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Modernidade Imediatista: As consequências da Cultura do Imediatismo

Deixamos a vida passar na busca incessante da felicidade imediata. A sociedade modernista visa passar uma imagem irreal, como se comportar, do que falar e pensar para agradar a todos.

Modernidade Imediatista: As consequências da Cultura do Imediatismo

Modernidade Imediatista: As consequências da Cultura do Imediatismo

A sociedade teme e tenta descobrir qual será o próximo passo do futuro, vivemos num mundo com ações, pensamentos, visões antagônicas e errôneas.

Décadas passadas, corríamos na direção da estabilidade, do planejamento do futuro da carreira, do desenvolvimento e do bem-estar da família. Sempre buscávamos atender às nossas necessidades verdadeiras e não pelo simples fato de comprar o que não agrega em nada. Em outras palavras, agrega apenas na imagem do que hoje achamos imprescindível passar aos demais. Assim como as atitudes de hoje, estamos muito aquém dos parâmetros anteriores.

O AGORA não é planejado e muito menos pensado. Deixamos a vida passar na busca incessante da felicidade imediata. A sociedade modernista está muito aquém, visa passar uma imagem irreal, como se comportar, do que falar e pensar para agradar a todos.

A ordem anterior não significa monotonia, regularidade, repetição e previsibilidade, mas fatos com maior probabilidade de acontecer. Enquanto hoje, neste imediatismo, são enormemente improváveis.

Como sempre ressalto, o equilíbrio é fator principal, é necessário unir os atributos da sociedade anterior com a sociedade imediatista (do aqui e agora). Isso porque ambas se complementam para a sociedade do futuro.

A sociedade sólida é muito engessada. Mesmo sendo mais reflexiva, não existe mais. Contudo, a sociedade imediatista é individualista a extremo, perdeu por completo a sociedade na coletividade. Vivemos momentos terríveis que elevam o ‘eu” e desintegram o “nós”.

É possível verificar no consumismo de hoje. Ele não diz respeito à satisfação da necessidade real, a necessidade de identificação, mas um desejo volátil, efêmero, evasivo e caprichoso. E esse desejo é um objeto constante que está fadado à permanência no insaciável.

A individualização deixa tudo mais complicado. As pessoas não conseguem pontuar as suas necessidades e bem-estar. Zygmunt Bauman denomina como sociedade líquida, um mundo repleto de sinais confusos propensos a mudar com rapidez de forma imprevisível. Dessa forma, as pessoas se perdem no caminho totalmente obscuro.

Importante ressaltar que essa sociedade tem pontos positivos, sendo o principal ligado à liberdade. Ela é muito maior que a sociedade engessada, porém sobressalta o ponto negativo no que tange à liberdade total no fazer o que quiser. Surgindo assim a principal dificuldade que é a de como agir. Antes as referências eram fixas, pensadas e refletidas, já no agora é necessário descobrir “o que” e “como fazer”.

A “total liberdade” não garante aos indivíduos um estado de satisfação plena, pois este excesso vem causando sérias doenças emocionais. Por exemplo: a ansiedade, a angústia e o medo, deixando a sociedade cada vez mais doente.

Esse imediatismo faz com que o passado deixe de existir e o futuro seja incerto. Ignorar o passado é negligenciar o planejamento e o entendimento das coisas. Veio da massificação dos meios de comunicação, mais precisamente da internet e da globalização. Tudo passa a ser o aqui e o agora, tornando as pessoas desesperadas, despreparadas e apáticas.

Podemos entender que a fusão da sociedade anterior com a sociedade moderna é fundamental para equilibrar e projetar o futuro.

Assim entendemos que os mais velhos quando se referem aos mais jovens, mencionando que estão errados em sua forma de pensar e agir estão equivocados. E o mesmo enxergamos nos mais jovens quando dizem que o pensamento dos mais velhos são equivocados e retrógados. A união dessas experiências e pensamentos são fundamentais para curar e desenvolver a sociedade do futuro. E assim evitar o afastamento social e estabelecer relações sociais mais saudáveis.

Outro problema recorrente da sociedade atual é a falta de tempo. Os imediatistas estão sempre muito ocupados e sem tempo para o autoconhecimento. Haja visto que aquele que não tem tempo de conhecer a si próprio, de fato terá dificuldades em se relacionar e conhecer outras pessoas. Eles cairão em um mundo cada vez mais solitário e individualista com preocupações injustificadas.

O imediatista tem apego exagerado às redes sociais e conteúdos em geral. Acredita que está mais próximo das pessoas, por se pautar na quantidade de pessoas que compõem a sua lista de amigos. Seja no Instagram, Twitter, Facebook, Tik Tok e afins. Dessa maneira, o seu comportamento é inteiramente afetado pelas postagens.

Por exemplo, alguém posta que está em uma viagem ou que adquiriu um novo bem, causa no outro imediatamente a necessidade de fazer o mesmo. E ao ver que é impossível se sente inferiorizado e cai em uma ansiedade profunda.

Tudo isto demandou da falta de planejamento e entendimento, como era feito na sociedade anterior. Assim novamente estamos diante da importância do equilíbrio entre as gerações anteriores e a nova geração.

A era digital é o fator desencadeador das consequências do imediatismo. Consequências no que tange à ansiedade, à incapacidade de reflexão e pensamento, à dificuldade no relacionamento, à indiferença, à apatia e consumismo desenfreado.

O que posso fazer?

Primeiramente, conheça a si próprio. O autoconhecimento é a principal chave para o desenvolvimento do ser humano. Abandone a necessidade por soluções rápidas, mal pensadas ou vendidas por grandes gurus nas postagem em suas redes sociais. Medite, relaxe, comece a planejar as suas ações tendo um plano de carreira, de desenvolvimento ou como desejar chamar, mas tenha. Quanto mais você conhece a si mesmo, mais tolerante será com os seus problemas e dos outros, além, claro, de encontrar a solução certa.

Para Bauman, o imediatismo e a educação são como água e óleo. Onde predomina o imediatismo a educação fica de fora. Dessa forma, as pessoas têm dificuldades no desenvolvimento do pensamento linear, o pensamento que te levará à construção do saber autêntico. Isso porque a fragmentação do conhecimento advindas da fontes dispersas da internet sugerem a descontinuidade. Como tudo fica na nuvem, cria-se a acomodação e propensão de se contentar com superficialidade. Indico a obra “Modernidade Líquida” do professor Bauman, para maior entendimento e aprofundamento desse tema.

Não deixe de assegurar que suas escolhas sejam livres, porém faça com que todas as suas ações, decisões e vontades sejam pensadas, estudadas e planejadas. Assim você não entra em um caminho obscuro que trará só incertezas e medos. Siga o caminho controlando os seus passos e principalmente onde eles desejam chegar. Aproveite o ímpeto da sua geração em ser protagonista da própria vida. Com a eficiência em comunicação, o dinamismo e a inovação que permeia todo o seu corpo e a sua mente.

Não podemos mudar as experiências de vida das pessoas. Mas podemos, por exemplo, unir a experiência de uma pessoa da sociedade anterior com o dinamismo de uma pessoa da sociedade atual. E usá-la como mentor.

Pelo que tenho visto em minha experiência, se você quer resolver problemas com uma solução criativa, vá em busca do jovem da sociedade atual. E se você tem todo o dinamismo e não sabe como usá-lo, vá em busca do mais experiente e pertencente à sociedade anterior.

Cada um possui lições valiosas. Os anteriores têm a sabedoria, o conhecimento e os “truques” que os atuais necessitam. Enquanto os atuais são leais, habilidosos, antenados nas tendências e quando somadas a estas experiências, nada ficará estagnado.

A vida é um eco. Se você não chegou aonde deseja, olhe para aquilo que está emitindo e qual o caminho está percorrendo. “O foco” ainda é o caminho mais curto para chegar a qualquer objetivo.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a Modernidade Imediatista e a Cultura do Imediatismo? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

“Inove o seu presente e surpreenda o seu futuro.”

Adriane Yared
http://adrianeyaredcoaching.com.br/

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Adriane Yared tem mais de 28 anos de experiência na área comercial, é Mastercoach em Vendas e Liderança, Design Thinker, Mentora Comercial e atualmente Mediadora e Conciliadora Judicial do TJSP/TJPR e TRF3 e Mediadora Extrajudicial. Bacharel em Direito, Bacharel em Propaganda e Marketing, MBA Trends & Innovation, Pós-MBA em Design Thinking, Master em Design Thinking, atualmente faz Pós-graduação em Processo Civil. Coach certificada pela Sociedade Brasileira de Coaching, membro da Comissão de Mediação e Conciliação – Campinas, plataformas Cloud Coaching e Mediar. Tem artigos publicados na Revista Coaching e Administradores.com. Coautora no Manual do Relacionamento com o Cliente, Coautora do livro “Fator.E o empreendedorismo como forma de transformar pessoas e empresas.” (projeto DUNA WRITERS). Seu principal propósito é o desenvolvimento dos profissionais da área comercial, liderança e solução pacífica e alternativa de conflitos, tudo integrado às diversas áreas estudadas somadas à sua expertise e experiência.
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