Resoluções de Final de Ano – Afinal elas funcionam?
Entra ano, sai ano, com pandemia ou sem pandemia, é comum que na virada de ano comecemos a planejar e sonhar com um ano diferente. Um ano no qual acreditamos que vamos conquistar tudo aquilo que não conquistamos até então.
Pulamos ondas, comemos romãs ou lentilhas, jogamos oferendas para Iemanjá ou vamos na igreja e fazemos promessas. Escolhemos cuidadosamente a cor da roupa ou da calcinha para serem usadas durante a passagem. Como se elas fossem determinar se o próximo ano será de mais paz, mais dinheiro (riquezas), de um amor aquecido pelo vermelho bem quente e por aí vai.
Fato é que o que temos no dia primeiro é mais um dia não muito diferente de todos os outros a não ser pelo fato de ser feriado para a maioria das pessoas e não precisarmos sair para trabalhar. Mas, no primeiro dia útil a vida volta a tomar seu rumo e voltamos à rotina.
Sabe aquela frase clichê e super verdadeira: não queira resultados diferentes fazendo as mesmas coisas do mesmo jeito.
É exatamente assim! Queremos milagres sem sacrifícios e sem esforço. Quantas vezes, colocamos nas nossas resoluções de final de ano: “emagrecer tantos quilos” mas continuamos comendo do mesmo jeito e sedentárias como sempre? Quantas vezes, decidimos que vamos “comprar o carro dos sonhos”, mas seguimos gastando dinheiro com uma série de bobagens que não sobra um centavo para poupar e comprar aquilo que realmente tem valor e é importante?
A lista é enorme de coisas que queremos realizar, mas a preguiça, falta de foco, disciplina e determinação são mais fortes e nos nocauteiam nos deixando imóveis no tatame da vida. Aí, chega mais um final de ano e a terrível sensação de que centenas de dias foram perdidos.
E fazer lista de resoluções de final de ano funciona?
Claro que funciona para quem tem esses predicados da disciplina, foco e determinação e não vai funcionar para quem só tem disposição para colocar no papel (e às vezes nem isso, fica só na mente mesmo) seus inúmeros desejos e sonhos.
Quando analiso o perfil comportamental das mulheres à luz dos arquétipos femininos, por exemplo, percebo o quanto podemos nos beneficiar dessas ferramentas de autoconhecimento para trazermos luz neste caminho e consciência sobre nossas virtudes e limitações. Porém, nem este nem nenhum conhecimento é útil se não for aplicado. Gosto muito, inclusive, da teoria do CHA – CONHECIMENTO, HABILIDADE E ATITUTE quando aplicadas geram resultados.
Assim, ao conhecer os arquétipos femininos posso dizer que despertar certas virtudes de alguns nos leva a um equilíbrio incrível. Artemis, por exemplo, é o arquétipo de uma mulher muito focada. Seu símbolo é um arco e uma flecha. Como exímia caçadora sabe qual o alvo quer atingir e quando se prepara e planeja bem os passos que vai dar, reconhecer bem o “terreno” e usa as ferramentas corretas, não há “pressa” que lhe escape. Então, despertar Artemis é fundamental para quem quer atingir seus objetivos.
Um arquétipo que equilibra muito mais Artemis é Atena, o arquétipo da mulher estrategista e justa. Atena sabe usar as melhores estratégias de comunicação e negociação para conquistar o que deseja. Justa consegue sempre estabelecer relações saudáveis que prevaleça o “ganha-ganha” e todos saem satisfeitos com o resultado alcançado.
E não podemos deixar de lado nossos valores e princípios.
Fazer resoluções de final de ano pautadas por aquilo que verdadeiramente vá de encontro com a nossa essência. E que faça sentido na nossa vida é vital para que não sigamos perseguindo sonhos que não são nossos e apenas impostos pela sociedade. Se você não quer viver seguindo a manada e passar uma vida sem se conhecer de verdade, vale muito a pena despertar Perséfone, o arquétipo da mulher que vai nas profundezas do seu ser para se conhecer e que ativa também sua intuição feminina, aquela voz sábia que em nós e para a qual precisamos dar mais atenção.
Neste vasto e maravilhoso universo do autoconhecimento e dos arquétipos femininos, muito temos a aprender e despertar das outras deusas também. Hestia, a guardiã do fogo, mulher que tem uma incrível habilidade de escutar ativamente o outro e ponderar antes de agir; Demeter, o arquétipo da deusa que nos ensina sobre gestão do tempo. Sobre quanto precisamos planejar usando o tempo a nosso favor com a sabedoria de quem tem a paciência do momento certo de plantar e colher.
Demeter nos ensina muito sobre nossas ansiedades e do quanto não temos controle sobre os eventos da natureza. Contudo, como boas “gestoras” podemos administrar bem nossos projetos; Hera, o arquétipo da mulher austera, ambiciosa e poderosa. Hera que nos ensina sobre perseverança, sobre não desistir e sobre ter aliados que nos ajudam a conquistar o que desejamos; e Afrodite, o arquétipo que nos ensina sobre o amor tão necessário e importante em tudo o que fazemos. O amor como caminho para chegarmos onde quisermos porque nos abastece. E nos conecta de coração com coração naquilo que nos faz sentir mais plenas, realizadas e felizes.
Se posso responder à pergunta sobre se resoluções de final de ano funcionam?
Termino com a frase que está no pórtico de entrada do templo do deus Apolo, na cidade de Delfos na Grécia:
“Conheça a ti mesma.”
Apolo, o deus da beleza, da perfeição e da razão, segundo o qual buscar o conhecimento de si mesmo para, a partir daí, conhecer a verdade sobre o mundo.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o perfil comportamental das mulheres à luz dos arquétipos femininos? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Cris Ferreira
https://soucrisferreira.com.br/
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