Comunicação x Entendimento: Receber ordens te deixa “irritado”?
A comunicação entre as pessoas sempre foi muito difícil e demasiadamente constrangedora. O ódio e a violência dominam as atitudes humanas, mas podemos transformar em realidade os anseios mais profundos de um mundo harmonioso.
Através da fala, somos conhecidos, pois ela conta a historia da vida e essência de cada um. Ela mostra que a maneira como nos expressamos pode abrir ou fechar portas, curar ou ferir alguém e até causar alegria ou sofrimento. Enfim, ela determina o nosso grau de felicidade.
A comunicação, a fala, sempre irá impactar e influenciar a sua vida e a do outro. E, ao conhecer o entendimento não violento, certamente conseguirá trazer a paz neste mundo abarcado por conflitos.
Todo momento convivemos com situações conflituosas na comunicação. Seja entre família, amigos ou entre colaborador e líder. Principalmente quando o líder exige um melhor desempenho, uma tarefa ou um relatório com prazo determinado.
A informação imediata para o inconsciente do colaborador é de uma ordem e é preciso executar com maestria o que o líder pediu. Nesse momento, o pânico, a raiva, a cobrança e o desconforto se instalam.
O primeiro pensamento é: Ele quer me testar? Ele não gosta do meu trabalho, quer me substituir, acha que não sou capaz e me deu prazo para comprovar isso. Esses e demais pensamentos que se estendem, pois a mente humana nesse momento é demasiadamente criativa para a autossabotagem.
É necessário que comece a construir uma reformulação mental, que você enxergue a si e aos outros. E como irá atender às necessidades, desenvolvendo pensamentos e linguagens, diferentemente do seu aprendizado ao longo da vida.
A primeira coisa é entender que todas as nossas atitudes e pensamentos são para atender às nossas necessidades. Entendendo isso, compreendemos que não temos inimigos e que aquilo que os outros nos faz, decorre do que eles julgam atender a necessidade deles. Dessa forma, podemos ajudá-los a encontrar uma forma menos danosa nas suas escolhas, sem culpá-los ou odiá-los por não ser o que nós gostaríamos.
“O agente de crescimento e de transformação mais poderoso é algo muito mais simples que qualquer técnica: é a intenção”. (John Welwood)
O que preciso fazer para tornar a minha vida e a de outra pessoa maravilhosas?
Primeiramente, elenque três pontos básicos: quem observa, o que você sente e qual necessidade está conectada ao seu sentimento. Assim quando você conseguir se conectar com as próprias necessidades e a do outro, os conflitos se resolvem com muito mais facilidade.
E como chegar a esse entendimento?
Após descrever como se sente em relação ao comportamento que o desagradou, descreva também as necessidades que não foram atendidas. Faça o seu pedido claro e específico à pessoa que se comportou da forma que não gostou. Ou seja, um pedido em linguagem positiva, expressando o que deseja que a outra pessoa faça e não o que ela não deve fazer.
Solicite sempre ação que envolva o fazer algo. As pessoas reagem de outra forma quando pedimos claramente o que desejamos, ao invés de expressarmos o que não queremos que elas façam.
Para melhor entendimento, seja empático! Nesse ponto é importante que o tema seja abordado e tenha reflexão sobre o seu real conceito. Isso porque muitos acreditam que empatia é você se colocar no lugar do outro, ok?
Mas vamos refletir sobre esse pensamento: se eu estou triste, você precisa ficar triste; se estou nervosa, você precisa ficar nervoso para se conectar empaticamente comigo? Não. Se colocar no lugar do outro, no exemplo da exigência do líder, é solicitar ao colaborador que ele faça uma tarefa ou um relatório no prazo determinado e ponto final? Tem algo errado, você não acha?
Empatia, não significa ter o mesmo sentimento que o outro, significa que você está com o outro. Ou seja, é quando você se conecta com aquilo que está vivo no outro. É uma conexão vinda do coração, e através dele, enxergamos o interior, a vida, a necessidade do outro. E, dessa maneira, conseguimos nos conectar de forma plena.
Agora que aprendeu o real sentido da empatia, pode enxergar os pedidos, de forma saudável, sem raiva, sem culpa, sem medo. Use a observação, a escuta ativa, o sentimento, a necessidade e o pedido claro e especifico.
Toda vez que você generaliza as expressões, como por exemplo: “sempre”, “toda hora”, “o tempo todo”, “você sempre foi assim” e afins, estará fazendo uma avaliação de atitudes e a comunicação certamente prejudicada.
Vamos a um breve exemplo, um pedido do líder ao colaborador, uma conversa clara e empática que usa todos os pontos que acabamos de abordar:
- Forma errada de conversa: Fulana, não se atrase na próxima reunião. (você deixa uma fala vaga, sem sentimento, sem empatia, sem necessidade especifica).
- Forma correta: Fulana, a reunião era às 7h e você chegou às 8h (fato concreto), eu fico irritado com isso (sentimento), porque todos temos compromissos. O comprometimento e o respeito são importantes para mim, pois preciso de previsibilidade para o cumprimento de agenda (necessidade). Na próxima quinta-feira terei outra reunião, como é para você chegar com meia hora antes do horário? (pedido claro e especifico).
O segundo exemplo podemos chamar de comunicação, uma conversa respeitosa e empática. Além de possibilitar que a outra pessoa possa falar se está com algum tipo de problema para chegar no horário. Observe que ela tem a oportunidade de expor também a sua necessidade. Assim certamente o diálogo será muito mais construtivo.
“Entender as necessidade humanas é meio caminho andado para atendê-las”. (Adlai Stevenson)
A comunicação assertiva, o entendimento de necessidades, a empatia é a cultura que deve ser disseminada na sociedade, nas organizações, nas escolas, enfim a todos. Isso porque todos têm fome de habilidades que melhorem a qualidade dos relacionamentos humanos, aprofundando o sentido de empoderamento pessoal. Infelizmente fomos criados para competir, julgar, exigir e diagnosticar em termos do que achamos certo ou errado nas pessoas.
Lembre-se, essa forma de falar atrapalha a comunicação e cria frustração e mal-estar entre os indivíduos. Quando você aprende, desenvolve e reconhece a necessidade você permitirá relacionamentos muito mais satisfatórios.
Faça o seu pedido usando a linguagem de ação positiva, desenvolva o seu vocabulário de necessidades. Faça pedidos claros que sejam entendidos como pedidos e não ordens. Aprenda a olhar para as necessidades que dão origem aos julgamentos. E apure qual foi a sua necessidade atendida e qual é a necessidade do outro.
Pois uma comunicação e linguagem de paz, em um mundo de conflitos, constrói um futuro promissor.
Gostou do artigo? Quer saber mais o que é preciso fazer para tornar a sua vida e a de outra pessoa maravilhosas? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
“Inove o seu presente e surpreenda o seu futuro.”
Adriane Yared
http://adrianeyaredcoaching.com.br/
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