“Nenhum direito a menos”
O que temos a comemorar no dia 08 de março, dia da mulher?
Temos que comemorar que estamos atentas a cada um dos nossos direitos como seres humanos, mas ainda muito vulneráveis diante das vistas dos opressores visíveis e invisíveis.
A sociedade em geral tem lançado uma luz sobre a violência doméstica, bem como a falta de reconhecimento no campo profissional, embora caminhamos a passos de tartaruga.
Com a pandemia vimos avançar os números registrados de violência doméstica, e também os feminicídios, mas os canais para denúncia e acolhimento dessas mulheres vítimas têm aumentado. E, de fato, a rede de comunicação para que elas se pronunciem tem se expandido.
Surpreendentemente quando olhamos ao longo da nossa história no Brasil:
- somente a partir de 1827, as meninas tiveram o direito de cursar além da escola fundamental;
- em 1879 permitiram as mulheres cursarem uma faculdade;
- apenas em 1932 concederam às mulheres o direito de votar;
- até 1974, pasmem, apenas os homens podiam ter cartão de crédito;
- somente em 1979 foi permitido à mulher colocar uma chuteira e praticar o esporte Futebol;
- apenas na Constituição promulgada em 1988 a mulher foi declarada com direitos iguais aos homens.
Esses dados são assustadores, ainda mais quando vemos que, no mundo corporativo, precisaremos de dois séculos para alcançar equidade salarial de gênero.
Todos reconhecem que a mulher tem a mesma competência que os homens e, em alguns quesitos, acrescida de sua sensibilidade, mas na hora da contratação ainda se faz sentir a discriminação de gênero.
Quando se trata de mulher negra, então as discriminações e as opressões são ainda maiores. De fato, os canais para tais denúncias se multiplicam.
Algumas atitudes que a sociedade pode ter para alcançarmos mais respeito, a saber:
- Divisão nas tarefas domésticas e no acompanhamento da educação dos filhos;
- Apontar e denunciar atitudes machistas e racistas;
- Estar atento à violência contra a mulher;
- Apoiar mulheres a ocuparem cargos de destaque dentro das empresas e na política;
- Seleção com imparcialidade e salários iguais;
- Educar para uma sociedade mais justa.
Para transformar a realidade, toda sociedade precisa estar atenta, porque não é uma disputa de gênero, mas sim reescrever essa história e uma voz que não quer calar é que “nenhum direito a menos” deve existir entre os diferentes gêneros.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre as atitudes que a sociedade pode ter para alcançar mais respeito e direitos iguais entre os gêneros? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Natalia Marques
Psicóloga, Coach e Palestrante
http://www.nataliamantunes.com.br/
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