Colaboração, uma qualidade do coração!
Escrevo este artigo em um momento que vivenciamos a volta às ruas, aos eventos, aos encontros e aos abraços. Foram quase 2 anos de distanciamento devido à pandemia, mas com um impacto irreversível: na nossa relação com nós mesmos, com os outros e com o planeta. Somos, de fato e definitivamente, diferentes do que éramos antes da Covid.
Claro que a pandemia afetou cada pessoa de um modo diferente, mas nos deparamos com nossas sombras e excessos. E despertamos pela fonte incrível de poder, resiliência e criatividade que temos dentro de nós mesmos e coletivamente. No meio do caos, observamos o poder da colaboração ao vencermos juntos uma ameaça à humanidade. E em menos de dois anos desenvolvemos vacina, muitas inovações e ações compassivas para os mais necessitados e o próprio planeta.
Enfrentamos esse desafio enquanto humanidade, colaborando por meio das qualidades do coração. Sim, o coração espiritual simboliza o centro do nosso ser, de onde saem os sentimentos nobres, assim como a coragem necessária para vencermos um desafio como a Covid.
E o coração físico nos permite desenvolver a resiliência e a criatividade intuitiva que nos leva assim à evolução da nossa consciência individual e da sociedade. O coração é o caminho para acessarmos nossa melhor versão como seres humanos.
O Instituto HeartMath estuda a inteligência do coração há 30 anos. E traz a coerência cardíaca como uma competência individual que facilita a colaboração.
Coerência pressupõe equilíbrio e sincronia entre partes de um mesmo sistema ou de vários sistemas interdependentes.
Do ponto de vista individual, coerência cardíaca é um estado otimizado onde os vários sistemas do nosso corpo entram em sincronia e funcionamento energético otimizado, promovendo assim saúde, resiliência e um equilíbrio físico, mental e emocional.
Fisiologicamente, no estado de coerência cardíaca, nossos sistemas nervoso, endócrino e imunológico se sincronizam e assim promovem a colaboração eficaz entre todas as partes do nosso corpo.
Para acessar esse estado, técnicas simples estabelecem a colaboração da fisiologia com as emoções.
Por meio do foco no coração e da respiração ritmada acessamos então o primeiro nível de coerência. A coerência física, mas o potencial máximo desse estado se acessa pela parceria com as emoções.
As pesquisas do Instituto HeartMath observam que emoções que drenam, como por exemplo: medo, frustração, raiva, tristeza, prejudicam o funcionamento do nosso corpo. E, por conseqüência, o funcionamento da nossa mente. Quem consegue pensar direito quando está com raiva? No modo de luta e fuga, todos os sistemas do nosso corpo se mobilizam e focam no problema, no perigo.
Em compensação, emoções regeneradoras – amor, apreciação, gratidão, cuidado – despertam o melhor de nós e nos colocam neste estado de coerência do coração que promove saúde, clareza de raciocínio, equilíbrio emocional e perspectiva positiva de vida. E isso se reflete em melhores relações e criatividade, bases do pensamento colaborativo.
A Covid trouxe medo, insegurança, estresse de todos os tipos. Emoções que drenam. Que separam. Que paralisam. Mas também trouxe o poder do amor, da compaixão, o cuidado com o outro e a criatividade colaborativa. Criatividade que resultou em vacinas, em apoio humanitário, novos negócios e ideias, autoconhecimento e superação.
Da colaboração da humanidade durante a pandemia, emerge um mundo novo, potencialmente mais coerente, desenhado pelas qualidades do coração.
E isto me faz refletir sobre o poder do coração humano. No caos, como o vivenciado na pandemia, em meio a tantas emoções desgastantes, soubemos colaborar e desenhamos soluções criativas. Imagina o nosso poder coletivo de colaboração criativa quando estamos em nossa melhor versão, em meio a emoções regeneradoras, em coerência do coração?
Tem quem segura a humanidade coerente?
Gostou do artigo? Que saber mais sobre colaboração, inteligência e coerência do coração? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Roberta Moreira Lima
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