14 Problemas que impedem a Comunicação eficaz!
Apoio pessoas no desenvolvimento da habilidade de comunicação, há mais de 30 anos, quer seja no âmbito pessoal ou profissional, prestando serviços para o mundo organizacional, por meio de treinamentos, mentorias, palestras e aconselhamento e tenho observado as dificuldades e problemas que dificultam a comunicação eficaz.
Tais problemas geram prejuízos para as pessoas e suas respectivas organizações, limitando assim seu crescimento, criando um ambiente negativo, culminando em falta de confiança, desmotivação, absenteísmos, brigas e agressões que, em casos mais extremos, podem gerar boicotes internacionais e até guerras.
Iniciando com as dificuldades mais comuns, de cunho psicológico, surgem em primeiro lugar o medo de falar em público e como lidar com a ansiedade, quando uma pessoa precisa participar de uma reunião, liderar um grupo, participar de uma entrevista, fazer apresentações.
Nessa linha ainda, identifico a insegurança que pode ser desencadeada pela percepção de alguma vulnerabilidade ou senso de incapacidade, real ou imaginária.
Há outras dificuldades, limitações conscientes ou não, geradoras de problemas de relacionamento e comunicação, que impedem sua comunicação eficaz, a saber:
– Impulsividade:
Mostrando descontrole emocional, que é agir sem pensar, gerando, por conseqüência, arrependimentos e frustrações, além de constrangimentos desnecessários.
– Passividade:
Caracterizada pelo tipo de pessoa que sente a necessidade de agradar a todos, como se dependesse de aprovação ou aceitação, evitando conflitos a qualquer custo, mostrando não ter assumido ainda a sua identidade e tendo dificuldades de tomar decisões. Faz-se de vítima, não olha nos olhos, tem uma postura encolhida e mostra-se medrosa.
– Inflexibilidade:
É a pessoa dotada de personalidade forte, dura, rígida e que não se adapta aos diversos tipos de pessoas. Se levarmos em conta que cada ser humano é distinto na sua condição de ser, muito embora semelhantes enquanto espécie, como podemos imaginar, nos dias atuais, pessoas que não sejam resilientes e adaptáveis às circunstâncias, contextos e outras pessoas?
– Comportamento agressivo:
Evidenciando aquele tipo de pessoa que se julga superior às outras e adota uma postura rígida nos contatos e relacionamentos, seus pedidos parecem ordens, seu jeito de falar e seu olhar são intimidadores. Para ela a arrogância é uma condição natural. Não se importa com eventuais críticas a seu respeito, pois culpa os outros por não a aceitarem do jeito que ela é.
– Mau humor:
Não me refiro aos momentos eventuais que todos temos diante de uma frustração, mas as pessoas que são sisudas, carrancudas, excessivamente sérias, não brincam, vivem de “cara fechada”, reclamando de tudo e de todos, resmungam diante das ocorrências, mesmo as positivas. Somente com pessoas parecidas com elas é que se dão bem.
– Preconceituosa:
É aquele tipo que não aceita as pessoas como são, mas do jeito que gostaria que fossem. Em um mundo de diversidade de raça, credo, gênero, cor, status, origens, há os que não têm tolerância, expressando raiva e hostilidade com quem pensa e se comporta de forma diferente da sua. Segregam, discriminam, tornando-se intolerantes às opiniões, ideologias e crenças, desrespeitando os direitos das outras pessoas de serem como são.
– Irresponsável:
São aquelas nas quais não se pode confiar, pois suas promessas são em vão, sua palavra dada não tem valor. Mentem com facilidade, são inconsequentes, levianas, mostram essa falha de caráter, são desleais, falsas. E você deve se cuidar, porque esse tipo de pessoa pode te prejudicar.
Além dos problemas relacionados às atitudes e emoções, há os de origem técnica. Ou seja, dificuldades geradas pela ausência de conhecimentos ou recursos para se comunicar bem. Por exemplo:
– Organização de ideias:
Há aqueles que falam muito, exageram na verborragia e não se controlam. Suas ideias são desestruturadas, são prolixas, seu prazer é falar e tornam-se cansativas e enfadonhas.
– Gramática incorreta e vocabulário limitado:
Criando condições adversas para as outras pessoas compreenderem o que pensa e quer transmitir. Daí surgem os sons onomatopaicos. Reproduções aproximadas do som natural do que se pretende dizer, como por exemplo “tchibum” para representar um mergulho, “crash! ” para representar uma trombada e “tic-tac” para falar sobre o som dos relógios marcando os segundos.
– Dificuldades de voz e de fala:
Tais como baixo volume, dicção ruim, velocidade excessiva ou lenta demais, linearidade, criando desinteresse e desatenção dos ouvintes.
– Ausência de gestos e expressão corporal:
Limitando a percepção do conteúdo, pois o corpo fala e reforça o que está sendo dito. Boa parte do que comunicamos, flui por meio da nossa expressão corporal, gestos e expressão facial.
Por outro lado, há as posturas e comportamentos positivos, facilitadores da boa comunicação, dentre os quais destaco, a saber:
– Estar em estado de presença:
Isso significa estar consciente do momento presente, alinhado com o ambiente e às pessoas, ter controle emocional e estar centrado, conectado com a situação e com a sensibilidade aguçada.
– Ter integridade:
Agir em conformidade com seus valores e princípios, tendo crenças positivas, sendo leal à sua verdade e agindo com alteridade diante da diversidade.
– Coragem para superar os medos e os limites psicológicos:
Se preparar e agir, fazer acontecer e não encontrar desculpas para fugir. Enfrentar pequenas e grandes dificuldades com naturalidade.
– Bom humor:
Leveza, sorriso presente, simpatia pessoal, desejo de agradar. Essa postura gera empatia e um ambiente positivo para o bom convívio e o bom relacionamento em todos os sentidos.
– Assertividade:
Pressupõe elegância no comportamento, preparo, organização, capricho para fazer o que tiver de fazer com qualidade, comprometimento com prazos e proatividade. Além disso, o genuíno interesse em conectar-se com as outras pessoas.
– Engajamento:
Está além do comprometimento, pois estabelece o nível de atuação certa na direção dos seus objetivos. É fazer o que precisa ser feito e não medir esforços para isso acontecer, comunicar-se com motivação interna e consciência.
Parece difícil, mas como tudo na vida, quanto mais treinamos, fica cada vez mais fácil. Utilizar toda a potencialidade dos seus recursos para enfrentar as dificuldades e reforçar os bons hábitos. Treino consciente em atitudes e comportamentos, persistindo diante dos desafios, reforçando as qualidades. Assim, cada vez mais, podemos ampliar nossa capacidade de exercer influência e melhor nos relacionarmos em todos os níveis e situações do dia a dia. Por exemplo: contatos sociais, liderança, vendas, negociações, atendimento a clientes, proferindo palestras, em situações de mentoria, coaching, terapias e relacionamentos em geral.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre as dificuldades e problemas que impedem sua comunicação de ser eficaz? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Reinaldo Passadori
https://www.passadori.com.br/
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