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DONOS DA VERDADE: A Intolerância aos saberes diferentes

Por que é tão difícil compreender que a hipótese de um não exclui ou invalida, necessariamente, a do outro? Donos da Verdade, por que tanta intolerância?

DONOS DA VERDADE: A Intolerância aos saberes diferentes

DONOS DA VERDADE: A Intolerância aos saberes diferentes

É comum algumas pessoas, ao atingirem ou alcançarem um certo conhecimento ou reconhecimento, se colocarem na posição de julgadores dos seus semelhantes.

Assusta-me a intransigência dos donos da Verdade.

Por que os saberes não podem ser complementares, em vez de antagônicos?

Por que é tão difícil compreender que a hipótese de um não exclui ou invalida, necessariamente, a hipótese do outro?

A afirmação de uma coisa, não é necessariamente a negação de outra coisa.

A convivência é uma arte.

Penso que o ato de conviver passe por três fases, a saber: Tolerância, Respeito e Aceitação.

Explico melhor: 

Tolerância

Pressuponho que sou melhor ou superior que o outro, portanto ajo “generosamente” com tolerância e não com intolerância.

Respeito

Não concordo e, talvez até acredite realmente que o outro está agindo ou raciocinando de forma extremamente equivocada, mas de qualquer maneira respeito as suas decisões e escolhas. 

Aceitação

Neste ponto, percebo que as minhas verdades são somente as “minhas verdades” e, neste momento e para mim, são suficientes. Do mesmo modo, infiro que o outro também tem as “suas verdades” e, obviamente, para ele, são as melhores para o momento. Raciocinando de tal maneira, eu aceito incondicionalmente o outro como ele é. Como indivíduo (aquele que não se divide) único e exclusivo. Aceito a sua identidade. Eu o reconheço de fato.

Então, conviver pressupõe que estaremos com diferentes e até com opostos, mas não necessária ou deliberadamente adversários ou inimigos.

Contarei uma metáfora que, a meu ver, elucida bem o tema proposto: 

Assim a cena ocorre em um cemitério…

Agachada defronte a um túmulo, uma senhora colocava uma pequena vasilha de louça com alimentos, junto com alguns outros objetos e bebidas.

No túmulo ao lado, um senhor aproxima-se com um ramalhete de flores. Ao ver a senhora arrumando a sua oferta ao parente falecido (ou antepassado), faz cara de espanto e repulsa, então pergunta à senhora:
– A senhora acredita mesmo que o seu parente virá comer os alimentos, beber as bebidas e usar os objetos?
E a tranquila mulher, com um olhar sereno, compassivamente então respondeu:
– Sim. Ele virá na mesma hora que o seu falecido parente comparecer para cheirar as flores que o senhor está ofertando… 

Pois é… É bem possível que a minha verdade não seja realmente melhor ou superior à sua.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a intolerância aos saberes diferentes? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Valdecy Carneiro
http://valdecycarneiro.com.br/
Amante do que é Bom, do que é Justo e do que é Belo…

Confira também: Será que você tem uma Crença Limitante sobre Dinheiro parecida com a que eu tinha?

 

Valdecy Carneiro estuda e pratica com Estados Alterados de Consciência (EACs) há 36 anos. Psicólogo, Especialista em Medicina Comportamental (UNIFESP), Doutorando em Psicologia (UCES/Argentina), Programador Neurolinguista (PNL), Professor de Cursos de Coaching, Hipnose e Programação Neurolinguística e Palestrante. Desenvolveu a metodologia “Reprogramação Mental em 10 Sessões – com PNL & Hipnose”. Criador do “Protocolo Carneiro Para Síndrome do Pânico”, que trata Transtorno de Pânico em apenas três sessões. Apresentou o programa “Reprogramação Mental” pela Rádio Mundial 95,7 FM. Coautor dos livros “Manual Completo de PNL” e “Excelência no Atendimento ao Cliente” e autor dos livros “A Arte da Guerra Para o Coaching” e “Segredos da Terapia SuperBreve”, ambos a serem publicados em breve. É fundador e presidente da Sociedade InterAmericana de Hipnose e da Sociedade InterAmericana de Coaching e criador da Universidade da Hipnose.
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