Por que a RAIVA nos leva a FICAR NA DEFENSIVA?
Você já explodiu de raiva? O alívio é imediato, mas em compensação, o estrago é maior que o alívio. Se a raiva toma conta, então uma energia muito forte e parecida com um furacão invade nosso ser. Essa energia sai pela boca e por todos os poros do corpo. É a típica comunicação verbal e não verbal agressiva e invasiva dando vazão à nossa raiva.
Quando somos contrariados, sentimos raiva e então atacamos o outro porque ele não concorda com nossas opiniões e, mais do que tudo, tem a ousadia de expor nossa incompetência em público.
Quando somos excluídos, sentimos raiva porque o sentimento de rejeição toma conta de nosso eu. Para nos compensar, agredimos o outro, querendo, com isso, mostrar-lhe que não dependemos dele para nosso bem-estar.
Quando nossa opinião não é levada em conta, seja porque o chefe tomou uma decisão que afetou nosso trabalho e nem ao menos nos consultou, seja porque não fomos convidados para uma reunião, nosso sentimento de competência é ameaçado, o que incomoda profundamente. Daí, só nos resta atrapalhar a vida do opositor, discordando de suas ideias e, muitas vezes, boicotando seus projetos de trabalho.
Muitas vezes, para evitar a exclusão, a humilhação e a rejeição, a opção é a submissão aos “mais fortes”. O sistema límbico, através das amigdalas, liga o sistema de alarme e assim prepara o corpo com a emoção mais adequada para se proteger do perigo, o “Medo”.
Resultado?
O comportamento escolhido é a passividade. A sensação é de uma força interior bloqueando os movimentos e pensamentos. Assim, só nos resta “submeter-nos”, utilizando o comportamento de fuga da situação seja uma “extrema afabilidade” ou um “papel de vítima”.
Essas e outras situações que estimulam a raiva, o medo e a tristeza podem nos levam a usar, no dia a dia de trabalho e nos demais papéis que desempenhamos, determinados estilos de comunicação pautados por uma linguagem que assegure a blindagem contra qualquer tipo de ameaça.
É por isso que muitos profissionais dizem que, diante de uma ameaça, a escolha entre atacar ou se retrair vai depender de quem ameaça e de onde vem essa ameaça, ou seja, se o poder do interlocutor for maior, só resta a proteção através de comportamentos de submissão, mas se o poder do interlocutor for menor, nada o impedirá de ir ao ataque. São os chamados mecanismos de defesa.
Quando alguém tem esse pensamento, demonstra que não lida adequadamente com suas emoções. O pensamento de pessoas que não lidam bem com a raiva e usam uma comunicação conflitiva, normalmente é regido por crenças como os exemplos a saber:
- Se for meu gestor é bem provável que eu guarde a raiva dentro de mim e, apesar de sofrer, finjo que está tudo certo. E a raiva fica lá dentro corroendo as entranhas, até que um dia, com mais raiva acumulada, saia de forma explosiva;
- Se for um colega irritante e que não me cause nenhuma ameaça, aproveito um descuido e descarrego a raiva. “Ah, que alívio, esvazio minha lixeira emocional!”
Nessas situações, os pensamentos e sentimentos estão totalmente contaminados pela raiva, o que impacta diretamente no estilo de nossa comunicação.
E dependendo do olhar para a situação/pessoa, podemos criar a raiva. Basta que essa situação ameace nossa autoimagem para que o medo apareça e nos encha de sentimentos negativos e comportamento defensivo.
Podemos concluir que as pessoas usam diversos estilos de comunicação, podendo ser agressivo, passivo, dissimulado ou assertivo. A escolha do estilo de comunicação vai depender de como seus pensamentos e emoções estão sendo gerenciados.
Portanto, fique atento aos seus pensamentos, pois eles estarão presentes em sua comunicação.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como lidar adequadamente com as emoções, raiva, medo, sentimentos negativos e comportamento defensivo? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Vera Martins
https://vera-martins.com/
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