A Humanidade está (de fato) em busca de Sentido?!
Dando continuidade ao artigo publicado anteriormente, hoje vamos à parte II. Caso você não tenha lido a parte anterior, então acesse: A Humanidade está (de fato) em busca de Sentido?! (parte I).
“Encontrei o significado da minha vida, ajudando os outros a encontrarem o sentido de suas vidas”…
Viktor foi uma criança precoce e relata que seu desejo de ser médico surgiu aos 3 anos de idade. Aos 4 anos de idade, pouco antes de adormecer levou um susto e ficou perturbado com a ideia de que algum dia também teria que morrer.
A eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918) o impediu de realizar dois desejos de infância: ser um escoteiro e ter uma bicicleta. Desde criança gostava de escrever e alimentava o sonho de um dia ser um escritor.
Viktor conta que ainda na infância recebeu o apelido de “pensador” de uma amiga da família, justamente porque sempre que a encontrava não parava de fazer perguntas.
Em sua juventude tinha o costume de acordar e permanecer na cama por alguns minutos tomando um copo de café e pensando sobre o sentido da vida, em especial o sentido do dia por vir, principalmente em sua própria vida.
“Hoje vive-se uma era de esgotamento e desaparecimento das tradições… valores universais estão em declínio. Por isso, cada vez mais as pessoas são tomadas por um sentimento de falta de propósito ou de vazio existencial”. (Viktor Frankl)
Na visão de ser humano apresentada por Viktor, a responsabilidade do indivíduo é o outro lado da liberdade. Cada um deve assumir responsavelmente as rédeas da própria existência. Esta é uma mensagem essencial em tempos em que a vitimização pessoal e a falta de comprometimento com o bem-estar do próximo predominam.
“Deus me deu de presente a vida, o que eu faço com ela é responsabilidade minha”. (Viktor Frankl)
Durante a Primeira Guerra, Viktor relata que em pleno inverno, tinha que entrar em uma fila para conseguir batatas às três da manhã até que sua mãe viesse tomar o seu lugar às sete e meia para que ele pudesse ir à escola. Ainda no ensino médio optou pela Psiquiatria e também assistia palestras públicas sobre Psicologia.
Com cerca de 15 anos, entrou em contato com a Psicanálise pela primeira vez ficando impactado pela leitura de “Além do princípio do prazer” (1920). Estava cada vez mais envolvido com a psicanálise e começou a se corresponder com Freud com quem manteve uma intensa troca de cartas por muitos anos. Infelizmente as cartas que trocavam perderam-se ou foram destruídas por ocasião da invasão nazista na Áustria.
Eu espero que você esteja gostando de conhecer Viktor. Eu estou apaixonada pela sua história e a Logoterapia. É extremamente importante conhecê-lo para entender sua obra.
“Se quero me tornar o que eu posso, então preciso fazer o que eu devo. Se quero me tornar eu mesmo, então preciso realizar tarefas e exigências concretas e pessoais. E se o homem chegar ao seu si mesmo, então o caminho passa pelo mundo”. (Viktor Frankl)
Viktor dizia que as tarefas e exigências do dia a dia, não devem ser vistas como fardos, mas sim como oportunidades que a vida nos dá para nos tornarmos o melhor que podemos ser. Você concorda?
Até o próximo encontro!
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre Logoterapia e a busca de sentido? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Elizabeth Kassis
Coluna Tudo Azul
Referências: Wikipédia, Página Oficial: www.univie.ac.at/logotherapy/ , Viktor E, Frankl (1984), Alberto Nery.
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