Aprenda a pensar como Sherlock Holmes!
Se o título parece bem provocativo aos leitores, preparem-se para conhecer mais detalhes de toda a história e os estudos a ele relacionados. Hoje a minha postagem irá explorar o trabalho de Maria Konnikova (www.mariakonnikova.com), escritora russo-americana com graduação em Psicologia pela Universidade de Harvard, em 2013, e com posterior Doutorado em Psicologia pela Universidade de Columbia. Ela tem trabalhos diversificados como produtora de televisão, artigos para várias revistas e publicações online, e três livros best-sellers do New York Times.
Como se isso não bastasse, ela se colocou diante de um desafio fantástico em neurociência. Para tentar entender melhor o comportamento e a tomada de decisão das pessoas, entrou para o mundo do pôquer (poker) profissional em 2017. Ela acumulou cerca de US$ 300.000 em ganhos logo nos seus primeiros torneios ao vivo. Essa jornada foi destaque em publicações de todo o mundo, incluindo participação no Fórum Econômico de Davos. E artigos postados no New York Times, Times, Columbia Journalism Review, Wall Street Journal – e até na revista Glamour, da Alemanha.
E isso está sendo apenas o começo de uma brilhante carreira. Voltando ao foco desta postagem, em 2013 ela escreveu um livro que já vendeu milhões de cópias e foi traduzido em dezenas de idiomas. O título do livro (em português: Perspicácia – Aprenda a Pensar Como Sherlock Holmes) inspira o título deste artigo. E explora o fascinante contexto das aventuras de Sherlock Holmes; conhecido pela sua competência de observação, raciocínio lógico e estabelecimento de caminhos analíticos para a solução dos seus desafios.
De acordo com Konnikova em seu trabalho, todos nós somos capazes de aprender essas habilidades. Até podemos usá-las para aprimorar nossa vida pessoal e profissional. O livro revela as estratégias mentais que promovem maior clareza de pensamento. E a construção criativa das ideias, a partir dos métodos típicos do detetive famoso, a saber:
- a presença sempre atenta, com a observação astuta e a dedução lógica;
- com alguma prática, o aguçar das percepções, a solução de problemas difíceis e a capacidade criativa aperfeiçoando a mente.
Em uma passagem de seu livro, Konnikova escreve que,
“…quando Arthur Conan Doyle criou Sherlock Holmes, … é pouco provável que tenha decidido deliberadamente criar um modelo de pensamento, de tomada de decisão, um modelo para estruturar, expor e resolver problemas nas nossas mentes. E, no entanto, foi justamente o que fez. Com efeito, criou o porta-voz perfeito para a revolução da ciência e do pensamento que havia se iniciado no século XIX, e que continuaria no século XX . Em 1887, Holmes se tornou um novo tipo de detetive, pensador sem precedentes que usava a mente de forma nunca vista… …Em muitos sentidos, Sherlock Holmes foi visionário. As explicações, a metodologia e toda a abordagem do pensamento projetavam desenvolvimentos na área da psicologia e da neurologia; que só viriam a acontecer mais de cem anos após sua criação – e mais de oitenta anos após a morte do criador”.
Explicando melhor a sua tese, Konnikova comenta (em outro trecho do livro) que
“… uma das coisas que caracterizam o pensamento de Holmes – e o pensamento científico ideal – são o ceticismo e a curiosidade natural em relação ao mundo. Nada é aceito sem questionar, tudo é analisado e considerado… … Para pensarmos como Sherlock Holmes temos que, primeiramente, superar uma resistência natural que permeia a nossa forma de ver o mundo… … Continuando, os psicólogos entendem que a nossa mente opera com base em dois sistemas. Um deles rápido, intuitivo e reativo (lutar ou fugir), não exigindo muito esforço e se mantendo como um piloto automático. O outro sistema é mais lento, deliberado, completo, lógico, bem exigente do ponto de vista cognitivo, adiando a decisão até o limite do seu envolvimento”.
Konnikova chama o primeiro desses sistemas de Watson e o segundo de Holmes. Quem pensa como Watson tem hábitos mentais preguiçosos (explora as ideias que surgem mais naturalmente e geram menor resistência). E quem pensa como Holmes aplica, na sua vida cotidiana, um método de pensamento que apaga os hábitos de Watson, definitivamente. O truque de Holmes consiste em tratar cada pensamento, cada experiência, cada percepção como trataria a ideia de um elefante cor–de-rosa. Por outras palavras, começa sua análise de uma situação com ceticismo ao invés da credulidade (que é o estado natural da nossa mente).
A proposta de Konnikova, para cada um dos leitores do livro, é que,
“… não se limite a supor que as coisas são como são. Pense em tudo como sendo tão absurdo como um animal (elefante cor-de-rosa) que não existe na natureza. É uma proposta difícil, especialmente para que a aceitemos sem questionar. Afinal de contas, é a mesma coisa que pedir ao cérebro que passe do estado de repouso natural para um modo de atividade física constante. Gastando energia importante mesmo quando, normalmente, já tenderia a passar para outro assunto”.
Completando, a autora do livro afirma que, para sairmos do modo de piloto automático, temos que estar motivados a pensar de forma atenta e presente. Investindo esforço criativo em nossas mentes, ao invés de nos deixarmos levar com a correnteza. Para pensarmos como Sherlock Holmes, temos de querer, ativamente, pensar como ele. Não se pode esquecer que a motivação de alcançar excelente desempenho mental é outro fator importante. E Konnikova nos lembra que temos de alimentar a motivação e a atenção plena com uma enorme quantidade de horas de treino. Não há outra maneira.
Se você se interessa por alguma informação adicional sobre como aprender a pensar como Sherlock Holmes, mesmo que seja básica, assista ao vídeo abaixo. Nele, um breve resumo do livro Perspicácia – Aprenda a Pensar Como Sherlock Holmes:
Contudo, se você deseja assistir a uma palestra com a própria Maria Konnikova, acesse o vídeo abaixo do YouTube. Ela explica todos os detalhes de como cada um de nós pode pensar como Sherlock Holmes
Meu objetivo, nesta postagem, foi provocar os leitores para avançarem no assunto e, agora, a continuidade fica na conta de cada um. Pensem e reflitam bastante sobre isso. De meu lado, com conteúdos orientados, tentarei contribuir para estimular conhecimentos, competências e comportamentos que o futuro exigirá, cada vez mais. Eu sou Mario Divo e você me encontra pelas mídias sociais ou, então, acesse meu site https://www.mariodivo.com.br/.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre perspicácia e como aprender a pensar como Sherlock Holmes? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Um forte abraço!
Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br
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