alimentos consumidos ao longo do dia e suas respectivas quantidades.

Por que é legal fazer esse registro? 

É bem comum que nós não nos atentemos à nossa alimentação por já estarmos habituados a ela. Muitas vezes, você pode achar que come muito e, na verdade, está comendo pouco, ou vice-versa. Se estiver buscando emagrecer, pode pensar: “Poxa, eu faço tudo certinho, mas não emagreço.”, será mesmo que faz?

Se possui o hábito de pular refeições ou beliscar, ou outros hábitos inadequados, o preenchimento do diário é uma forma de você conseguir enxergar claramente como está sua alimentação, como se estivesse avaliando de fora da situação.

Conhece aquela famosa expressão “É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós” do escritor José Saramago? É nesse sentido que o diário alimentar pode contribuir para a percepção do seu hábito alimentar e, consequentemente, a melhora dele.

Como fazer o diário?

O diário alimentar pode ter vários campos para preenchimento, que podem ser gradualmente incluídos à medida que você for se habituando a ele. Existem diversas formas de fazer esse registro, por exemplo: no papel, no bloco de notas do celular, em aplicativos de celular ou planners impressos. É possível até registrar com fotos, mas é interessante que também escreva outras informações.

Inicialmente, você pode preencher qual foi sua refeição (por exemplo: café da manhã, almoço, lanche…), o local em que estava, o horário que se sentou para comer, os alimentos que consumiu, o tipo de preparação, as quantidades em medidas caseiras (em colher de sopa, colher de servir, escumadeira, xícara, …) e o horário que terminou a refeição.

Com essas informações, já é possível analisar diversos pontos, a saber:

  • Se você costuma comer fora de casa;
  • A frequência de consumo de alimentos ultraprocessados, frituras, doces, alimentos muito gordurosos, etc.;
  • Quanto tempo leva para fazer as refeições;
  • Se há presença de verduras, legumes e frutas diariamente, a quantidade e variedade deles;
  • Se possui o hábito de “beliscar”.

Após ter se adaptado ao preenchimento desses campos, tente incluir também outras informações como por exemplo: uma classificação para a sua fome antes de se alimentar e para sua saciedade após a refeição – você pode fazer isso dando uma nota de 0 a 10 a cada uma; se estava acompanhado(a) de alguém ou sozinho(a); se a refeição foi ou não planejada; e se realizou ou não atividade física naquele dia e o que estava pensando e sentindo no momento da refeição – esse último campo tem o objetivo de analisar se você se sentiu feliz, culpado, satisfeito, estufado, se existe algum pensamento disfuncional em relação à comida, e também pode ajudar a estimular o Mindful Eating.

Não há necessidade de incluir todas essas informações de uma vez. Você pode incluir aos poucos, à medida que for se sentindo confortável e habituado. Para evitar que se esqueça de algo, é legal preencher o diário logo após comer.

Diário preenchido. E agora, como avaliar? 

Quanto mais completo e detalhado for o diário, melhor para sua autoavaliação e, possivelmente, você perceberá escolhas alimentares e comportamentos que não tinha consciência anteriormente. Só com isso, já é possível fazer pequenas melhoras na sua alimentação, baseado na sua própria percepção.

No entanto, a avaliação e acompanhamento com um(a) nutricionista é muito importante, pois pode haver muitas possibilidades a serem trabalhadas nesse registro que você não saberá tanto identificar quanto fazer os ajustes da melhor maneira. Além disso, o(a) nutricionista poderá te ajudar a lidar com as emoções negativas, se houver alguma. Por isso, precisará de uma orientação sobre qual caminho seguir, por onde começar, o que é mais urgente mudar e como fazer isso.

O legal do preenchimento do diário alimentar é que você se sente de fato protagonista e responsável por construir junto com o(a) profissional hábitos mais saudáveis na sua alimentação e na sua vida como um todo. A nutricionista não será a peça-chave do processo, que te dirá o que você deve comer, o que não deve, te entregará um plano e fim. Sem que você, muitas vezes, entenda o porquê de fazer tudo isso, e talvez até nem queira.

O diário te dará maior motivação e ajudará assim a manter a frequência das suas boas escolhas alimentares. Recomendo muito que faça um teste e comece então a fazer seu diário. Ficarei feliz em saber suas percepções e mudanças positivas!

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o diário alimentar? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Até a próxima!

Abraços 😉

Viviani Marcon
https://www.instagram.com/vivianimarcon/

Confira também: Se Você tem Medo de Comer, esse artigo é Para Você!

 

Viviani Marcon é Engenheira de Alimentos pela Universidade de São Paulo e graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo. Possui experiência profissional na área da Engenharia em indústria alimentícia, laboratórios de pesquisa da USP – FZEA e da University of Missouri (Columbia – EUA) e consultoria em inovação pelo SEBRAE-SP. Na área da Nutrição, foi membro da Liga Acadêmica de Nutrição Esportiva (LANESC); trabalhou com nutrição comportamental na SDS Nutrition, empresa coordenada pela nutricionista e Dra. Sophie Deram; desenvolveu, juntamente com uma equipe de profissionais, projeto de Iniciação Científica em educação alimentar – PEDUCA, cujo objetivo é oferecer formação aos educadores das escolas estaduais do Estado de São Paulo sobre alimentação saudável; é certificada como Coach de Saúde e Bem-estar pela Carevolution, e atualmente trabalha na área de nutrição clínica hospitalar, ajudando a desenvolver novo protocolo com foco em melhores desfechos clínicos dos pacientes.
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