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Divina Curiosidade: A forma do mundo mudar mudou…

A curiosidade nos leva por caminhos desconhecidos e, atualmente, é vital para nossa sobrevivência e sucesso no mundo cada vez mais digital.

Divina Curiosidade: A forma do mundo mudar mudou...

Divina Curiosidade

“Curiosidade: instinto que leva alguns a olhar pelo buraco da fechadura, e outros a descobrir a América” (Eça de Queirós)

A forma do mundo mudar mudou…

O grande desafio da atualidade para os líderes nas organizações é enfrentar os desafios impostos pelo “mundo VUCA” – volátil, incerto, complexo e ambíguo. O ritmo de mudança nunca foi tão rápido e nunca mais será lento como no passado.

O ciclo de vida de empresas tem se reduzido drasticamente nas últimas décadas; gigantes de outrora hoje são meros coadjuvantes nos mercados da nova economia. Algumas grandes corporações – Blockbuster, Xerox, Kodak, Nokia, entre outras – simplesmente deixaram de existir ou então tornaram-se apenas sombras de um passado de glórias.

Por outro lado, empresas que surgiram de ideias de visionários estão no seleto grupo das mais valiosas do planeta. Por exemplo: Microsoft, Google, Amazon, Tesla, Apple, Netflix.

Qual o fator que empurrou algumas organizações para o precipício e levou outras ao Olimpo em tão curto espaço de tempo? A resposta está na inovação: empresas e negócios impelidos a se renovarem e a se reinventarem em intervalos de tempo cada vez menores e os que não o fazem estão fadados a integrar a imensa galeria dos que foram da glória ao sucesso.

Inovações, atualmente, fazem parte de um imenso arsenal de sobrevivência corporativa e abrangem desde aquelas relacionadas a processos e a produtos até as disruptivas que são realmente transformadoras e que simbolizam assim o berço e o criadouro de startups e “unicórnios” (exemplo concreto: ifood).

Curiosidade que é o comportamento que desencadeia o processo de inovação, é uma palavra originada do latim “curiositas”, que significa “desejo por conhecimento” e sempre esteve no centro de todas as realizações humanas.

Se queremos saber algo específico como o significado de uma palavra ou aprender uma nova língua e a história de quem a fala, a curiosidade é o atalho para explorar, perguntar, experimentar e, por fim, elaborar ideias que levam à inovação.

A curiosidade nos leva por caminhos desconhecidos e, atualmente, é vital para nossa sobrevivência e sucesso no mundo cada vez mais digital. Nestes tempos voláteis, as organizações devem nutrir, desenvolver e inflamar a prática consistente desta habilidade; líderes devem reconhecer e recompensar a experimentação quer ela tenha êxito ou fracasse – comprometer-se com a curiosidade oferece aos colaboradores uma tábua de salvação para encontrar novos caminhos diante da ameaça presente da automação que coloca em risco seus empregos.

Com o avanço da inteligência artificial e previsões de que as novas tecnologias irão, em breve, mudar o mundo, tarefas repetitivas serão realizadas por robôs, restando aos seres humanos os elementos não repetitivos que dependem fundamentalmente da criatividade. Desta forma, a busca por novas competências será imperativa e as “soft skills” serão cada vez mais relevantes – e a curiosidade é uma habilidade essencial para navegar em mares turbulentos em que estamos.

Competências conhecidas como “hard skills” têm vida útil cada vez menor – é preciso aprender, desaprender e aprender novamente; a “nova cultura” nas organizações deve valorizar a curiosidade, o aprendizado e apoiar a busca e disseminação de conhecimentos.

Assim, no ambiente corporativo, a prática consistente de questionar deve ser incentivada e difundida para aproveitar as oportunidades que surgem a partir de ideias novas que, por sua vez, levam a experiências desafiadoras. Somente através da prática consistente de criatividade será possível encontrar novas opções, caminhos e oportunidades; a curiosidade é despertada através de perguntas simples como: como? Quando? Onde? Qual? e se…? quais as alternativas? Se eu pudesse…? e por aí vai.

E qual deve ser o papel das lideranças nas organizações modernas?

Líderes curiosos orientam seus colaboradores a aplicar o pensamento dedutivo para imaginar por que as coisas são como são e como poderiam ser.

A curiosidade como parte da cultura organizacional é uma fonte para que as pessoas aprendam mais e com maior rapidez; além disso, atrai e retém talentos, tornando as empresas efetivamente engajadas na inovação, onde colaboradores desenvolvem o bom hábito de perguntar e escutar nutrindo, assim, a colaboração e a confiança.

A afirmação de Peter Senge em seu livro A Quinta Disciplina, “O futuro das organizações – e nações – dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender coletivamente”, nunca foi tão verdadeira.

Organizações que não estão prontas para incentivar o aprendizado de forma consistente para acompanhar o mundo atual que muda todos os dias, certamente, não permanecerão competitivas comprometendo, assim, sua própria sobrevivência.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o grande desafio da atualidade para os líderes nas organizações? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Walter Serer
https://www.linkedin.com/in/walter-serer-86717b20/

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Walter Serer Author
Walter Serer possui extensa e sólida experiência executiva como CFO e CEO de empresas multinacionais de grande porte. Robusta formação em Finanças Corporativas adquirida na General Electric (graduado pelo Financial Management Program) onde atuou por 14 anos ocupando relevantes posições na área de Finanças e Administração. Atuou como CFO nas empresas TI Group, Valeo, Coldex Frigor e Black&Decker. Nos últimos 18 anos exerceu posição de CEO na Ingersoll Rand Brasil (2011-2014), Syncreon South America (2003-2010) e TI Group Latin America (1997-2003). Pós-graduado em Finanças pela FGV e graduado em Administração de Empresas pela (ESAN – PUC/SP).
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