Saúde Mental da Mulher: Precisamos falar MUITO MAIS sobre isso!
Por que a saúde mental da mulher não deve ser um tema discutido apenas no dia 08 de março?
Por Fernanda Duran*
No dia 08 de março falamos sobre diversos assuntos direcionados a mulher. Assuntos que têm relevância muito importantes para a saúde mental desse público. Mas esquecidos e/ou não discutidos em outros momentos.
Não precisamos de uma única data para falar sobre temas como autovalorização feminina, autocuidado e igualdade de gênero. Mas todas as nuances que envolvem esses temas e que estão diretamente relacionados ao cuidado da saúde mental estejam nos detalhes do dia a dia. Como, por exemplo, ser respeitada em qualquer ambiente que estiver e serem praticadas pelas mulheres na sua rotina.
Quando falamos de saúde mental, especialmente em momentos de adversidade que atravessamos como a pandemia da COVID 19, as mulheres são as mais afetadas emocionalmente e socialmente.
Há uma carga histórica que traz significados e ideais sobre o que é ser mulher na sociedade. E que estão intimamente ligadas à forma como as mulheres agem e pensam sobre elas até os dias atuais. Crenças como, por exemplo, a “mulher deve dar conta de tudo”, “cuidar de todos” e “ser perfeita” limitam a conexão com as suas vulnerabilidades.
Se expor de forma autêntica, de correr risco fazendo aquilo que acredita ser importante para você, pode ser um sentimento que traz desconforto. Afinal, social e culturalmente apresentaram a ideia de que a mulher deve ser a “mulher maravilha”. Pelo contrário, é fácil cair no alvo de julgamentos quando não somos perfeitas em todas as áreas da vida.
Desse modo, a alta exigência para alcançar esse modelo de mulher faz com o que concentremos toda a nossa energia para sermos perfeitas em casa, no trabalho e nos relacionamentos.
Mas e você? Será que sobra um pouco de energia para cuidar de você mesma?
Fazer essas perguntas a nós mesmas é essencial. Dar importância para as nossas vulnerabilidades é entender que não precisamos ser perfeitas.
Assim, para a mudança dessa perspectiva, convido você que “ descontrua a sua mulher-maravilha”.
O problema não é o que define a mulher-maravilha, pois o empoderamento faz parte de quem ela é, mas como ela utiliza os seus superpoderes. Então, sugiro que você direcione o seu empoderamento para você. Ser forte também é reconhecer os nossos limites, compreender que precisamos nos acolher. E principalmente nos enxergarmos como humanas, que é um passo para pedir ajuda e assumirmos a nossa autorresponsabilidade. Essa é a base para fortalecer a nossa saúde emocional de forma contínua.
Algumas ferramentas como práticas de meditação, dar atenção às suas emoções e limites, estar aberta a novas experiências, honrar a sua história de vida auxiliam nessa jornada. Além disso, fortalecer relações com outras mulheres que compartilham de experiências parecidas, engradece a mulher quando falamos sobre vulnerabilidade. Isso porque nos vemos e reconhecemos umas nas outras. Essa rede de apoio constrói uma teia baseada em coragem e perseverança.
Entretanto, um profissional de saúde mental como psicólogo pode ser também um facilitador. Ele irá potencializar a mudança de crenças que prejudicam as suas escolhas de vida. Além de ser um incentivador para você investir na prática do autocuidado para a sua saúde mental.
Gostou do artigo? Quer discutir mais sobre a saúde mental da mulher? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder
* Fernanda Duran é psicóloga da Carevolution e palestrante sobre temas em saúde mental. Possui experiência clínica com objetivo de levar o bem-estar e florescimento humano.
Fernanda Duran
http://carevolution.com.br/
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