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Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte III)

Há um ponto dentro de nós onde começamos a brilhar. Quando acionamos esse ponto, surge uma visão mais elevada de nós mesmos.

Cosmovisão Holossistêmica: o que é e por que você precisa saber (parte 3)

Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte III)

Dando continuidade ao artigo publicado anteriormente sobre Cosmovisão Holossistêmica, hoje vamos à parte III. Caso você não tenha lido a parte anterior, então acesse: Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte I)Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte II).

Recheio Mental

Se cada um nós é um sistema, com entradas, processamento interno e saídas, o nosso maior desafio, enquanto seres humanos, é conhecer o nosso interior, conhecer como acontece o nosso processamento interno. Vejamos como ocorre isso ao nível humano.

Quais são nossas Entradas?

Além de um estoque imenso de comandos instintivos que recebemos ao sermos concebidos e ao nascer, vamos recebendo todo tipo de instruções, crenças, imagens, anseios, medos, esperanças – desde nossos pais, da família, da escola, da religião, das amizades, do meio cultural, dos meios de comunicação, dos filmes, das leituras, da internet, etc.

Como processamos essas entradas?

Essas entradas são processadas formando o nosso recheio mental. O recheio mental, como chamamos, é formado por todas as entradas que vamos recebendo ao longo de nossa história de vida, por todas as influências que recebemos, por exemplo: da família, da religião, da escola, das amizades, das leituras, dos filmes que assistimos, das superstições, das doutrinas, das ideologias que tentam nos orientar e controlar, etc.

No recheio mental está tudo que aprendemos a gostar e tudo que aprendemos a rejeitar, tudo que nos foi apresentado como bom e como mau, como bonito e feio, como certo e errado, como pode e não pode. Isto vai formando em nosso interior uma verdadeira Caixa Preta, um campo de inconsciência do qual dificilmente temos noção de que exista.

À medida que as pessoas evoluem em sua mentalidade, vão aprendendo a refinar os seus conceitos, vão aprendendo a questionar muitos conceitos e valores aprendidos, mas é muito difícil entrar na Caixa Preta para descobrir as bases de suas crenças e valores. O mais comum é uma sobreposição de novos conceitos, geralmente mantendo um fundo de muita confusão. Mantém-se um fundo de inconsciência difícil sequer de ser percebido como tal.

Então, tudo que vai entrando em nossa mente é processado pela forma como está organizado ou desorganizado esse recheio mental, dando origem a um Ponto Cego, de difícil percepção.

Ponto Cego é o lugar interior (nosso reino invisível), no qual as nossas fontes de atenção e intenção residem e a partir do qual operam.” (Otto Scharmer).

E como damos as Saídas? A partir de onde operam nossas Saídas?

Conforme está formado o nosso recheio mental, é ele normalmente que opera as nossas saídas. Nossas saídas podem ser reativas, quando não temos consciência do processamento e podem ser proativas, quando damos uma parada, nos observamos e damos uma saída a mais consciente possível. Observar as saídas não é tão complicado. Basta um pouco de atenção. A dificuldade está em percebermos donde vem o comando para essas saídas, uma vez que esse comando se encontra no Ponto Cego.

E aqui então entra em campo um jogador especial. O sistema tem um dispositivo fantástico, que direciona tudo a partir de dentro: o Feedback. Esse é o regulador de tudo.

O Feedback

O Feedback é o “Olho Observador” plantado no interior de nossa mente. Controla todas as entradas – deixa entrar ou bloqueia, segundo os seus critérios (geralmente emprestados, via recheio mental…). Organiza em nosso corpo e em nossa mente tudo que vai entrando, segundo a ordem que ele, o Feedback, deseja – e geralmente não sabemos como isso é feito. É o Feedback que determina o que e como o sistema pode ou não dar saída.

Aqui está a importância de nós ampliarmos nossa mente. De nós buscarmos nos conhecer melhor, as nossas reações instintivas, inconscientes. Tomarmos em “nossas mãos” o Feedback, o Eu Observador, e aprender a nos observarmos primeiro, antes de projetarmos os nossos julgamentos e avaliações, geralmente comandados por nossos recheios mentais, carregados de preconceitos e crenças infiltradas em nossa mente.

E quem comanda os nossos recheios mentais? É muito difícil de saber.

Os comportamentos funcionam segundo o que o nosso Eu Observador avalia. Por isso a importância de o cultivarmos, para que ele vá se tornando cada vez mais nosso Eu Observador.

Fique de olho em você mesmo. Vale aqui o antigo princípio atribuído ao filósofo grego Sócrates:

Conhece-te a ti mesmo – eis a verdadeira sabedoria”.

Na verdade, o mundo, as coisas, as pessoas, a empresa, a organização social e política, a religião, o governo, a economia… é tudo aquilo que eu enxergo que é, conforme minha estrutura mental, meu recheio mental, minhas crenças, meus princípios.

Se estamos pretendendo mudar alguma coisa, antes de mais nada precisamos mudar a forma de ver as coisas. Talvez somente vamos fazer remendos em roupa velha. É preciso pôr luz no interior da Caixa Negra.

Já ouviu falar em ser iluminado? Em pessoas que atingiram a iluminação?

Essa é uma linguagem bem oriental, típica da tradição budista e hinduísta. Essas pessoas aplicaram métodos de ir a fundo no seu universo interior e dessa maneira foram ampliando a sua visão até adquirir plena consciência de como funciona a sua mente.

Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte 3)

Há um ponto dentro de todos nós que está sempre a brilhar. Quando acionamos esse ponto, tiramos o véu que o encobre e surge uma visão mais elevada de nós mesmos.

Junto com esta nova maneira de olhar, desenvolvemos a capacidade de parar diante das coisas, sem reagir, como de nosso modo habitual. Paramos com olhos bem abertos, com mente aberta, coração aberto e vontade aberta. E então podemos encontrar novos rumos para as nossas ações, para as nossas vidas e para as nossas relações. Quando somos capazes de parar e não reagir, testamos os nossos limites e o nosso espaço de liberdade.

Todo o nosso esforço de crescimento interior está em cultivarmos esse nosso Eu Observador, procurando desvendar cada vez mais o que se passa em nossa mente, saindo da cegueira mental, da confusão do recheio mental, para uma mente centrada, ordenada.

Então, dizemos a nós mesmos: “Pare e olhe para dentro de você, e veja o que você verdadeiramente quer. Quais são os seus sonhos mais profundos?”

No momento em que essa visão de nós mesmos acontece, descobrimos a fórmula mágica de sonhar e seguir em frente.

Há pessoas que simplesmente não sonham. Precisamos ter capacidade de nos instigar para que tenhamos uma visão positiva, uma visão interna daquilo que queremos alcançar. Esse é o olhar do autoconhecimento. É conhecer as nossas forças e fraquezas. É olhar para nós mesmos.

Descobrimos que podemos sonhar quando acionamos esse ponto onde algo dentro de nós começa a brilhar. Esse ponto é a nossa Fonte de Vida. A Fonte de onde tudo se origina. Essa Fonte está sempre dentro de nós. Cabe a nós saber acioná-la. E quando a acionamos, mudamos então o nosso padrão vibracional, mudamos a nossa maneira de nos ver e de ver o mundo. Deixamos de olhar para nós como um ser qualquer e começamos a nos ver como filhos da Fonte, como seres de luz que somos.

Para chegar a esse ponto de luz, temos que acalmar a nossa mente. E não há meio mais adequado para isto do que a meditação. Ao final deste texto apresentamos um exercício de Cosmovisão Holossistêmica, que é um exercício de meditação, de descoberta interior, de desenvolver um olhar mais aberto e livre.

O processo de ampliar a nossa visão é um processo que se vai encadeando, passo a passo, sem pressa e sem perder o rumo. Assim refinamos a nossa sabedoria interna, olhamos o mundo de modo mais direto e verdadeiro, para vivermos com menos sofrimento e mais qualidade de vida, mais felicidade e alegria de viver.

Através desse novo olhar, vamos descobrir que temos também em nós alguns maravilhosos dons, os dons da Compaixão, do Amor, do Acolhimento e da Equanimidade.

Compaixão, Amor, Acolhimento e Equanimidade

Olhar com compaixão é entender que a dificuldade que estamos passando não é nós. Nós não somos a dificuldade. É entender que, por isso mesmo, podemos superá-la. Quando pensamos assim, a energia dentro de nós toma um rumo diferente. Surge em nossa mente uma luz sobre como resolver esta dificuldade. Nós não somos a dificuldade, apenas estamos passando por um momento difícil. Não culpamos ninguém de nada. Compaixão é reconhecer que podemos sair de nossas limitações e ir adiante.

A visão amorosa nos leva a ver o melhor de nós mesmos e dos outros, põe foco nas próprias qualidades e nas das outras pessoas. Através do amor enxergamos a liberdade da natureza que está em nós, a mobilidade que nos permite sair da dificuldade. O amor olha e diz: sim, há solução, há saída. O amor nos faz ver os aspectos positivos que podemos desenvolver para remover as dificuldades, gerando felicidade para nós e para os outros. E o amor não para no gostar e não gostar, vai muito além.

Quando manifestamos compaixão e amor, junto com eles vem a alegria. Uma alegria que não depende de fatores externos. É uma alegria que nasce de dentro da gente, que tem a sua origem na Fonte de Ser.

Você já reparou como as pessoas estão sorrindo, alegres, quando estão fazendo o bem a outras pessoas? Quando brincam com as crianças? Quando dão algum tipo de ajuda a pessoas carentes ou deficientes?

Aprendemos o Acolhimento, a nos acolher e acolher as pessoas como elas são e como estão, do jeito que chegam até nós. Assim estaremos nos motivando a dar o próximo passo, que é a autoaceitação. Aceitar-se com as suas limitações não é fácil. Esse novo olhar, que contém a compaixão e o amor, é um facilitador, é um meio hábil para nos movermos em nossos relacionamentos.

Por agir independentemente do gostar ou não gostar, não cultivamos preferências. Todos são vistos e assumidos como iguais: é a Equanimidade. Não agimos mais por comparações e, sim, segundo a necessidade de cada um. Para nós, centrados em nossa Fonte interior, todos os seres merecem o mesmo respeito, pois todos têm em seu interior a mesma Fonte que nos originou e nos dá vida.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre Cosmovisão Holossistêmica? Então entre em contato conosco. Teremos o maior prazer em responder.

Renato Klein & Maria Luiza Furlan Klein
Adaptado por Marcos Wunderlich para Cloud Coaching
Mentalizadores do Sistema ISOR®

https://holos.org.br

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Visão de mundo ou Cosmovisão e ampliação da visão

 

Marcos Wunderlich é Empresário e Presidente Executivo do Instituto Holos. Pioneiro do Coaching e Mentoring no Brasil, é referência nacional em Formação e Instrumentação de Mentores e Coaches no Brasil com abordagem holossistêmica e complexa, tem mais de 30 anos de experiência profissional. Consultor, palestrante, Master Coach e Mentor de Executivos. Mentalizador do Sistema ISOR® um conjunto instrumental científico-pedagógico de Desenvolvimento de Pessoas e Organizações com base na moderna ciência e neurociência, na milenar sabedoria humana e nas inovações da administração. Filiado ao ICF – International Coach Federation. Consultor CMC – Certified Management Consultant credenciado pelo IBCO – Instituto Brasileiro de Consultores de Organização em convênio com o ICMCI – International Council of Management Consulting Institutes. Formado e pós-graduado na área tecnológica, tem várias formações no campo da Gestão e Humanidades,
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