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A Cultura de Saúde Mental nas Organizações é uma realidade?

A COVID-19 vem intensificando a preocupação e as práticas voltadas para o bem-estar emocional dos colaboradores, porém continuamos engatinhando em colocar em prática uma cultura de saúde mental nas organizações.

A Cultura de Saúde Mental nas Organizações é uma realidade?

A Cultura de Saúde Mental nas Organizações é uma realidade?

A COVID-19 vem intensificando a preocupação e as práticas voltadas para o bem-estar emocional dos colaboradores nas organizações, com práticas pontuais e específicas para responder a situações imediatas ou até mesmo práticas estruturantes em políticas, revisando processos de trabalho, criando ambientes seguros e proporcionando novas formas de relacionamento interpessoal, para orientar a prevenção e a promoção da saúde mental no trabalho.

O principal ponto de atenção é se o valor sobre a saúde emocional no trabalho existe e permanecerá na cultura e estratégia das organizações. Isso de forma preventiva e integrada às diversas dimensões das organizações, reconhecendo o ser humano na sua totalidade; de acordo com o conceito de saúde da OMS é o completo equilíbrio entre bem-estar físico, mental e social.

Quando vivemos situações de vulnerabilidade, muito do que conhecíamos sobre nós ou projetávamos para o nosso futuro deixa de existir. Passamos a viver a nossa nova condição existencial e de sobrevivência psíquica e social. Quando o passado, o presente e o futuro fundem-se num só momento, impactados pelo medo, insegurança, ansiedade e depressão. Nem sempre temos recursos internos para lidar com as mais variadas emoções e situações inesperadas de dor e instabilidade.

Em contatos recentes com profissionais da saúde, com escuta ativa e ampliada, percebi o quanto estamos engatinhando na cultura de saúde mental nas organizações. Os principais atores no enfrentamento da pandemia viveram situações extremas de risco, sobrecarga de trabalho, fadiga, estresse, falta de recursos materiais, humanos e sem apoio institucional, ao mesmo tempo que eram de fato vítimas da própria realidade da pandemia no contexto familiar e social.

“O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato, é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”. Leonardo Boff

A Cultura de Saúde presente nas organizações pode ser observada a partir de alguns aspectos, a saber:

  • Visão da integralidade do ser humano;
  • Escuta atenta e diferenciada, para as questões humanas;
  • Respeito e ética sobre a individualidade e diferenças;
  • Cuidado com empatia, atenção e acolhimento as necessidades humanas;
  • Comunicação eficiente e transparente nas diferentes conexões sociais na organização;
  • Abertura para ouvir demandas específicas do trabalho;
  • Apoio da organização e da liderança, no cuidado, prevenção e promoção da saúde;
  • Estrutura e recursos físicos adequados ao desempenho das atividades;
  • Valorização das crenças pessoais;
  • Espaços seguros de diálogo e participação;
  • Abertura para novas soluções orientadas para a Saúde no trabalho;
  • Educação continuada sobre Saúde e Bem-estar;
  • Estímulo ao autocuidado.

Estamos sensibilizados e mobilizados em direção à saúde nas organizações, precisamos conquistar a perenidade da visão humanizada transformada em ações significativas.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a Cultura de Saúde Mental nas Organizações? O que elas podem fazer para a saúde mental dos colaboradores no ambiente de trabalho? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Um abraço,

Regina Sotto Maior
https://www.estacaolideranca.com.br

Confira também: O lado da sombra na Saúde Mental

Regina Sotto Maior é Psicóloga, consultora sênior e palestrante nas áreas do desenvolvimento humano, transformação organizacional e projetos educacionais. Especialista nas áreas de cultura institucional, liderança, facilitação de grupos, change management, executive e professional coach, mentoring, design de carreira e saúde psíquica no trabalho. Atua em diversos segmentos como automotivo, energia, óleo e gás, telecomunicação, segurança, tecnologia, saúde, alimentos, farmacêutico, cosméticos, hotelaria, varejo, serviços, pesquisa, programas sociais e governamentais. Na FAAP, atuou durante 18 anos como coordenadora dos cursos de pós graduação em Recursos Humanos e MBA, atualmente é professora na ESPM-Mentoria para Líderes e no curso de Especialização em Gestão de Pessoas em Saúde -SES-CRH-Governo Estado de São Paulo. Trabalhos apresentados em congressos nacionais e na América Latina, sobre a saúde no trabalho.
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